Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Combate à indiferença

A indiferença é incontestável ameaça à paz e, por isso, o Papa Francisco faz o convite-convocação: "Vence a indiferença e conquista a paz". Essa interpelação, tema do Dia Mundial da Paz 2016, diz respeito a todos os cidadãos. Exige redobrada atenção por parte dos diferentes segmentos da sociedade. Não se trata de um movimento simples e qualquer, mas da capacidade para o diálogo, que vai além de simples conversa e está distante dos conchavos interesseiros. Trata-se de caminho para nova cultura. 

A indiferença é espessa camada a ser removida, com muito esforço, para dar lugar à fluidez da escuta e sensibilidade que fazem nascer no coração humano a competência para eleger, em todas as circunstâncias, o outro como prioridade. Por isso, se equivocam dirigentes, governantes e todos os que escolhem, decidem e operam na contramão do diálogo. Os prejuízos são enormes e facilmente constatáveis: a vergonhosa exclusão social, a perpetuação dos esquemas de corrupção e a manipulação do que é bem comum em benefício de interesses particulares. O resultado é uma terrível mediocridade na atuação de dirigentes e governos, sem lucidez para encontrar soluções e saídas. Consequentemente, a paz segue ameaçada.
É óbvio concluir que a falta de diálogo provocada pela indiferença é um problema grave. Trata-se de carência comum a vários ambientes - parlamentos, muitas vezes cenários de poucos e ineficazes entendimentos; diversos ambientes de trabalho e famílias. A falta do diálogo, alimentada e alimentadora da indiferença, tudo envenena. A indiferença comprova a carência de sabedoria na condução da vida. É sinal da perda de rumo e da incompetência que impede exercícios responsáveis e inventivos na atuação profissional e cidadã.
Situações desoladoras resultam desse verdadeiro veneno: os desperdícios, a perda de oportunidades para avanços e progressos, o recrudescimento de grupos, a disputa entre pessoas, famílias, nações. Ninguém fica isento de pagar um alto preço, que inclui o aumento da violência. Ela nasce também das revoltas e da dor da indiferença sofrida pelos mais pobres, por quem não tem voz e vez. E não adiantam esquemas de segurança, isolamentos que desenham segregações, ou portas fechadas para tratar em mesas restritas os assuntos que dizem respeito ao interesse do bem comum.
Nesse contexto, a vida de todos, indistintamente, é temperada pelos espectros de incertezas e desconfianças que descompassam corações, inteligências e vivências. Não há, assim, outro caminho, senão acolher, efetiva e urgentemente, a convocação de investir na superação da indiferença, particularmente pela prática sincera e permanente do diálogo, compreendido como escuta prioritária do outro, antes de qualquer juízo e decisão. Isso envolve a conduta pessoal e também transformações nas dinâmicas institucionais. É mudança cultural capaz de introduzir uma novidade na esfera de entendimentos e de deixar aparecer a luz da sabedoria, que permite encontrar saídas para as crises.  Uma luminosidade apropriada para oferecer respostas aos muitos questionamentos, soluções para problemas e dar nova configuração aos cenários sociais, políticos e culturais.
Vale acolher a instigante convocação feita pelo Papa Francisco, "Vence a indiferença e conquista a paz", que se torna ainda mais forte pela exemplaridade de suas atitudes - em permanente diálogo com todas as pessoas, com a cultura contemporânea - e também por sua simplicidade cativante. Acolher essa convocação significa admitir que a indiferença globalizada é um inimigo comum a ser combatido e vencido com urgência. Esse embate inclui indispensavelmente o empenho pessoal de todos. Raciocínio lógico e simples é considerar que se cada pessoa enfrenta a indiferença e luta pela paz, alcança-se grande impacto positivo na qualidade dos relacionamentos e valiosas soluções para as crises governamentais, institucionais, familiares e de relações humanas.
Há um caminho a ser trilhado para qualificar-se como agente de combate à indiferença na sociedade: buscar aproximar-se de Deus. O Papa Francisco lembra que a indiferença em relação a Deus supera a esfera íntima e espiritual do indivíduo e traz consequências para a esfera pública e social. De modo interpelante, Francisco acrescenta que o esquecimento e a negação de Deus induzem o homem a não reconhecer qualquer norma que esteja acima de si. Isso produz crueldade e violência.  Assim, para edificar um mundo melhor, é hora de vencer a indiferença que ameaça a paz.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo / Arcebispo de Belo Horizonte


ACOLHER QUALQUER IMPREVISTO COM AMOR

Quem quer fazer um bom planejamento deve incluir a possibilidade de um imprevisto, ter um plano "B" como se costuma dizer.
Quem deseja cumprir a vontade de Deus deve entender que nem sempre ela coincide com a nossa, mas pode se manifestar de forma imprevista como algo que muda totalmente nossos planos.
Acolhê-la com amor e alegria nos faz crescer no relacionamento direto com Ele.
Quando reconhecemos nos imprevistos o beneplácito de Deus, significa que estamos alcançando a maturidade espiritual.
Quando aderimos ao projeto de Deus e permitimos ser instrumento de implantação do seu Reino, o Espírito Santo agirá través de nós, mesmo que não tenhamos completo entendimento do que está acontecendo.

Somos convidados a vivenciar a fé acreditando que uma força maior é que nos move.
Temos que ter a certeza que ação nenhuma nossa, por menor que seja foi em vão, a Palavra semeada, por minúscula que for se transformará em uma grande graça de Deus.
A construção do Reino de Deus em nossas vidas se dá pela conjugação da ação divina e da ação humana. Basta que o discípulo faça sua parte. O resto fica por conta de Deus.
É preciso que cada um de nós tenhamos claro que é necessário  aceitar as surpresas que transtornam teus planos, derrubam teus sonhos, dão rumo totalmente diverso ao teu dia e, quem sabe, à tua vida. Não há acaso.
Dá liberdade ao Pai, para que Ele mesmo conduza a trama dos teus dias.

A cada dia basta o seu cuidado, ensina-nos o Senhor.
Hoje nós temos um dia inteirinho para fazer o bem por onde passarmos; haverá também os esforços próprios que teremos de enfrentar. Não viva preocupado, não fique vivendo as preocupações de forma exagerada, pois se você se preocupar com a comida que falta, por exemplo, isso de nada vai adiantar; sua confiança em Deus é que vai resolver as situações.  
Não se angustie e nem viva ansioso pelo dia de amanhã.
A Palavra diz “Não vos preocupeis”, ensinando-nos que temos de ser prudentes, que não podemos relaxar. Preocupar-se é ansiedade na certa, ocupe-se com o dia de hoje e seus cuidados.
A preocupação exagerada não vai mudar em nada a situação. Porque à custa de preocupação você não vai dar de comer nem de vestir aos seus filhos.
“Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?” (Mateus 6, 27) ou adquirir saúde... Muito pelo contrário, a preocupação lhe trará apenas enfermidades. Muitas pessoas vivem hoje na depressão, com gastrite, úlceras nervosas, pois vivem não o presente, mas já o amanhã, e o ditado nos diz: “O amanhã a Deus pertence!”.
Não se preocupe porque o Pai do céu está com você.
O Senhor está cuidando de você. Há uma Palavra que diz que se você tiver de passar pelo fogo, ele não o atingirá; se tiver de passar pela água, você não ficará submerso, porque o Senhor está com você, porque é precioso aos olhos d'Ele. O Senhor é capaz de trocar reinos por nós.

A mão do Senhor está com você por um único motivo: porque Ele o ama. Não é o seu pecado que vai afastar você de Deus. O Senhor quer varrê-lo [o pecado] da sua vida, porque Ele o fez para muito mais do que isso; não o fez para o pecado, mas para a vida. Então, confie o seu coração ao Senhor.
O Senhor foge daqueles que dizem que não precisam d'Ele. Ele escapa dos soberbos e escuta os humildes.
Despede os ricos de mão vazias, aos humildes Ele exalta e enche de bens os famintos.
Muitas vezes, as preocupações já entraram em nós, mas deixar de nos preocupar significa confiar tudo a Deus.

Confie a Deus a sua preocupação, comece o dia diferente, comece-o consagrando-se ao Senhor, pela confiança. E diga: “Este dia quero fazer a experiência de em tudo confiar no Senhor”.
Deus só e nada mais. Como Santa Madre Teresa de Jesus: “Deus é e basta!”
Busque o Reino de Deus, busque a vontade divina, porque existe uma graça especial do Senhor para você no dia de hoje.


Tomemos posse da vitória na guerra, nos determinemos por ela.

Padre Emílio Carlos Mancini



4º DOMINGO DO TEMPO COMUM
31 de janeiro de 2016





“Porém, Jesus, passando pelo meio deles, prosseguiu seu caminho” (Lc 4,29)

Leituras: 
Jeremias 1, 4-517.-19; 
Salmo 71 (70); 
Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12, 31-13,13; 
Lucas 4, 21-30.

COR LITÚRGICA: VERDE

Nesta páscoa semanal de Jesus o evangelho nos lembra a expulsão de Jesus da sinagoga. Os habitantes de Nazaré recusam a Palavra de Jesus e tentam lançá-lo no precipício. Sentimos em nossas vidas, muitas vezes, as consequências da rejeição por causa da justiça, do bem e da solidariedade com os pobres. Nesta celebração, estamos em comunhão com aqueles e aquelas que, por causa da justiça, são desprezados. A causa deles é também nossa causa.

1. Situando-nos

Neste domingo, páscoa semanal continuamos a celebrar o mistério da manifestação de Jesus como Salvador de todos (as) filho (as) dispersos pelo mundo. Recordamos o dia em que Ele viveu a experiência de desprezo de rejeição e de expulsão de sua cidade, consequência de sua encarnação e de sua missão profética. Na rejeição, a misericórdia se transforma em apelo para que andemos pelos caminhos do amor, de não violência.

Somos chamados a acolher a salvação, como dom de Deus aberto a todos, como nos motiva a antífona da entrada: “Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor” (Sl 105/104,47).

Com tantos os povos e culturas celebremos o louvor de nosso Deus. Que ele nos dê a coragem e a firmeza de Jesus, para não nos deixarmos abater pela hostilidade pela rejeição ou por qualquer coisa que enfraqueça nossa missão de profetas, hoje.

2. Recordando a Palavra

O Evangelho de hoje repete o versículo final ouvido no terceiro domingo, narrando o acontecimento da sinagoga de Nazaré e lhe dá continuidade. Depois que leu o trecho de Isaías 61, Jesus diz: “hoje realizou-se essa Escritura que acabastes de ouvir”. Quem, o ouvia se espantava com a graça que saia de sua boxa e se perguntavam: “Não é o filho de José?”

O povo tem atitudes contraditórias neste acontecimento: ficam com os olhos fixos em Jesus, profundamente atentos enquanto ele proclama a profecia de Isaías. Testemunham e se espantam com as palavras cheias de graça que ele pronuncia. Por fim, se enfurecem contra ele e querem mata-lo. Qual será o motivo de tanta fúria dos conterrâneos e contemporâneos de Jesus?

O povo compara a origem humilde de Jesus e a pretensão do programa de sua vida. O preconceito insinua que a importância e a capacidade de uma pessoa são determinadas pela origem, berço familiar, profissão, parentesco, relações e categorias sociais: “O que se pode esperar de um operário de Nazaré?” (cf. Mc 6, 2-3; Jo 1,46; 7,27s). A palavra de Jesus no versículo 24 lembra um dito popular, conhecido por israelitas gregos e romanos, mostrando que o destino de Jesus é o mesmo dos profetas (cf. Jr 11, 18-23). Nenhum profeta é bem recebido pela sua gente.

O povo, rejeitando Jesus, rejeitou também o “ano da graça” que se concretizou em sua pessoa e ação. Descrevendo a reação do povo, a passagem se refere ao término da atividade de Jesus em sua terra.

O texto de Jeremias (627 a.C.), no tempo do rei Josias, apresenta a sua vocação profética, procurando explicar as raízes da sua atividade contraditória e desconcertante. Sua vocação de profeta parte de uma experiência da Palavra de Deus que o ultrapassa e o chama à missão, antes que ele tomasse consciência, e antes mesmo de ter sido formado no ventre da mãe.

O chamado é a destinação feita por Deus que precede, fundamenta e abarca toda a existência. Ele era muito jovem quando recebeu a vocação, Com a força de Deus, o profeta não terá medo e enfrentará a força da nas nações, dos poderosos, dos reis, dos príncipes, dos sacerdotes e do próprio povo. Sua vida será um aluta constante, mas não será vencido, porque Deus estava com ele para salvá-lo.

O Salmo 71 (70) nos mostra Deus como o único que salva e liberta. O salmista, em meio às perseguições, volta-se para o Senhor, porque nele encontra o apoio desde o seio, desde as entranhas maternas, é a parte
Radical do profeta.

A segunda leitura, da primeira carta aos Coríntios, apresenta o amor “ágape” como dom por excelência. Esse amor vai além da simples amizade e supera toa a forma de egoísmo, pois é derramado pelo Espírito em nossos corações (cf. Rm 5,5). As três afirmações idênticas (cf. 13,1-3) ressaltam que se trata do amo oblativo, que dá sentido à vida dos que seguem a Cristo. A caridade tem primazia entre as três virtudes principais, conhecidas como “teológicas”: a fé, a esperança e o amor. Somente o amor permanece para sempre, pois “Deus é amor”.

3. Atualizando a Palavra

Jesus diz que hoje se cumpriu a Palavra. Esse “hoje” é o tempo de Deus na história humana. É o tempo (O Krónos) que se transforma em experiência significativa: kairós. Isto é, o momento decisivo da graça que marca o testemunho de vida de Jesus e é convite para que todos, ouvindo o seu projeto, o aceitem ou o rejeitem.

A aceitação ou a recusa de Jesus Cristo são aceitação ou recusa fundamentais, feitas no cerne da vida, mudando radicalmente o sentido de nosso ser e nossa prática. É atitude que envolve atos e se expressa em palavras: jeito de ser, viver, celebrar e agir no mundo.

A rejeição faz com que as pessoas sofram no seu interior e, por vezes, acabam desistindo dos seus sonhos. A rejeição pode ser aquilatada em diferentes ângulos: como obstáculo que nos leva à desistência ou como uma oportunidade de qualificação e prosseguimento do projeto de vida. Jesus, o profeta rejeitado por seus conterrâneos, não desisti da missão. Observemos que a rejeição a Jesus e a seu projeto culmina em Jerusalém, onde ele é crucificado e morto por seus opositores (Cf. BERTOLINI. Op. Cit., p.590).

Normalmente, a rejeição é arquitetada por aqueles que desejam “domesticar o profeta em favor de seus interesses”, O povo de Nazaré esperava por um Jesus espetacular, capaz de ações mágicas e miraculosas. E como esperar isso de uma pessoa comum e conhecida por todos? E Jesus se recusa a cumprir sinais em benefício próprio; recusa-se a ser ídolo da abundância, do prestigio, do poder e da riqueza (Cf. Ibidem, p. 590).

A rejeição dos profetas serviu como oportunidade para que Deus se manifeste àqueles que o reconhecem e acolhem. No Evangelho de Lucas, a rejeição ressalta que Jesus não veio para ser condicionado a um único povo. Sua Boa-Nova de destina a todos os povos. Deter sua ação libertadora é um empreendimento impossível: “Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho” (Lc 4,30).

A comunidade que se compromete com Jesus deve ser capaz de deixar a competição, a busca de sucesso e autopromoção para unir-se profeticamente nos serviços, nas lutas que tornam reais a arte de amar, a prática da justiça, dos direitos iguais, da solidariedade e da partilha, do amor que é maior do que tudo e que jamais passará.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

Celebrar a Eucaristia é aderir a Jesus, o profeta rejeitado e morto, com todas as consequências dessa adesão.

Na celebração eucarística a Igreja suplica: “Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei que, a exemplo de Cristo, e seguindo o seu mandamento, nos empenhemos lealmente no serviço a eles. Vossa Igreja seja testemunha viva da verdade e da liberdade, da justiça e da paz, para que toda a humanidade se abra à esperança de um mundo novo” (Oração Eucarística para diversas circunstancias VI D).

A Eucaristia nos abra os olhos, dando-nos consciência de que somos comunidades proféticas a serviço da libertação dos pobres, oprimidos e marginalizados. Unindo-nos a todos os profetas e profecias de ontem e de hoje, renovamos nossa adesão ao seguimento de Jesus, valorizando nossos carismas, comprometendo-os com o serviço amoroso aos irmãos, enfrentando com serena coragem as hostilidades próprias do caminho.

“A Misericórdia é profecia de um mundo novo em que os bens da terra e do trabalho são distribuídos de modo equânime e ninguém fica desprovido do necessário, porque a solidariedade e a partilha são a consequência concreta da fraternidade” (Papa Francisco, discurso em Molise, 07 de julho de 2014).

Aprendendo a viver

1.    Três coisas são necessárias para a salvação do homem: 
-Saber o que deve crer, 
-O que deve querer, 
-O que deve fazer! 
Crer em Deus Pai..., Querer a Vida Eterna e, Fazer o bem.
2.    O desordenado amor por si mesmo é a causa de todos os pecados.
3.    Um homem é chamado paciente não porque foge do mal, mas porque aguenta um mal presente de forma honrosa; isto é, sem ficar indevidamente triste por isso. 

4.    Se a meta principal de um capitão fosse preservar seu barco, ele o conservaria no porto para sempre.
5.    A humildade é o primeiro degrau para a sabedoria.
6.    Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la.
7.    O maior bem que podemos fazer a um homem é levá-lo à Verdade.
8.    Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade.
9.    Para aqueles que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível.
10.  A santidade não consiste em saber muito ou pensar muito, o grande mistério da santidade é amar muito.
11.  O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens.
12.  Eu daria toda a minha ciência teológica pelo valor de uma única Ave-Maria.
13.  A verdadeira humildade está naquele que não confia em suas próprias forças, mas tudo espera do poder divino.
 

São Tomás de Aquino



            Qual a origem do Carnaval e qual a atitude da Igreja diante dele?

Origem: antes do mais, diga-se algo sobre a etimologia de “Carnaval”.
Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; esta derivação indicaria que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. – 
 
Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da Quaresma, ou seja, ao domingo da Quinquagésima, o título de “dominica ad carnes levandas”; a expressão haveria sido sucessivamente, carneval ou carnaval”. – 
 
Um terceiro grupo de etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: donde a forma Carnavale. 

Como se vê, não é muito clara a procedência do nome.
Quanto à realidade por este designada deve-se dizer o seguinte:
As mais antigas notícias de pompas semelhantes às que hoje chamamos “Carnaval” datam, como se crê, do séc. VI antes de Cristo, na Grécia: as pinturas de certos vasos gregos apresentam figuras mascaradas a desfilar em procissão ao som de música as pompas do culto do deus Dionísio, com suas fantasias e alegorias, são certamente anteriores à era cristã. Entre os gregos, análogas festividades eram ocasionadas pela entrada de novo ano civil (mês de janeiro) ou pela aproximação da primavera e a consequente despedida do inverno. Elementos da religiosidade pagã e da mitologia costumavam inspirar essas celebrações; em geral os povos não-cristãos intencionavam, com seus ritos exuberantes, expiar as faltas cometidas no inverno ou no ano anterior e pedir aos seres superiores a fecundidade da terra e a prosperidade para a primavera e o novo ano. Disto dão testemunho os costumes vigentes ocasião de tais solenidades: para exprimir a expiação e o cancelamento das culpas passadas, por exemplo, encenava-se a morte de um fantoche ou boneco que, depois de “haver feito seu testamento” e após uma paródia de transporte fúnebre, era queimado ou lançado à água ou de qualquer modo destruído (rito celebrado geralmente no dia 1º de janeiro) Em algumas regiões procedia-se à confissão pública dos vícios: matava-se um peru, o qual, antes de morrer, proclamava pela boca de um dos cidadãos os malefícios da gente do país. A denúncia das culpas tomava não raro um caráter pilhérico e teatral: era, por exemplo, o cômico Arlequim que, antes de ser entregue à morte confessava os seus pecados e os alheios. Apesar das intenções sérias que inspiraram inicialmente tais manifestações públicas, compreende-se que elas tenham mais e mais dado lugar à licenciosidade e a deploráveis abusos, fomentados elo uso de máscaras, trajes alegóricos, pela exibição de préstitos, peças de teatro, etc. Em tese, as danças e o tripudiar característico dessas festas deviam servir de exortação ao povo para que cheio de alegria iniciasse a nova estação do ano. As religiões ditas “de mistérios” provenientes do Oriente e muito difusas no Império Romano, concorreram não pouco, pelo fato de seguirem rituais exuberantes, para o incremento das festividades carnavalescas. Estas, em consequência, tomaram o nome de “pompas bacanais” ou “saturnais” ou “lupercais”. As demonstrações de alegria porém, tornando-se subversivas da ordem pública, o Senado Romano, no séc. II a.C. resolveu combater os bacanais; os adeptos destes passaram a ser acusado de graves ofensas contra a moralidade e contra o Estado.
Dado o motivo de tais festividades populares, entende-se que a data de sua celebração tenha sido vária: podia ser o dia 25 de dezembro (dia em que os pagãos celebravam Mitra ou o Sol Invicto) ou o dia 1º de janeiro (começo do novo ano), ou 6 ou 17 de janeiro ou 2 de fevereiro (datas religiosas pagãs) ou algum termo pouco posterior.
Atitude da Igreja
Quando o Cristianismo se difundiu, já encontrou tais orgias no uso dos povos. Por princípio, o Evangelho não é contrário às demonstrações de júbilo, contanto que não degenerem em celebrações libertinas e pecaminosas. Por isto, os missionários não se opuseram formalmente à realização do Carnaval, mas procuraram dar-lhe caráter novo, depurando-o de práticas que tinham sabor nitidamente supersticioso ou mitológico e enquadrando-o dentro da ideologia cristã; assim, como motivo de alegria pública, os pastores de almas indicavam por vezes algum mistério ou alguma solenidade do Cristianismo (o Natal, por exemplo, ou a Epifania do Senhor ou a Purificação de Maria, dita “festa da Candelária”, em vez dos mitos pagãos celebrados a 25 de dezembro 6 de janeiro u 2 de fevereiro). Por fim, as autoridades eclesiásticas conseguiram restringir a celebração oficial do Carnaval aos três dias que precedem a quarta-feira de cinzas (em nossos tempos alguns párocos bem intencionados promovem, dentro das normas cristãs, folguedos públicos nesse tríduo, a fim de evitar sejam os fiéis seduzidos por divertimento pouco dignos).
Como se vê, a Igreja não instituiu o Carnaval; teve, porém, de o reconhecer como fenômeno vigente no mundo em que ela se implantou. Sendo em si suscetível de interpretação cristã, ela o procurou subordinar aos princípios do Evangelho; era inevitável, porém, que os povos não sempre observassem o limite entre o que o Carnaval pode ter de cristão e o que tem de pagão. Está claro que são contrários às intenções da Igreja os desmandos assim verificados Em reparação dos mesmos, foram instituídas a adoração das Quarenta Horas e as práticas de Retiros Espirituais nos dias anteriores à quarta-feira de cinzas.
Texto: Prof. Felipe Aquino