Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 30 de abril de 2011


II Domingo da Páscoa – Ano A




At 2,42-47
Sl 117
1Pd 1,3-9
Jo 20,19-31

Estamos ainda em pleno dia da Páscoa, “o Dia que o Senhor fez para nós” – é esta a Oitava da Santa Páscoa.

Se no dia mesmo da Ressurreição, a liturgia centrava nossa atenção no próprio Senhor ressuscitado, vencedor da morte, hoje, neste Domingo da Oitava, a atenção concentra-se nos efeitos dessa vitória formidável para nós e para toda a humanidade.

Eis! O Senhor Jesus, morto como homem, morto na sua natureza humana, foi ressuscitado pelo Pai, que derramou sobre ele o Espírito Santo, Senhor que dá a Vida. E agora, cheio do Espírito, Jesus nos dá esse Dom divino, esse fruto da sua Ressurreição.

Primeiro dá-lo aos seus apóstolos “ao anoitecer daquele dia, o primeiro depois do sábado”. Passou o sábado dos judeus, passou a Lei de Moisés, passou a antiga criação. E Jesus ressuscitado sopra sobre os Apóstolos o Espírito Santo, recebido do Pai na Ressurreição: “Como o Pai me enviou na potência do Espírito, também eu vos envio agora na força desse mesmo Espírito! Recebei, pois, o Espírito Santo, dado para gerar o mundo novo, o homem novo, o homem segundo a minha imagem, o homem reconciliado, na paz com Deus! Paz a vós! Os pecados serão perdoados nesse dom do meu Espírito!” Assim começa o cristianismo, assim ganha vida a Igreja: no Espírito do Ressuscitado!

Os Apóstolos agora, recebendo o Espírito, recebem a vida nova do Cristo, a vida que dura para a eternidade. Esse mesmo Espírito, nós o recebemos nas águas do Batismo e na comunhão com o Sangue do Senhor na Eucaristia. Por isso mesmo, a oração da Missa hodierna nos pede a graça de compreender melhor, isto é, de viver intensamente na vida “o Batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu nova vida e o Sangue que nos redimiu”. Em outras palavras: pela participação aos santos sacramentos, sobretudo o Batismo e a Eucaristia, nós recebemos continuamente o Espírito do Ressuscitado e, assim, recebemos a sua nova vida, a vida que nos renova já aqui, neste mundo, e nos dá a Vida eterna. Por isso a segunda leitura de hoje nos diz que o Pai, “em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível”, reservada a nós nos céus! A Ressurreição de Cristo é garantia da nossa, o seu Espírito, que nós recebemos, é semente e garantia de vida eterna e, por isso, é causa de alegria e força para nós, cristãos. Nós recebemos a vida eterna, nós cremos na Vida eterna, nós já vivemos tendo em nós as sementes da Vida eterna!

Mas, estejamos atentos: esta nossa fé na Ressurreição tem conseqüências concretas para nós: “Os que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum...” Eis: a fé na Ressurreição do Senhor, a vida vivida na Vida nova que Cristo nos concedeu, faz-nos existir de um modo novo, iluminados por uma nova regra de vida (o ensinamento dos apóstolos e seus sucessores), sustentados pela fração do Pão eucarístico e testemunhas de uma vida de comunhão, de amor fraterno, de mansidão, de coração aberto para Deus e os irmãos.

Mais uma coisa: estejamos atentos para um fato importantíssimo: a Ressurreição do Senhor não é uma fábula, não é um mito, não é uma parábola. O Senhor realmente venceu a morte, realmente entrou no Cenáculo e realmente Tomé, admirado e envergonhado, feliz pelo Senhor e triste por sua incredulidade, tocou as mãos e o lado do Senhor vivo, ressuscitado! Por isso, o cristão não se apavora diante dos reveses da vida, dos compromissos e renúncias pelo testemunho de Cristo e nem mesmo diante da morte: “Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação”.

Caríssimos, nesta santa Oitava, estamos com o coração unidos à Igreja de Roma e ao seu Bispo, Sucessor de Pedro, o nosso Santo Padre João Paulo. Ele é uma testemunha viva de tudo quanto acabamos de contemplar. Nele, temos visto a força da Vida nova que o Cristo nos trouxe com a sua Ressurreição; nele, somos testemunhas do quanto a certeza da Ressurreição do Senhor, garantia da nossa, pode dar sentido, força, vigor, serenidade e sentido a uma vida. A agonia do Papa tem sido vivenciada pela Igreja com verdadeira serenidade e esperança! Que belo testemunho de fé na Ressurreição! Que eloqüente experiência da vitória da Vida sobre a morte! Que o testemunho do Papa João Paulo sustente nosso caminho com Cristo e que o Espírito do Ressuscitado dê a vida plena ao corpo e à alma do Santo Padre e a nós, a força para continuar o caminho como Igreja que testemunha com a vida a Ressurreição e a presença do Senhor. Que Deus dê ao Santo Padre vida e salvação eterna! Amém.

1. Convite à confiança. "Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre" (Ap 1, 17-18). Na segunda leitura podemos ler estas consoladoras palavras, que nos convidam a olhar para Cristo, para experimentar a sua presença tranqüilizadora. Seja qual for a situação em que estamos, mesmo a mais complexa e dramática, o Ressuscitado repete a cada um de nós: "Não temas"; eu morri na cruz, mas agora "vivo pelo séculos dos séculos". "Eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive".

"O primeiro", ou seja, a fonte de todo ser e as primícias da nova criação; "o último", o fim definitivo da história; "o que vive", o manancial inesgotável da vida que derrotou a morte para sempre. No Messias crucificado e ressuscitado, reconhecemos as características do Cordeiro imolado no Gólgota, que implora o perdão para os seus carrascos e abre as portas do céu para os pecadores arrependidos. Vislumbramos o rosto do Rei imortal, que já tem "a chave da morte e da região dos mortos" (Ap 1, 18) (cf. João Paulo II, Homilia do domingo da misericórdia, em 2001).


2. A misericórdia divina. "Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! Eterna é a sua misericórdia!" (Sal 117, 1). Tomemos para nós a exclamação que repetimos no salmo responsorial: a misericórdia do Senhor é eterna. Para compreender a fundo a verdade destas palavras, deixemos que a liturgia nos guie até o coração dos acontecimentos salvíficos, que unem a morte e a ressurreição de Cristo com a nossa existência e a história do mundo. Este prodígio de misericórdia mudou radicalmente o destino da humanidade. É um prodígio em que se manifesta plenamente o amor do Pai, que, buscando a nossa redenção, não retrocede nem sequer diante do sacrifício de seu Filho unigênito.

Falando da misericórdia divina, São Bernardo comenta com grande unção no seu sermão 1 na Epifania do Senhor (1-2 PL 133, 141-143): "Agora, a nossa paz não é prometida, mas enviada; não é diferida, mas concedida; não é profetizada, mas realizada: o Pai enviou para a terra uma grande carga de misericórdia; uma carga que será aberta na paixão, para que o preço do nosso resgate, contido nela, se derrame... sob o véu da humanidade (de Cristo), a misericórdia divina foi conhecida, pois quando a humanidade de Deus se revelou, a sua misericórdia já não pôde permanecer oculta. De que maneira Deus poderia manifestar melhor o seu amor do que assumindo a nossa própria carne?... Que o homem compreenda, portanto, até que ponto Deus cuida dele; que reflita sobre o que Deus pensa e sente por ele... Que grande é esta misericórdia e este amor de Deus para com os homens! Deu-nos uma grande prova de amor quando quis que o nome de Deus fosse acrescentado ao título de homem".

Tanto os crentes como os não crentes podem admirar no Cristo humilhado e sofrente uma solidariedade surpreendente, que o une à nossa condição humana indo além de qualquer medida imaginável. A cruz, inclusive depois da ressurreição do Filho de Deus, "fala e não cessa nunca de dizer que Deus Pai é absolutamente fiel ao seu eterno amor pelo homem (...) Crer nesse amor significa crer na misericórdia" (João Paulo II, Dives in misericordia).

O evangelho de hoje nos ajuda a captar plenamente o sentido e o valor deste dom. O evangelista São João nos faz compartilhar a emoção que os apóstolos experimentaram durante o encontro com Cristo, depois da sua ressurreição. A nossa atenção se fixa num gesto do mestre, que transmite aos discípulos temerosos e atônitos a missão de serem ministros da misericórdia divina. Mostra-lhes as mãos e o lado com os sinais da paixão e diz: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio" (Jo 20, 21). Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; a quem não os perdoardes, serão retidos" (Jo 20, 22-23). Jesus lhes dá o dom de "perdoar os pecados", um dom que brota das chagas de suas mãos e de seus pés e, sobretudo, de seu lado perfurado. A partir daí, uma onda de misericórdia inunda toda a humanidade (João Paulo II, homilia do domingo da misericórdia, em 2001).



3. O coração de Cristo. O coração de Cristo! Seu "Sagrado Coração" deu a todos os homens a redenção, a salvação e a santificação. Deste coração transbordante de ternura, Santa Faustina Kowalska viu sair os feixes de luz que dominavam o mundo. "Os dois raios -como lhe disse o próprio Jesus - representam o sangue e a água" (Diário, p.132). O sangue evoca o sacrifício do Gólgota e o mistério da Eucaristia; a água, de acordo com a rica simbologia do evangelista São João, faz alusão ao batismo e ao dom do Espírito Santo (cf. Jo 3, 5; 4,14). Por meio do mistério deste coração ferido, não cessa de se difundir também entre os homens e mulheres da nossa época o fluxo restaurador do amor misericordioso de Deus. Quem aspira à felicidade autêntica e duradoura, só pode encontrar seu segredo nele (João Paulo II, homilia do domingo da misericórdia, em 2001).

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é substancialmente o culto do amor que Deus tem por nós em Cristo, e ao mesmo tempo a prática do nosso amor a Deus e a todos os homens.



Sugestões


1. A confiança em Jesus. João Paulo II expressava com grande emoção: "Jesus, eu confio em ti". Esta jaculatória, que vários cristãos rezam, expressa muito bem a atitude de abandono confiante nas mãos do Senhor, nosso único Salvador. Deus arde de desejo de ser amado, e aquele que sintoniza com os sentimentos do seu coração aprende a ser construtor da nova civilização do amor. Um simples ato de abandono basta para quebrar as barreiras da escuridão e da tristeza, da dúvida e do desespero. "Os raios da tua misericórdia divina, Senhor, devolvem a esperança, de modo especial para aqueles que se sentem oprimidos com o peso do pecado. Maria, mãe de misericórdia, faz que mantenhamos sempre viva esta confiança no teu Filho, nosso Redentor. Ajuda-nos também tu, Santa Faustina, que hoje lembramos com particular afeto. Fixando o nosso fraco olhar no rosto do Salvador divino, queremos repetir contigo: Jesus, eu confio em ti" (João Paulo II, Homilia do domingo da misericórdia, em 2001).



2. A misericórdia de Deus é infinita. A conversão do coração. "A misericórdia em si mesma, como perfeição do Deus infinito, é também infinita. Infinita, portanto, e inexaurível, é a prontidão do Pai em acolher os filhos pródigos que voltam à sua casa. São infinitas também a prontidão e a força do perdão que brotam continuamente do admirável valor do Sacrifício do Filho. Nenhum pecado humano prevalece sobre esta força e nem sequer a limita. Da parte do homem, pode limitá-la somente à falta de boa vontade, a falta de prontidão na conversão e na penitência, isto é, o permanecer na obstinação, que está em oposição com a graça e a verdade, especialmente diante do testemunho da cruz e da ressurreição de Cristo.

É por isso mesmo que a Igreja professa e proclama a conversão. A conversão a Deus consiste sempre na descoberta da sua misericórdia, isto é, do amor que é "paciente e benigno" (117) como o é o Criador e Pai; amor ao qual "Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (118) é fiel até às últimas conseqüências na história da Aliança com o homem, até à cruz, à morte e à ressurreição do seu Filho. A conversão a Deus é sempre fruto do retorno para junto deste Pai, "rico em misericórdia"" (João Paulo II, Dives in misericordia, 13).







«Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados»

Hoje, segundo Domingo da Páscoa, completamos a oitava deste tempo litúrgico, uma das oitavas —juntamente com a do Natal— que a renovação litúrgica do Concílio Vaticano II manteve. Durante oito dias, contemplamos o mesmo mistério a aprofundamo-lo à luz do Espírito Santo.

Por desígnio do Papa João Paulo II, a este Domingo chama-se o Domingo da Divina Misericórdia. Trata-se de algo que vai muito mais além de uma devoção particular. Como explicou o Santo Padre na sua encíclica Dives in misericordia, a Divina Misericórdia é a manifestação amorosa de Deus em uma história ferida pelo pecado. A palavra “Misericórdia” tem a sua origem em duas palavras: “Miséria” e “Coração”. Deus coloca a nossa miserável situação devida ao pecado no Seu coração de Pai, que é fiel aos Seus desígnios. Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é a suprema manifestação e atuação da Divina Misericórdia. «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16) e entregou-O à morte para que fossemos salvos. «Para redimir o escravo sacrificou o Filho», temos proclamado no Pregão pascal da Vígilia. E, uma vez ressuscitado, constituiu-O em fonte de salvação para todos os que crêem nele. Pela fé e pela conversão, acolhemos o tesouro da Divina Misericórdia.

A Santa Madre Igreja, que quer que os seus filhos vivam da vida do Ressuscitado, manda que —pelo menos na Páscoa— se comungue na graça de Deus. A cinquentena pascal é o tempo oportuno para cumprir esta determinação. É um bom momento para confessar-se, acolhendo o poder de perdoar os pecados que o Senhor ressuscitado conferiu à sua Igreja, já que Ele disse aos Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo. Áqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados» (Jo 20,22-23). Assim iremos ao encontro das fontes da Divina Misericórdia. E não hesitemos em levar os nossos amigos a estas fontes de vida: à Eucaristia e à Confissão. Jesus ressuscitado conta conosco.

com minha benção

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

Duc in altum! Sigamos em frente, com esperança! Diante da Igreja abre-se um novo milênio como um vasto oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo. O Filho de Deus, que encarnou há dois mil anos por amor do homem, continua também hoje em acção: devemos possuir um olhar perspicaz para a contemplar, e sobretudo um coração grande para nos tornarmos instrumentos dela. Porventura não foi para tomar renovado contacto com esta fonte viva da nossa esperança que celebrámos o ano jubilar? Agora Cristo, por nós contemplado e amado, convida uma vez mais a pormo-nos a caminho: «Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19). O mandato missionário introduz-nos no terceiro millênio, convidando-nos a ter o mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira hora; podemos contar com a força do mesmo Espírito que foi derramado no Pentecostes e nos impele hoje a partir de novo sustentados pela esperança que «não nos deixa confundidos» (Rom 5, 5).

Ao princípio deste novo século, o nosso passo tem de fazer-se mais lesto para percorrer as estradas do mundo. As sendas, por onde caminha cada um de nós e cada uma das nossas Igrejas são muitas, mas não há distância entre aqueles que estão intimamente ligados pela única comunhão, a comunhão que cada dia é alimentada à mesa do Pão eucarístico e da Palavra de vida. Cada domingo, Cristo ressuscitado marca encontro connosco no Cenáculo onde, na tarde do «primeiro dia depois do sábado» (Jo 20,19), apareceu aos Seus «soprando» sobre eles o dom vivificante do Espírito e iniciando-os na grande aventura da evangelização.

João Paulo II
Carta apostólica «Novo millennio ineunte», § 58 ( trad. © Libreria Editrice Vaticana)
inserido por Pe.Emílio Carlos+
Mês Mariano

As referências dos Evangelhos e do Atos dos Apóstolos a Maria, Mãe de Jesus, apesar de poucas, deixam ver muito desta privilegiada criatura, escolhida para tão alta missão. São Paulo, na Carta aos Gálatas (4,4), dá a entender claramente que, no pensamento divino de nos enviar o seu Filho, quando os tempos estivessem maduros, uma Mulher era predestinada a no-Lo dar. Para que se compreenda a presença de Maria nesta predestinação divina, a Igreja, na festa de 8 de dezembro, aplica à Mãe de Deus, aquilo que o livro dos Provérbios (8, 22) diz da sabedoria eterna: “os abismos não existiam e eu já tinha sido concebida. Nem fontes das águas haviam brotado nem as montanhas se tinham solidificado e eu já fora gerada. Quando se firmavam os céus e se traçava a abóboda por sobre os abismos, lá eu estava junto dele e era seu encanto todos os dias”. Era pois a predestinada nos planos divinos.
Para se perceber melhor o perfil materno de Nossa Senhora, três passagens bíblicas podem esclarecer. A primeira é a das Bodas de Caná, que realça a intercessora. Quando percebeu – o olhar feminino que tudo vê e tudo observa – estar faltando vinho, sussurra no ouvido do Filho sua preocupação e obtém, quase sem pedir, apenas sugerindo, o milagre da transformação da água em generoso vinho. Ela é de fato a mãe que se interessa pelos filhos de Deus que são seus filhos.
Outra passagem do Evangelho esclarecedora da personalidade de Maria é a que nos mostra seu silêncio e sua humildade. O anjo a encontra na quietude de sua casa, rezando, para dizer-lhe que fora escolhida por Deus para dar ao mundo o Emanuel, o Salvador. Ela se assusta com a mensagem celeste, porque, na sua humildade, nunca poderia ter pensado em ser escolhida do Altíssimo. Acolhe assim, por vontade divina, a palavra do mensageiro, silenciosamente, sem dizer, nem sequer ao noivo José, o que nela se realizava. Deus tem o direito de escolher e por isto Ela diz apenas o generoso “sim” que a tornou Mãe de Deus.
O terceiro traço de Maria-Mãe é sua corajosa atitude diante do sofrimento. Ao apresentar o seu Jesus no templo, ouve a assustadora profecia do velho Simeão: “uma espada de dor transpassará a tua alma”. Pouco mais tarde, estreitando ao peito o Menino Jesus, deve fugir para o Egito com o esposo, para que a crueldade de Herodes não atingisse a Criança que – pensava ele, Herodes – lhe poderia roubar o trono. Quando seu filho tem doze anos, desencontra-se dele e, ao achá-lo após três dias, queixa-se amorosamente: “por que fizeste isto? Eu e teu pai te procurávamos, aflitos”. Sua coragem se confirma na paixão e crucifixão de Jesus. De pé, ali no Calvário, so fre e associa-se ao sacrifício do redentor. É a mulher forte, a mãe corajosa e firme, a quem a dor não derruba. De fato, a espada de Simeão lhe atravessara a alma e o coração. É a Senhora das Dores.
Maio, mês a Ela dedicado pela piedade cristã, é um convite para voltarmos nosso olhar a esta Mãe querida para pedir-Lhe, abra as mãos maternas em Bênção de carinho sobre nossos passos nesta difícil escalada da Jerusalém celeste.

Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Uberaba/MG.
Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro



Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias, sorrisos e brincadeiras.
Ser criança é comer algodão doce e se lambuzar.
Ser criança é acreditar num mundo cor de rosa cheio de pipocas.
Ser criança é olhar e não ver o perigo.
Ser criança é sorrir e fazer sorrir.
Ser criança é chorar sem saber porque.
Ser criança é se esconder para nos preocupar.
Ser criança é pedir com os olhos.
Ser criança é derramar lágrima para nos sensibilizar.
Ser criança é isso e muito mais.

É nos ensinar que a vida, apesar de difícil,
Pode tornar-se fácil com um simples sorriso.

É nos ensinar que criança só quer carinho e afeto.

É nos ensinar que, para sermos felizes,
Basta apenas olharmos para uma criança.


"No amor de uma criança tem tanta canção pra nascer,
carinho e confiança, vontade e razão de viver."
(Cláudio Nucci)

II DOMINGO DE PÁSCOA -

Ao longo da semana que aqui termina, a Igreja tem-nos convidado a reler os textos que falam da Ressurreição.
O Evangelho desta missa narra duas aparições do Senhor, a primeira na tarde do Domingo de Páscoa, a outra oito dias depois (Jo 20,19-31).
Revelando-se aos seus discípulos, o Senhor deseja-lhes a paz, derrama sobre eles o Espírito Santo, comunica-lhes a missão de perdoar pecados. É claro que estes três temas não estão juntos por acaso. A libertação do pecado prepara a paz, é dom do Espírito Santo. A paz de Deus é para reinar nas consciências, nas famílias, no trabalho, entre as nações.
Tomé, que não estava presente quando da primeira aparição, arma-se em espírito forte e declara que os seus companheiros estão loucos. Na segunda aparição, Jesus interpela Tomé com uma branda censura: “não sejas incrédulo, mas crente”.

A censura é branda porque Jesus bem sabe que às vezes é difícil acreditar. Mas é uma censura: Tomé devia saber que podia confiar na palavra dos amigos, Tomé devia lembrar-se da promessa de Jesus.
E o Senhor acrescenta uma palavra para nós: “Felizes os que vão acreditar sem terem visto”. Julgo que não se trata dum convite a uma adesão cega. O homem deve procurar, refletir, examinar. Mas há uma altura em que os sinais são suficientemente fortes: a partir desse momento, feliz do que diz “sim”.
Esta página era, primitivamente, a última do Evangelho segundo S. João. Daí o remate: “Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos, para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu Nome.”

A conversão não se equipara a uma simples adesão a um corpo de conhecimentos, é uma decisão de “seguir Cristo” para onde quer que Ele vá; e, em troca, o homem recebe a Vida.
A primeira leitura, mais do que o retrato da comunidade de Jerusalém, é uma espécie de programa (At. 2,42-47). Uma comunidade cristã que procure ser válida deve viver na referência à Palavra, na comunhão fraterna, celebrando a Eucaristia, cuidando da oração, respirando alegria na simplicidade do coração, mantendo uma presença que possa suscitar “a simpatia de todo o povo”.
Por outro lado, este texto levanta dificuldades que não podemos ignorar. Os cristãos de Jerusalém quiseram acabar com as desigualdades: venderam tudo o que possuíam e repartiram por igual. S. Lucas, que redige os Atos dos Apóstolos, deixa transparecer um grande respeito por esta atitude. No entanto, ela significou a renúncia à criação de outros bens. Como supunham que o fim do mundo estava iminente, não se preocuparam com isso. Mas o mundo não acabou e eles caíram na miséria. As outras comunidades cristãs, nomeadamente as fundadas por S.Paulo, mostraram também grande respeito por estes irmãos, recolheram esmolas para os socorrer, mas não lhes seguiram o exemplo. (Cf. I Cor 16,1-4, II Cor 8,1-6). Compreenderam que importa viver na generosidade e no risco, mas que até a generosidade e o risco exigem um certo discernimento.
A segunda leitura é talvez uma homilia dirigida aos recém – batizados. Louvem a Deus, “que os fez renascer para uma esperança viva”. Conservem a alegria, “sabendo que estão guardados pelo poder de Deus”. Não ignorem que neste mundo há provações. Mas as provações purificam o homem, como o fogo purifica o ouro no cadinho.


Oração para pedir graças por intercessão do servo de Deus, o Papa João Paulo II

Ó Trindade Santa, nós vos agradecemos por ter dado à Igreja o papa João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.

Confiado totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna convosco.

Segundo a vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no número dos vossos santos. Amém.

inserido por Pe.Emílio Carlos+

Evangelho segundo são Marcos 16, 9-15

Ressuscitado na madrugada do primeiro dia depois do sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem tinha expulsado sete demônios. Ela foi anunciar o fato aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e choravam. Quando ouviram que ele estava vivo e tinha sido visto por ela, não acreditaram. Depois disso, Jesus apareceu a dois deles, sob outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. Eles contaram aos outros. Também não acreditaram nesses dois. Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos, enquanto estavam comendo. Ele os criticou pela falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro e anuncie a Boa-Nova a toda criatura!".

Oração introdutória

Meu Pai, ajuda-me a descobrir-te neste momento de oração. Quero que sejas a bússola que guia não somente este dia, mas também toda minha vida. Ajuda-me a ser dócil as tuas inspirações.

Petição

Senhor, não permitas que os problemas deste dia me oprimam.

Meditação

Leigos comprometidos, formados e convictos.

«Se os leigos fiéis assumirão esta missão, têm que ser cada vez mais conscientes da graça do batismo (…). Em união de mente e coração com seus pastores, e acompanhados em cada passo de seu caminho de fé por uma sã formação espiritual e catequética, necessitam ser animados a cooperar não somente na construção de suas comunidades cristãs locais, mas também na elaboração de novos caminhos para o Evangelho em todos os setores da sociedade. Vastos horizontes de missão já estão se abrindo (…) em seus esforços por testemunhar a verdade do Evangelho; particularmente nas oportunidades oferecidas pelo seu exemplo de amor cristão, sua vida conjugal e familiar, sua defesa do dom divino da vida desde a concepção até a morte natural, sua amorosa preocupação pelos pobres (…), sua disposição para perdoar seus inimigos (…), seu exemplo de justiça, honradez e solidariedade em seus lugares de trabalho (…). O crescente número de leigos comprometidos, formados e convictos é, portanto, um sinal de grande esperança para o futuro da Igreja » (Bento XVI, Mensagem ao Congresso de Leigos Católicos da Ásia, setembro de 2010).

Reflexão apostólica

«Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura’, é a grande missão que Cristo confiou a seus apóstolos antes de ascender ao céu e cujo eco ressoa hoje com renovada urgência. Os destinatários do Evangelho em nosso tempo, como então, são uma grande multidão. Entre eles se encontram não somente os que estão fora da Igreja, como também os que vivem hoje dentro dela, mas devido a sua ignorância religiosa ou a seu abandono espiritual e moral, se converteram também, em certo sentido, em terra de missão »

Propósito

Fazer algo concreto para converter-me em um leigo comprometido, conhecedor e entusiasmado com a missão da nova evangelização.

Diálogo com Cristo

Jesus, Tu me tens ensinado que a missão, para que tenha frutos, deve partir de uma fé viva que se quer comunicar, por amor aos demais, começando por minha própria família. Obrigado por propor-me o estilo de vida do Regnum Christi onde a oração e a missão são a base para crescer no amor. Seguindo esta espiritualidade poderei transformar-me, com tua graça, no apóstolo que minha família, o mundo e a Igreja necessitam.

Quando dois jovens se unem pelo sacramento do matrimônio, ficam consagrados para servirem-se um ao outro e para anunciar o Evangelho aos seus filhos. Aquele genérico ‘ide ao mundo inteiro’ de Jesus se concretiza para os que receberam o sacramento matrimonial no «ide a vossos filhos e pregai-lhes o evangelho»

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Igreja Católica em festa: João Paulo II será Beato!

Que grande notícia: Nosso querido e amado Papa será beatificado! João Paulo II, que ficará eternamente no coração e na memória de quem pôde acompanhar ao menos um pouco de seu ministério petrino, será agora nosso intercessor junto a Deus, rogando por cada um de nós que nos colocarmos sob seus cuidados paternais. A alegria desta notícia soma-se à particular festa dos católicos brasileiros que já comemoravam a notícia da Beatificação de Irmã Dulce, divulgada em outubro do ano passado, com quem João Paulo II esteve em 1991, às vésperas do falecimento da nova Beata brasileira.

Ao tomarmos conhecimento da aprovação da Beatificação de João Paulo II, recordamo-nos quem foi este especial servo de Deus. Apenas 6 anos após sua partida para a Casa do Pai, sua lembrança ainda permanece fortemente viva em nossa memória. Aquele homem simples, humilde, carismático e caridoso, que aos 58 anos apenas torna-se Papa, é agora nosso intercessor.

Aquele mesmo Papa das multidões, das viagens, da música (chegou a gravar um CD!), do esporte, dos jovens, das famílias… O Papa que apesar de toda sua soberania – tanto a nível político, enquanto Chefe de Estado, quando como líder espiritual de prestígio e Vigário de Cristo na terra – se fazia mais um peregrino entre todos, rejeitando as formalidades para estar perto do povo, como o Pastor que se aproxima de suas ovelhas para melhor delas cuidar, agora irá rezar por nós no Céu!

João Paulo II, o homem da misericórdia e do perdão

Tendo sido baleado após uma audiência geral a céu aberto na Basílica de São Pedro com 3 tiros em 13/05/1981 (dia de Nossa Senhora de Fátima), o Papa deu-nos a grande lição de cristianismo, indo à cadeia onde estava seu agressor para lhe conceder o perdão. Chegou até mesmo a interceder pelo culpado, pedindo a redução da pena, já que o atirador havia manifestado ao Papa seu arrependimento pelo feito. Com seu exemplo de amor e perdão, o Papa conseguiu, além de transformar milhares de corações endurecidos com o rancor e o ressentimento de pessoas em todo o mundo que não haviam aprendido a perdoar, também alcançou conversão de seu agressor – outrora mulçumano – à nossa Igreja Católica Apostólica Romana.

João Paulo II, martirizado pela doença

Após este atentado sofrido, a saúde de João Paulo II nunca mais se reabilitou completamente. Dentre tumores no intestino até repetidos tombos decorrentes do avanço do Mal de Parkinson, João Paulo II foi um Papa marcado pela superação da dor e da doença. Por diversas vezes, audiências e cerimônias foram canceladas devido a complicações de saúde. Mesmo assim, este grande Papa nunca deixou que as doenças o impendisse de estar próximo do povo. Há relatos de que João Paulo II sofria de dores terríveis na perna (devido a um tombo sofrido em 1994) que o faziam agonizar de dor por horas. Mesmo assim, ele se arriscava a sair de sua residência e partir em direção a países que necessitavam da presença do estimado Pastor. Por tudo isso, fala-se que o Papa João Paulo II viveu seu martírio gradual através da coragem e determinação com que lutou contra as doenças, dando um verdadeiro exemplo de que quando nos dispomos a servir ao Senhor não podemos deixar que nos impeça de realizá-lo, nem mesmo as dores e sofrimentos.

João Paulo II, o Papa “brasileiro” que nunca tivemos

Por quatro vezes, o inesquecível Pontífice este em solo brasileiro. E durante uma dessas visitas, o amado Papa chegou a dizer que “se Deus é brasileiro, o Papa é carioca”, dando a entender seu profundo carinho pelo Rio de Janeiro mas de forma especial por todo o Brasil. Foi também durante uma de suas visitas ao país que o Papa lançou uma de suas mensagens mais profundas e tocantes dirigidas ao povo brasileiro, que sobretudo agora com a notícia de sua beatificação, ecoa ainda mais forte em nossos coraçãos. Durante a homilia da cerimônia de Beatificação da Madre Paulina, em 18 de outubro de 1991, disse o Papa aos brasileiros: “O Brasil precisa se Santos, muitos Santos”. Como novo Beato, suas palavras tomam ainda mais autoridade, pois é agora alguém que atingiu a Santidade reconhecidamente que reivindica que também sejamos Santos. Suas visitas ao nosso país ocorreram em 1979, 1980, 1991 e 1997.

João Paulo II, o grande servo da Virgem Maria e divulgador da devoção ao terço

O eternizado Papa foi também um grandioso servidor de Maria. Desde sua nomeação ao Trono de Pedro, João Paulo II já havia consagrado todo seu Pontificado à proteção de Nossa Senhora. Com seu “Totus tuus” (Todo vosso) manifestado à Grande Mãe de Deus, João Paulo II governou a Igreja por mais de 26 anos como um incansável propagador desta devoção à Maria. Por diversas vezes, ensinou e exortou os católicos a resgatarem a reza do terço, a fim de cumprirmos o pedido de Maria, e acancemos por fim a paz no mundo. Escreveu diversas vezes sobre a necessidade da oração a Maria. Foi grande devoto de Nossa Senhora de Fátima, a Virgem que havia anunciado em 1917 aos pastorinhos portugueses a atentado que o Papa sofreria em maio de 1981. Devido a seu amor pelo Rosário, declarou o ano que se estenderia de outrubro de 2002 a outubro de 2003 o ano do Rosário, pedindo para que no decorrer deste período esta devoção fosse mais amplamente divulgada pelos setores da Igreja responsáveis pela evangelização. No encerramento deste ano do Rosário, acrescentou na oração do terço os “mistérios luminosos”, que meditavam sobre a vida pública de Jesus, aumentando para quatro o número de modelos de contemplação do Rosário.

João Paulo II, o amante da juventude

Grande parte de seu Pontificado foi dedicado aos jovens. No segundo dia após sua eleição, disse o Papa que os jovens representavam para ele a grande esperança para a Igreja e para o mundo. Para estabelecer encontros periódicos com os jovens, João Paulo II criou, em 1986, a Jornada Mundial da Juventude(JMJ), repetindo-se em 1987 e a partir daí, a cada dois anos em uma cidade do planeta, onde durante uma semana, os jovens se uniam em oração com o Papa. Seu carinho e amor dedicado aos jovens de todo o mundo converteu João Paulo II em uma das figuras mais estimadas por essa geração. Mesmo idoso e doente, se locomovia a longas distâncias para encontrar-se com os jovens. Devido ao sucesso alcançado pela JMJ os encontros foram mantidos pelo sucessor, Bento XVI, que este ano estará reunido com os jovens em Madrid, na Espanha, em julho.

João Paulo II, o Papa da humildade

A figura papal sempre obteve grande prestígio desde que o Papado foi fundado por Cristo sob Pedro, mas atingiu mesmo seu grande poder de influência e controle quando a Igreja Católica tornou-se a “Mãe do Ocidente”, na Idade Média, quando o Papa recebeu poderes temporais semelhantes e até mesmo maiores que de muitos líderes políticos da época, estendendo-se até os dias de hoje. E durante o Pontificado de João Paulo II não foi diferente. Porém, este Papa possuía uma atitude peculiar que poucas vezes na história pôde ser observada. Embora fosse um dos homens mais influentes e poderosos do mundo, o Papa polonês era uma pessoa extremamente simples, humilde e pacata, que recusava as honrarias reais mas que valorizava detalhadamente os gestos simples do dia a dia. Gostava de praticar esportes, nadar na piscina de seu Palácio de verão, esquiar na neve e passear por entre as árvores e pastos, onde por vezes recolhia-se em silêncio sob a sombra de uma árvore para rezar. Também quando ia em visita a algum país, João Paulo II se atirava ao chão e beijava o solo visitado imediatamente após descer do avião. Nunca se deixou levar pelo imponência do cargo ocupado, mas era afável e carinhoso com todos que dele se aproximavam, desde o presidente dos EUA à faxineira de seus aposentos. Viveu profundamente a mensagem evangélica do despojamento e entrega total a Deus, dando-nos o testemunho de que as coisas mais belas da vida estão nos momentos vividos com maior intensidade e amor.


Enfim, alegres e exultantes, agradeçamos entusiasmadamente a Deus a oportunidade de termos tão grande intercessor no Céu para suplicar ao Senhor as graças necessárias para nossas vidas. Comemoremos! Agora é oficial, João Paulo II está no Céu para rezar pela gente!

A cerimônia de Beatificação do Papa João Paulo II será presidida por seu amigo, sucessor e atual Papa, o Santo Padre Bento XVI, na Praça de São Pedro, no Vaticano, e está marcada para o dia 1° de maio de 2011, Domingo da Misericórdia. Espera-se a presença de milhares de católicos provenientes de diversas partes do mundo para a solenidade onde o caixão de João Paulo II será exposto.

E já antecipando as orações que serão elevadas ao Papa publicamente, já podemos desintalar as palavras que estiveram presas em nossa garganta durante todo o processo de Beatificação, e enfim poder suplicar ao nosso amado Papa que será beatificado suas orações por nós no Céu, dizendo com fé e confiança: Papa João Paulo II, rogai por nós!

JUSTO RECONHECIMENTO ACLAMADO PELO POVO:

BEATO JOÃO PAULO II



Neste dia 1 de maio a Igreja toda volta o olhar para o Vaticano. A data marca a celebração de beatificação do saudoso Papa João Paulo II, que governou a Igreja por 27 anos (1978-2005).

Karol Józef Wojtyla nasceu em Wadowice, na Polônia, no dia 18 de abril de 1920. Ainda jovem estudante viveu num contexto político sofrido para seu povo, sobretudo pela presença do nazismo e, posteriormente, do comunismo. Gostava de arte, literatura e filosofia. Estudou em um seminário clandestino (por causa das inúmeras perseguições contra a Igreja e o clero) e ordenou-se sacerdote. Ainda jovem foi nomeado bispo e, posteriormente criado cardeal da Santa Igreja. Era um homem de grande força e influência por onde passava, sobretudo entre os jovens. Mas também uma figura que, com serenidade e firmeza ao mesmo tempo, questionava a realidade que o circundava.

Em 1978, com a morte do Papa João Paulo I, vítima de um ataque cardíaco apenas 33 dias após sua eleição, foi eleito papa o Cardeal Karol J. Wojtyla, que adotou o mesmo nome de seu antecessor no trono de Pedro.

Havia séculos que a Igreja não tinha um papa de outra nacionalidade que não italiana. O novo papa polonês, relativamente jovem (58 anos), poliglota e filósofo, surpreendeu o mundo com a força de suas palavras e a segurança em suas posturas. Jovial, próximo do povo, não demonstrou medo diante dos desafios que se lhe apresentavam, embora ele mesmo, em sua primeira aparição pública na janela da basílica vaticana, confessou diante da multidão reunida para conhecer o novo papa, que teve medo de assumir esta função, mas que se confiava em Deus e na intercessão da Virgem Maria. Isto, aliás, ele fez questão de expressar em seu lema: “Totus Tuus” (sou todo teu).

Uma das grandes marcas do Papa João Paulo II é o grande número de peregrinações. Muitos paises receberam sua visita mais de uma vez, como o Brasil, por exemplo, (3 vezes). Por esta razão ficou conhecido como “papa peregrino”, que andava pelos continentes atraindo multidões que ouviam suas palavras, sempre claras, sobretudo quando a questão era a promoção da paz e a defesa da vida diante de ameaças como as guerras, o abordo, a máfia, dentro outros.

Tinha o desafio de conduzir a Igreja para o século XXI, com a grande celebração jubilar do ano 2000. Mesmo já fragilizado no corpo, que trazia as marcas de um atentado sofrido no início da década de 80, ele cumpriu sua missão e, em meio a sofrimentos pessoais, nunca perdeu a firmeza em suas posturas e as chances de testemunhar sua fé. Aliás, esta é uma das tarefas que mais compete ao sucessor de Pedro: confirmar na fé seus irmãos!

Este grande papa, João Paulo II, morreu no dia 2 de abril de 2005, após serena agonia em seu quarto, no paládio apostólico. O mundo “parou” para despedir-se dele e para reconhecer seus méritos. Grande multidão se dirigiu para o Vaticano durante seus funerais, incluindo representantes de diferentes religiões, chefes de estado e outros.

A beatificação de João Paulo II, em pouquíssimo tempo após sua morte, vem atender à aclamação expressa espontaneamente pelo povo em seus funerais, presididos pelo então decano do colégio cardinalício, Cardeal Josef Ratzinger, hoje Papa Bento XVI: “Santo Súbito” (Santo já).

O próprio sucessor de João Paulo II, Papa Bento XVI, com a Cúria Romana, se fizeram sensíveis àquilo que a multidão expressava e pedia. Iniciou-se o processo, que consta inclusive de uma cura alcançada por uma religiosa após invocar a intercessão do servo de Deus.

Concluída estas etapas, neste dia 1º de maio de 2011, às 10h00 (horário de Roma), o Papa João Paulo II será proclamado beato, podendo ser venerado pelo povo. A data coincide com o 2º domingo do Tempo da Páscoa, o assim chamado “Domingo da Divina Misericórdia”. Também será rezado o Terço da Divina Misericórdia com o canto “Jezu ufam Tobie”, que significa: “Jesus confio em vós”. Esta devoção foi introduzida por Santa Faustina Kowalska, sua conterrânea, e era muito apreciada por João Paulo II.

Com a beatificação, será instituída uma Memória Litúrgica do Beato João Paulo II, para a Diocese de Roma e dioceses da Polônia, seu país de origem.

Que o testemunho dado por João Paulo II nos ajude a, como ele, sermos fervorosos e incansáveis servos de Deus, pela oração, pelas palavras e pelas atitudes diante da realidade que nos cerca, mesmo que em meio a dificuldades e sofrimentos. Movidos exemplo de força e santidade deste homem contemporâneo, que nossas comunidades se animem a serem cada vez mais fiéis ao Cristo, Senhor e Mestre, e cumprir no dia-a-dia a missão da Igreja: evangelizar.

Cristo é a nossa paz! Forte e fraterno abraço a todos!

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC

Bispo Diocesano de Limeira/SP

quinta-feira, 28 de abril de 2011

"MEU SENHOR E MEU DEUS"!

1º de Maio de 2011

Domingo da Misericórdia

Evangelho - Jo 20,19-31

Segundo domingo da Páscoa! Ainda ressoa em nossos corações o anuncio Pascal: Jesus ressuscitou, Ele está no meio de nós!

Angustia, sofrimento, morte, era sempre noite na humanidade, até que, "na noite mais clara que o dia", a vida venceu a morte, abrindo a porta da eternidade!

O acontecimento mais belo que já se viu, tirou das trevas a humanidade, tornando o céu mais próximo da terra!

Agora não vivemos mais ao léu, nossa vida ganhou um novo sentido, temos em quem confiar e a quem seguir: JESUS DE NAZARÉ!

A vida divina entrou na vida humana e assim como o fermento que faz crescer a maça, a ação de Deus agindo em nós, faz crescer, com o nosso testemunho de fé, a adesão de muitos, ao Cristo Ressuscitado!

Assim como as sementes espalhadas pelo vento, germinam sobre a terra, a notícia da ressurreição se espalha até hoje por todo universo, fazendo chegar a tantos corações sombrios, o brilho do sol de um novo amanhecer!

As festividades do domingo da Páscoa nos encheram de emoção, nos envolvemos por inteiros no mistério da vida que a morte não venceu! Mas não podemos ficar só na emoção, no encantamento, agora a vida retoma seu curso normal, é hora de sairmos da emoção para a ação: assumindo o nosso compromisso Pascal: fazer chegar a outros corações, a alegria da ressurreição!

As riquezas colhidas das leituras deste tempo Pascal, transformou nosso coração em sementeiras de amor! Queremos partilhar a alegria que transborda no nosso coração, nos tornar anunciadores da notícia mais bela que já se ouviu, não somente com palavras, mas principalmente com o nosso testemunho de vida!

Agora não somos mais os mesmos, assumimos um compromisso sério com Jesus: queremos viver como Ele viveu, amar como Ele amou!

"A liturgia de hoje, nos apresenta a comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja! A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição".

Assim que Jesus aparece para os discípulos, o medo que os mantinha presos, transforma em alegria! A paz e a alegria são dons do Cristo Ressuscitado e, ao mesmo tempo, condição para reconhecê-lo!

Jesus ao soprar sobre eles o Espírito Santo, expressa a idéia de criação renovada! O Espírito recria a comunidade dos apóstolos e descerra suas portas para a missão!

Eles só conseguiram tomar atitudes corajosas para anunciar Jesus, depois que receberam o Espírito Santo!

Tomé não crê no testemunho dos discípulos e pretende uma constatação pessoal, simbolizando a pessoa que precisa ver para crer!

"Felizes os que crêem sem ter visto, pois confiam nas testemunhas da ressurreição de Cristo. As pessoas de todos os tempos e lugares encontram nas Escrituras o testemunho dos apóstolos. Mas isso não dispensa a necessidade de um encontro pessoal e íntimo com o Ressuscitado"!

O encontro com Jesus é sempre transformador! Foi o que aconteceu com Tomé, depois do seu vacilo na fé, ele se prostrou diante do Ressuscitado e fez a bela profissão de fé, que hoje todos nós fazemos na Missa: "MEU SENHOR E MEU DEUS"!

A Páscoa não é um só dia! A Páscoa é quando acordamos para um novo dia e nos tornamos eternos alunos e aprendiz de Jesus!