Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 28 de abril de 2016



«Eu sou a videira; vós sois os ramos»


No que diz respeito à Igreja, a concepção mais acessível ao espírito humano é a de uma comunidade de crentes. Quem crê em Jesus Cristo e no seu Evangelho e espera o cumprimento das suas promessas, quem se encontra ligado a Ele por um sentimento de amor e obedece aos seus mandamentos, deve estar unido a todos quantos partilham o mesmo espírito por uma profunda comunhão espiritual e uma ligação de amor. Aqueles que seguiram o Senhor durante a sua passagem pela Terra foram os primeiros sarmentos da comunidade cristã; foram eles que a difundiram e que transmitiram em herança, na sucessão dos tempos, até aos nossos dias, as riquezas da fé de onde retiravam a respectiva coesão.

Mas até uma comunidade humana natural pode ser já muito mais do que uma simples associação de indivíduos distintos; pode ser uma estreita harmonia que vai a ponto de se tornar uma unidade orgânica; o mesmo se aplica, ainda com maior verdade, à comunidade sobrenatural que é a Igreja. A união da alma com Cristo é diferente da comunhão entre duas pessoas terrenas; esta união, iniciada no batismo e constantemente reforçada pelos outros sacramentos, é uma integração e um arremesso de seiva, como nos diz o símbolo da videira e dos ramos. Este ato de união com Cristo pressupõe uma aproximação membro a membro entre todos os cristãos. Assim, a Igreja toma a figura do Corpo Místico de Cristo. Esse corpo é um corpo vivo e o espírito que o anima é o Espírito de Cristo que, partindo da cabeça, se comunica a todos os membros (Ef 5,23.30); o espírito que emana de Cristo é o Espírito Santo, e a Igreja é por isso templo do Espírito Santo (Ef 2,21-22). 

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa

A mulher e o seu destino, coletânea de seis conferências  

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Não é preciso temer. Mas é preciso saber.
 
Veja como o Demônio pode interferir na sua vida segundo o Exorcista Pe. Gabriele Amorth

● POSSESSÃO: É a presença permanente do demônio num corpo humano. TODAS as pessoas podem ser atingidas pela possessão, principalmente os descrentes.
 
● VEXAÇÃO: São formas de ação do demônio que atingem saúde, trabalho, sentimentos.
 
● OBSESSÕES: Pensamentos obsessivos, mas de forma que a vitima não esta em condições de se libertar, tentações persistentes de suicídio.
 
● INFESTAÇÕES: malefícios que atingem lugares, objetos e animais.

O próprio Exorcista de Roma afirma o quanto a Medalha de São Bento pode lhe afastar do mal.
"Constatei em várias ocasiões a eficácia das medalhas que as pessoas usam com fé. (...)
Um dia, entre as numerosas catástrofes ocasionadas pelo demônio, virou-se uma carroça que transportava um exorcista. Mas o demônio não conseguiu levar o seu projeto até o fim porque no momento da partida tinha sido dada ao cocheiro, para proteção, uma Medalha de São Bento”
 (Padre Gabriele Amorth).

terça-feira, 26 de abril de 2016

Para bem rezar a ela, é preciso sentir sobre si esse olhar

A Virgem Maria é nossa mãe, isto é claro, Ela é a mãe da humanidade, a nova Eva. Mas Ela também é sua filha. O velho mundo, o mundo doloroso, o mundo antes da graça manteve-a, embalada, durante muito tempo, em seu coração desolado, devastado ─ por séculos e séculos ─ na espera obscura, incompreensível de uma “Virgem Mãe” .
 
A Virgem era a Inocência. Vocês se dão conta do que nós representamos para ela, nós, os da raça humana? Oh! Ela naturalmente detesta o pecado, mas, enfim, ela não teve a mínima experiência deste mal. Experiência que não faltou aos maiores santos, a São Francisco de Assis, igualmente, mesmo tendo sido seráfico, como foi. 

O olhar da Virgem é o único olhar verdadeiramente infantil, pela pureza, o único olhar de criança que jamais foi erguido sobre nossa vergonha e nossa infelicidade.

Sim, meu filho, para bem rezar a ela, é preciso sentir sobre si esse olhar que não é inteiramente o olhar de indulgência – pois a indulgência não existe sem alguma experiência amarga – mas é o olhar da terna compaixão, da surpresa dolorosa, não se sabe de qual sentimento, inconcebível, inexprimível, que a torna mais jovem do que o pecado, mais jovem do que a raça da qual provém, e que ela, apesar de ser mãe pela graça, mãe das graças, é a caçula do gênero humano.

Georges Bernanos

Sem um coração arrependido, toda ação religiosa é ineficaz - 

“Misericórdia é que eu quero, e não sacrifício”. Partindo desta máxima de Jesus no contexto bíblico da vocação de Mateus, o Papa afirmou durante a Audiência geral desta quarta-feira, (13/04), que qualquer atitude religiosa que não provenha do arrependimento é ineficaz. “Todos necessitamos da misericórdia de Deus, origem da nossa salvação”, disse Francisco.
Mateus era coletor de impostos e, por isso, um pecador público. Contudo, sua verdadeira vocação se confirma com o chamado do Mestre, porém isso não o torna perfeito. 

“É verdade que ser cristão não nos faz impecáveis. Como Mateus, o publicano, cada um de nós se entrega à graça do Senhor apesar dos próprios pecados. Todos somos pecadores, todos pecamos. Uma vez, ouvi um provérbio tão bonito: não há santo sem passado, e não há pecador sem futuro. É bonito isso, isto é o que faz Jesus”, recordou o Pontífice.
Muro que nos separa de Deus
Todavia, recordou Francisco, é preciso superar uma barreira que nos afasta de Deus e que, por muitas vezes, parece intransponível:
“A vida cristã é uma escola de humildade que se abre à graça. Tal comportamento não é compreendido por quem tem a presunção de se achar ‘justo’ e melhor do que os outros. Soberba e orgulho não permitem que reconheçamos a nossa necessidade de salvação, aliás, impede de ver o rosto misericordioso de Deus e de agir com misericórdia. São um muro, a soberba e o orgulho, são um muro que impedem a relação com Deus”.
Os pecadores, todos, sem exclusão – reforçou o Papa – também têm a oportunidade de serem curados pelo poder “restaurador de Deus” que não conhece limites. “E isso nos deve dar confiança para que Jesus venha e nos cure!”, exclamou o Pontífice.
Médico Divino
Francisco refletiu então sobre Jesus que se apresenta como Médico Divino, com dois medicamentos que restauram e nutrem: a Palavra e a Eucaristia.
“Com a Palavra, Ele se revela e nos convida a um diálogo entre amigos: Jesus não tinha medo de falar com os pecadores, os publicanos, as prostitutas. Não tinha medo, amava todos”, disse o Papa ao advertir:
“Às vezes, esta Palavra é dolorosa porque incide sobre as hipocrisias, desmascara as falsas desculpas, traz à tona as verdades escondidas; mas ao mesmo tempo ilumina e purifica, dá força e esperança, é um reconstituinte preciso no nosso caminho de fé”.
Religiosidade de fachada
O segundo bálsamo para o arrependimento sincero do coração cristão é a Eucaristia que “nos nutre com a própria vida de Jesus e, como um potentíssimo remédio, de maneira misteriosa renova continuadamente a graça do nosso Batismo”.
Ao concluir, Francisco voltou ao cenário de Jesus que dialoga com os fariseus para recordar que, apesar da aliança com Deus e da misericórdia, as orações de Israel eram incoerentes e cheias de palavras vazias, uma ‘religiosidade de fachada’:
“‘Misericórdia é que eu quero’, ou seja, a lealdade de um coração que reconhece os próprios pecados, que se arrepende e volta a ser fiel à aliança com Deus. ‘E não sacrifício’: sem um coração arrependido, toda ação religiosa é ineficaz”.

Papa Francisco.
Fonte: Rádio Vaticano

Imaculado Coração de Maria.

Você sabe quais são os 5 pecados contra o Imaculado Coração de Maria?


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Todos os pecados ofendem a Deus.
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M
as além dos pecados que ofendem a Deus, tem os pecados que ofende diretamente o Imaculado Coração de Maria.

São eles:
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1-
 Negar a imaculada Conceição da Virgem Maria, mãe de Deus.

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2-
 Negar a virgindade de Maria.

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3-
 Recusar Maria como nossa mãe (‘eis aí a TUA Mãe…’)

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4-
 Infundir no coração das pessoas e especialmente das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra Maria Santíssima.

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5-
 Ultrajar suas imagens.

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A misericórdia e o pecado -

O Evangelho é a revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores. (01) O anjo assim o disse a José: “Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados(Mt 1,21), o mesmo se diga da Eucaristia, sacramento da Redenção: “Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que vai ser derramado por todos para a remissão dos pecados(Mt 26,28). (CIC-1846) 

Deus, que nos criou sem nós, não quis salvar-nos sem nós(2). O acolhimento da sua misericórdia exige de nós a confissão das nossas faltas. “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a maldade(1Jo 1,8-9). (CIC-1847)
Como afirma São Paulo: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça(Rm 5,20). Mas para realizar a sua obra, a graça tem de pôr a descoberto o pecado, para converter o nosso coração e nos obter “a justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 5, 21). Como um médico que examina a ferida antes de curá-la, Deus, pela sua Palavra e pelo seu Espírito, projeta uma luz viva sobre o pecado: “A conversão requer o reconhecimento do pecado. Contém em si mesma o juízo interior da consciência. Pode ver-se nela a prova da ação do Espírito de verdade no mais íntimo do homem. Torna-se, ao mesmo tempo, o princípio dum novo dom da graça e do amor: "Recebei o Espírito Santo". Assim, neste "convencer quanto ao pecado" descobrimos um duplo dom: o dom da verdade da consciência e o dom da certeza da redenção. O Espírito da verdade é o Consolador” (03) (CIC-1848)
01 - Cf. Lc 15
02 - Santo Agostinho, Sermão 169, 11, 13: PL 38, 923
03 - João Paulo II, Enc. Dominum et vivificantem, 31: AAS 78 (1986) 843
Fonte: Catecismo da Igreja Católica




Deixo-vos a Paz!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 14,27-31a

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, mas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra um dos aspectos mais importantes do amor que é o desejo do bem maior para o outro. O mundo nos apresenta uma falsa ideia de amor que é o amor possessivo: quando amamos uma pessoa, queremos que ela esteja constantemente ao nosso lado porque assim somos felizes. 
Na verdade estamos pensando na nossa felicidade e não na da pessoa amada. Jesus diz: "Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". Assim, de fato, somos nós, uma vez que nos entristecemos quando a felicidade maior do outro não é como gostaríamos que fosse. Na verdade, confundimos paixão e sentimentalismo com amor verdadeiro.

Jesus é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. 
A paz de Jesus é muito mais do que isto! A paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa a ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades. 

Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar. 

A paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. 
É uma paz que conduz à morte! O discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para  acolher aquela que  Jesus oferece. De posse dela, estará preparado para enfrentar todos os contratempos da vida, sem se deixar abater. 


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O Inferno existe -

Santa Teresa D’Ávila viu, por divina revelação, o inferno:
Foi de brevíssima duração, mas, embora eu vivesse muitos anos, parece-me impossível esquecê-lo. Parecia-me a entrada à maneira dum beco muito comprido e estreito, semelhante a um forno muito baixo e escuro e apertado.
O chão pareceu-me duma água com lodo muito sujo e de cheiro pestilencial e cheio de muitas sevandijas (insetos parasitas) peçonhentas. No fundo havia uma concavidade aberta numa parede a modo dum armário, aonde me vi colocar em muita estreiteza… 


Senti um grande fogo na alma que eu não chego a entender como poder dizer de que maneira é.
As dores corporais são tão insuportáveis que, apesar de eu as ter passado nesta vida gravíssimas, tudo é nada em comparação do que ali senti
Estando em tão pestilencial lugar, tão desesperada de toda a consolação, não há sentar-se nem deitar-se, nem há lugar, porquanto me puseram neste como que buraco feito na parede; porque estas paredes, que são espantosas à vista, apertam por si mesmas e tudo sufoca.
Não há luz, mas tudo trevas escuríssimas. Eu não entendo como pode ser isto, que, não havendo luz se vê tudo o que à vista há de causar pena”.
Livro da Vida, Capítulo 32, 1,2 e 3

Santa Teresa D’Ávila

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O desejo de contemplar a Deus -

Vamos, coragem, pobre homem! Foge um pouco de tuas ocupações. Esconde-te um instante do tumulto de teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te absorvem e livra-te das preocupações que te afligem. Dá um pouco de tempo a Deus e repousa nele.
Entra no íntimo de tua alma, afasta tudo de ti, exceto Deus ou o que possa ajudar-te a procurá-lo; fecha a porta e põe-te à sua procura. Agora fala meu coração, abre-te e dize a Deus: Busco a vossa face; Senhor, é a vossa face que eu procuro (Sl 26,8).
E agora, Senhor meu Deus, ensinai a meu coração onde e como vos procurar, onde e como vos encontrar. 

Senhor, se não estais aqui, se estais ausente, onde vos procurarei? E se estais em toda parte, por que não vos encontro presente? É certo que habitais numa luz inacessível, mas onde está essa luz inacessível e como chegarei a ela? Quem me conduzirá e nela me introduzirá, para que nela eu vos veja? E depois, com que sinais e sob que aspecto vos devo procurar? Nunca vos vi, Senhor meu Deus, não conheço a vossa face.

Que pode fazer, altíssimo Senhor, que pode fazer este exilado longe de vós? Que pode fazer este vosso servo, sedento do vosso amor, mas tão longe da vossa presença? Aspira ver-vos, mas vossa face se esconde inteiramente dele. Deseja aproximar-se de vós, mas vossa morada é inacessível. Aspira encontrar-vos, mas não sabe onde estais. Tenta procurar-vos, mas desconhece a vossa face.
Senhor, vós sois o meu Deus, o meu Senhor, e nunca vos vi. Vós me criastes e redimistes, destes-me todos os meus bens e ainda não vos conheço. Fui criado para vos ver e ainda não fiz aquilo para que fui criado.
E vós, Senhor, até quando? Até quando, Senhor, nos esquecereis, até quando nos ocultareis a vossa face? Quando nos olhareis e nos ouvireis? Quando iluminareis os nossos olhos, e nos mostrareis a vossa face? Quando voltareis a nós?
Olhai-nos, Senhor, ouvi-nos, mostrai-vos a nós. Dai-nos novamente a vossa presença para sermos felizes, pois sem vós somos tão infelizes! Tende piedade dos rudes esforços que fazemos para alcançar-vos, nós que nada podemos sem vós.
Ensinai-me a vos procurar e mostrai-vos quando vos procuro; pois não posso procurar-vos se não me ensinais nem encontrar-vos se não vos mostrais. Que desejando eu vos procure, procurando vos deseje, amando vos encontre, e encontrando vos ame.

Santo Anselmo de Cantuária

Do livro “Proslógion”, de Santo Anselmo, bispo
Cap. I - Opera omnia, Edit. Schmitt, Seccovii, 1938, 1,97/100 -  Séc. XII
Fonte: Liturgia das horas

Quanto vale uma Missa? O que se ganha com uma Missa?

São Tomás e São Boaventura, os dois doutores da Igreja, ensinam que o Santo Sacrifício da Missa é de valor infinito, tanto pela Vítima que é ai oferecida, que é o Corpo e Sangue, a alma e Divindade de Nossa Senhor Jesus Cristo que principalmente o oferece. No entanto, muitos há que o têm em tão pouca estima que colocam este tesouro sacratíssimo, abaixo do mínimo interesse.
E se, até aqui, este santo Sacrifício era para eles um tesouro oculto, agora que lhe conhecem o valor infinito, tomem a resolução de aproveitá-lo, assistindo à Santa Missa, todos os dias! Para a isso mais incitá-lo, vou contar uma história apavorante, que será a conclusão desta obra. 

Enéias Silvio Piccolomini, mais tarde Pio II, refere que em certa região da Alemanha havia um fidalgo de grande linhagem que, tendo caído na pobreza, vivia retirado em uma de suas terras.
Aí acabrunhado pela melancolia, estava prestes deixar-se dominar pelo desespero, e satanás o impelia, cada dia, a pôr uma corda ao pescoço a fim de dar cabo da vida.
Nesse combate contra a tristeza e a tentação, recorreu a um santo confessor, que lhe deu o excelente conselho de não passar, nem um dia, sem assistir à Santa Missa.
O fidalgo aceitou o conselho e logo o colocou em prática; e fez mais, para ficar seguro de nunca faltar à Santa Missa, tomou um capelão que devia estar pronto a oferecer, cada manhã, o Santo Sacrifício, a que ele assistia com grande fervor e devoção.
Um dia, porém, o capelão dirigiu-se bem cedo a uma aldeia pouco afastada para assistir um padre recém-ordenado, que lá celebrava sua primeira Missa.
O fidalgo, receoso de ficar privado da Santa Missa naquele dia, dirigiu-se apressadamente para a tal aldeia. No caminho, porém, encontrou um camponês e este lhe disse que podia voltar dali, pois a Santa Missa do novo sacerdote já havia terminado, e que na aldeia não se celebraria outra.
A esta notícia, o fidalgo perturbou-se e exclamou entre lágrimas: “Que vai ser de mim hoje?” O camponês, que nada podia entender de tão pungente aflição, replicou num tom de gracejo e ímpio ao mesmo tempo: “Não choreis, senhor, eu vos venderei a Missa que acabo de assistir. Dai-me o manto que trazeis e eu vo-la cedo.”
O gentil homem aceitou a estranha proposta do camponês, e, entregando-lhe o manto, encaminhou-se para a Igreja. Fez uma curta oração no lugar santo, e voltou em seguida para casa.
Mas, ao chegar ao sítio em que se detivera pouco antes, qual não foi seu espanto ao ver enforcado num carvalho, morto como Judas, o desgraçado camponês que lhe vendera sua Missa.
A tentação de suicídio passara do fidalgo ao camponês, que, privado do socorro que a Santa Missa lhe alcançara, não soubera resistir ao diabo. O fato acabou de convencer o bom fidalgo de quão eficaz era o remédio sugerido pelo confessor, e mais se firmou em sua resolução de assistir, todos os dias, à Santa Missa.
Duas coisas de grande importância eu quisera que notásseis neste terrível caso.
O preço da missa? Inestimável!
Primeiro a grosseira ignorância de grande número de cristãos que, não sabendo apreciar as riquezas imensas na Santa Missa, vão a ponto de taxá-la por um preço material.
Daí vem a linguagem inconveniente de algumas pessoas que falam em pagar ao sacerdote a sua Missa. Pagar a Missa! E onde encontrareis fortuna capaz de igualar o valor de uma única Santa Missa, já que ela vale mais que todo o Paraíso! Ó ignorância revoltante.
Esse pouco de dinheiro que dais ao sacerdote, vós lho dais para seu sustento, mas não como pagamento, pois a Santa Missa é um tesouro sem preço.
Porque vos exortei, neste livrinho, a assistir, todos os dias, à Santa Missa e encomendar quantas puderdes, é possível que satanás vos coloque no espírito esta ideia:
“Os padres nos exortam a encomendar muitas Missas, por motivos muito bonitos e especiais. Mas nem tudo que brilha é ouro. Sob esta aparência de zelo eles escondem seu proveito e no fim de contas vê-se que o interesse é que lhes inspira a conduta e as palavras.”
Que erro o vosso, se pensais assim!
 
Dou graças a DEUS de me ter inspirado abraçar uma ordem na qual se professa a mais estrita pobreza, e não se recebem espórtulas pelas Missas.
Se nos oferecessem cem escudos por uma só Missa, jamais os aceitaríamos, pois dizemos todas as nossas Missas na intenção que tinha Cristo na Cruz, quando ofereceu ao Eterno Pai o primeiro Sacrifício do Calvário.
Se, portanto, alguém há que possa elevar a voz sem receio de censura, sou eu que só busco o vosso interesse.
Ora, tudo que vos aconselhei neste opúsculo vo-lo repito novamente, rogo-vos assisti a muitas Santas Missas e encomendai o mais que puderdes.
“Tereis amontoado um grande tesouro que vos aproveitará neste Mundo e no outro.”
A segunda verdade que deveis depreender da história precedente é a eficácia da Santa Missa, para alcançar todo bem e preservar-se de todo mal, e em particular para adquirir forças espirituais, a fim de vencer todas as tentações.
Deixai-me, portanto, dizer-vos ainda: À Santa Missa! À Santa Missa! Se quereis a vitória sobre vossos inimigos e ver todo o inferno vencido e dominado.
Resta-me ainda dar-vos um aviso, que se dirige também tanto aos sacerdotes, aos religiosos, como aos leigos: é que, para receber com grande abundância os frutos da Santa Missa, importa ir a ele com a máxima devoção.
Vós, leigos, portanto, assisti com toda a devoção, à da Santa Missa, e para isto, se quiserdes, utilizai-vos deste livrinho e ponha em prática, cuidadosamente, tudo o que nele vai indicado.
Em pouco tempo, posso assegurar-vos pela experiência, verificareis uma mudança sensível em vosso coração, e tocareis com o dedo o grande bem que daí há de auferir a vossa alma.
E vós, sacerdotes, deveis temer a justiça de Deus, quando, por uma pressa exagerada ou por negligência irreverente, executardes mal as santas cerimônias, precipitardes as palavras, confundirdes os movimentos, numa palavra, despachardes a Missa.
Refleti que consagrais, que tocais e recebeis o Filho do Altíssimo, e que não podeis, sem falta, omitir a menor cerimônia ou fazê-la de modo negligente ou defeituoso, como a ensina o sábio Suarez: Vei unius caeremoniae omissio culpae reatum inducit! (As palavras omitidas da cerimônia levam à culpa)
Por isso, João d´Avila, o oráculo da Espanha, não punha em dúvida que o Soberano Juiz pedirá aos sacerdotes uma conta mais rigorosa de todas as Missas que tiverem celebrado, do que qualquer outra obrigação.
E vós e eu, que tantas temos celebrado. Como nos arranjaremos no tribunal de Deus? Tomemos por tanto a salutar resolução de rever, ao menos no próximo retiro que fizermos, todas as rubricas do Missal e todas as cerimônias sacras, a fim de celebrar com a máxima perfeição possível.
E estou certo de que se nós, sacerdotes, celebramos com um exterior grave e recolhido, e, sobretudo com grande fervor, os leigos, de sua parte, hão de decidir-se a assistir diariamente à Santa Missa.
E teremos a consolação de ver renascer entre os cristãos de nossos dias o fervor dos primeiros fiéis da Igreja.
E vós, que é que estais fazendo? Por que é que não ides correndo para as igrejas para lá assistirdes fervorosamente a todas as Santas Missas que puderdes?
Por que é que não quereis imitar os Anjos que, quando se celebra a Santa Missa, descem do Paraíso em grande número e vêm ficar ao redor do altar em adoração, intercedendo por nós?
E Deus será soberanamente honrado e glorificado. Orai por mim, rezando uma Ave Maria.
As Excelências da Santa Missa – São Leonardo de Porto Maurício - Pags 78-82
Leiam e compartilhem!!!

Sábias palavras, de Joaquim Barbosa

Nunca votei em nenhum candidato do PT. Muito menos em Lula. Mas confesso que durante a sua presidência, fiquei surpreso e por vários momentos cheguei até a admirá-lo. O que fez pelos menos favorecidos foi elogiável, reconheço. Cheguei a pensar até que o Brasil se tornaria uma grande nação mundial, sólida e educada política e socialmente. A maioria dos brasileiros parecia feliz e ele deixou o poder com 80% de aprovação.
O que ninguém sabia, no entanto, era que por trás desta aparente tranquilidade e sucesso, havia um quadrilha organizada e apoiada por ele, agindo nas sombras para surrupiar o País e as empresas públicas. O tumor maligno já estava instalado e lentamente se infiltrava nos órgãos, transformando-se em metástase.
Dilma, um cacto, foi plantada para levar o plano em frente e seria sua marionete perfeita, quase humana. Mas o que ele não podia prever é que a marionete não articulava bem e o Pinóquio acabou fugindo da casa do Gepetto e passou a viver por conta própria.
A história todos conhecem. Tola, temperamental e sem nenhuma sensibilidade política e no afã de manter-se no poder, exagerou na dose ao financiar programas que sabia que não seriam suportados pelo tesouro, acabando por levar o país à bancarrota e ao caos financeiro, político e social. O discurso sustentado sempre foi o de separação de classes, regiões, cores e gêneros. Velha política de "Dividir para governar", afastando-se da unidade nacional que deveria manter os brasileiros unidos para um progresso comum.
Além disso, foi o grande arquiteto do foro de São Paulo que pretendia implementar a ditadura do proletariado na América do Sul. Utopia. O Brasil nunca se renderia ao comunismo e nunca se renderá. Aqui, as pessoas gostam de trabalhar e ser regiamente pagas por seu trabalho. Que o governo criou programas interessantes, criou sim. Muitos aproveitados dos governos passados.
O que não previu, ou a ansiedade de poder não deixou ver, é que quem financiaria esses projetos seria a classe produtiva com seus impostos e empregos. Mas resolveram dividir os ganhos com empresários corruptos, levando essas empresas a bancar suas contas.
Resultado: Apanhados em flagrante, a casa caiu, o financiador faliu e tudo o que haviam, em tese, feito em prol da sociedade foi se perdendo no caminho. Perderam a mão, o respeito e tudo o que restou foi o Nós, e o Eles.
E agora José?
O dinheiro acabou, a fonte secou e o Brasil parou. Agora agonizam e chafurdam na lama de suas próprias torpezas e irresponsabilidades com a república. Esqueceram da ética, da moral e do principal, da vergonha. Mentem compulsivamente. Dissimulam, fantasiam um poder que já não têm. Entregam com pompas, obras feitas de ar, e que sabem, não poderão pagar.
Ao fim, perguntamos:
Quem está dando golpe em quem?
Instalado o caos pelo crime e por tudo o que fizeram e o que deixaram de fazer, só nos resta confiar na última trincheira antes que o pior aconteça: A JUSTIÇA.
Que Deus nos proteja e que todos os brasileiros vivam em paz.

Joaquim Barbosa.

Intercessão dos santos, o que a Bíblia ensina

Nosso Senhor Jesus Cristo é o único Salvador. Não porém o único intercessor.
Quando São Paulo diz que Nosso Senhor ”é o único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,5-6), ele quer dizer que Ele é o único Salvador e não o único intercessor. Na verdade, existem muitos intercessores. No Novo Testamento há inúmeras passagens que nos exortam a interceder uns pelos outros, inclusive, a que precede o versículo citado acima: “Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graça por todos os homens (...). Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador (1Tm 2,1-3) “Orai uns pelos outros para serdes curados” (Tg 5,16b) Logo, Nosso Senhor Jesus Cristo não pode ser o único intercessor. No entanto, todo e qualquer intercessor, sempre ora e obtém a graça em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, e não em seu próprio nome. Pois é somente através de Jesus Cristo que temos acesso ao Pai Celeste. 

Quanto mais santo o intercessor, mais eficaz é a intercessão.
Diz ainda a Bíblia Sagrada, que quanto mais santo o intercessor, maior a eficácia da oração: “A oração do justo tem grande eficácia” (Tg 5,16c). Ora, se a oração de um justo tem grande eficácia, não há dúvida que é melhor pedir a intercessão de um justo do que de um pecador. E, como não existem homens neste mundo mais santificados do que aqueles que já estão no Céu, obviamente, é melhor pedir a intercessão de um santo do Céu do que de um homem que ainda vive neste mundo.
Os santos do Céu estão vivos. Porém: “Como podem interceder se estão mortos e inconscientes?”
As pessoas que se salvaram estão vivas diante do Trono de Deus, porque o nosso Deus não é Deus de mortos, mas de vivos: “Moises chamou ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos porque todos vivem para Ele.” (Lc 20,37-38) Portanto, os santos falecidos (como Abraão, Isaac e Jacó) estão vivos na Presença de Deus. Não estão mortos, nem inconscientes! O livro do Apocalipse também ensina que os santos falecidos não estão adormecidos, mas mesmo antes da ressurreição, suas almas se comunicam e intercedem junto a Deus: “Vi sob o altar as almas dos homens imolados por amor de Deus e por causa do testemunho que dele tinham prestado. E clamaram em alta voz: Até quando ó Senhor, Santo e Verdadeiro, dilatas tu o fazer justiça e vingar o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dados a cada um deles vestidos brancos; e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que haviam de padecer, como eles, a morte.” (Apc 6,9-11) Como se vê, as almas dos santos falecidos clamam a Deus para que apresse o Dia do Juízo Final. Não estão “adormecidas”, mas “falam” com Deus. Elas clamam ansiosas pelo Dia do Juízo Final, que será também o dia da ressurreição da carne. Deus lhes dá uma veste branca (símbolo da santidade) e diz que aguardem mais um pouco.
E, enquanto aguardam, o que fazem estas almas santas?
Então um dos anciões, tomando a palavra, disse-me: Esses, que estão revestidos de vestiduras brancas, quem são? e de onde vieram? E eu disse-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele disse-me: Estes são aqueles que vieram da grande tribulação, e lavaram os seus vestidos, e os embranqueceram  no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo.” (Apc 7,13-15) Portanto, esta é a situação das almas enquanto aguardam o dia do Juízo Final e da ressurreição da carne, quando finalmente “O que está sentado sobre o trono habitará sobre eles; não terão mais fome nem sede, nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; porque o Cordeiro que está no meio do trono os guardará e os levará às fontes das águas da vida, e Deus enxugará toda a lágrima dos seus olhos.” (Apc 7,15-17).
Estas almas (os santos, pois estavam com vestes brancas, símbolo da santidade), intercedem diante do Trono de Deus: “E veio outro anjo, e parou diante do altar, tendo um turíbulo de ouro; e foram-lhe dados muitos perfumes, a fim de que oferecesse as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono de Deus.” (Apc 8,3-4)
Está é uma passagem bíblica que mostra a intercessão dos santos, e que agora estão diante do Trono de Deus. São oferecidas a Deus as orações de TODOS os santos. Tanto as orações dos santos da terra (católicos que levam vida de autêntica piedade) quanto dos santos do Céu (que estão vestidos de branco diante do Trono de Deus).
Um exemplo destas orações de santos falecidos, encontra-se em Macabeus. Nela, Judas Macabeus relata uma visão que teve de Onias e Jeremias, já falecidos, intercedendo pelo povo: “Onias (…) estava com as mãos estendidas, INTERCEDENDO por toda a comunidade dos judeus. Apareceu a seguir um homem notável (…) Esse é aquele que MUITO ORA pelo povo e por toda cidade santa, é Jeremias, o Profeta de Deus.” (2Mac 15,12-14)
Os santos do Céu tomam conhecimento de nossas preces.
Somente Deus é Onipresente.  No entanto, os anjos e os santos que estão no Céu têm uma união íntima com Deus. Por isso eles têm conhecimento de tudo quanto se passa na terra e, portanto, tomam conhecimento das preces que lhes são dirigidas.
Eis como Dom Estevão Bettencourt explica esta questão: “Os bem-aventurados têm conhecimento das preces que neste mundo lhes são dirigidas, pois Deus, que fez os homens solidários entre si, não permite que essa comunhão seja dissolvida pela morte. Por isso pedimos aos santos que intercedam por nós no Céu, e Deus lhes dá a conhecer nossas orações para que, de fato, eles rezem por nós ao Pai.”
A esse propósito disse Nosso Senhor: ”Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” (Jo 16,24) Interceder por alguém é um ato de amor entre os filhos de Deus: “Nesse dia pedireis, em meu nome, e já não vos digo que hei de rogar ao Pai por vós, porque o mesmo Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que eu sai do Pai.“ (Jo 16,26-27)

Porque está a água unida ao Espírito?

O Senhor, que nos dá a vida, estabeleceu conosco a aliança do Batismo, símbolo da morte e da vida, onde a água é a imagem da morte e o Espírito nos dá o penhor da vida. 
Assim se torna para nós evidente o que antes se perguntava: Porque está a água unida ao Espírito?  
É dupla, com efeito, a finalidade do Batismo: 
- abolir o corpo do pecado, para que nunca mais produza frutos de morte, 
-e vivificá-lo pelo Espírito, para que dê frutos de santidade.
A água é a imagem da morte, ao receber o corpo como num sepulcro; e o Espírito Santo, por sua vez, comunica a força vivificante que renova as nossas almas, libertando-as da morte do pecado e restituindo-lhes a vida. Nisto consiste o renascer da água e do Espírito: na água realiza-se a nossa morte, mas o Espírito opera em nós a vida.

O grande mistério do Batismo realiza-se em três imersões e três invocações, para que não só fique bem expressa a imagem da morte, mas também seja iluminada a alma dos batizados com o dom da ciência divina. 
Por isso, se a água tem o dom da graça, não é por sua própria natureza, mas pela presença do Espírito.  
 
O Batismo, com efeito, não é uma purificação da imundície corporal, mas o compromisso de uma consciência pura perante Deus.
Assim o Senhor, a fim de nos preparar para a vida da ressurreição, propõe-nos todo o programa da vida evangélica... 
 
Pelo Espírito Santo se nos concede de novo a entrada no Paraíso, a ascensão ao reino dos Céus, o retorno à adoção de filhos.
Do Livro de São Basílio Magno (329/379) Bispo de Cesareia, sobre o Espírito Santo
«Ninguém vai ao Pai senão por Mim.»

Foto de Emilio Carlos Mancini. «Eu sou o caminho, a verdade e a vida.» Cristo parece dizer-nos: «Por onde queres passar? Eu sou o caminho. Onde queres chegar? Eu sou a verdade. Onde queres ficar? Eu sou a vida.» Caminhemos pois em plena segurança por este caminho; e, fora do caminho, tenhamos cuidado com as armadilhas. Porque dentro do caminho o inimigo não ousa atacar - o caminho é Cristo -, mas fora do caminho monta os seus ardis. [...}

O nosso caminho é Cristo na sua humildade; Cristo verdade e vida é Cristo na sua grandeza, na sua divindade. Se seguires o caminho da humildade, chegarás ao Altíssimo; se, na tua fraqueza, não desprezares a humildade, permanecerás cheio de força no Altíssimo. 

Porque foi que Cristo tomou o caminho da humildade? Foi por causa da tua fraqueza, que era um obstáculo intransponível; foi para te libertar dela que tão grande médico veio a ti. Tu não podias ir até ele; por isso, veio Ele até ti. Veio ensinar-te a humildade, que é um caminho de regresso, porque era o orgulho que nos impedia de retornar à vida que o mesmo orgulho nos tinha feito perder. [...]

Assim, tornando-Se nosso caminho, Jesus grita-nos: «Entrai pela porta estreita!» (Mt 7,13). O homem esforça-se por entrar, mas o inchaço do orgulho impede-o de tal. Aceitemos o remédio da humildade, bebamos esse medicamento amargo, mas salutar. [...] O homem inchado de orgulho pergunta: «Como poderei entrar?»
Cristo responde-lhe: «Eu sou o caminho, entra por Mim. Eu sou a porta (Jo 10,7), porque procuras noutro sítio?» Para que não te percas, Ele fez-Se tudo por ti e diz-te: «Sê humilde, sê manso» (Mt 11,29).

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 142

terça-feira, 19 de abril de 2016



O coração bom enxerga coisas boas!

Já dizia o Padre Vieira que “os olhos veem pelo coração; e, assim como quem vê por vidros de diversas cores, todas as coisas lhe parecem daquela cor, assim as vistas se tingem dos mesmos humores de que estão bem ou mal afetos os corações” (Sermão da quinta Quarta-feira, 1669).

Quando o coração é limpo e bom, enxerga as coisas limpas e boas do mundo, especialmente as coisas limpas e boas dos outros. Se está manchado, projeta a sua sujidade em tudo.
Se fôssemos mais humildes e esquecidos de nós mesmos, ao percebermos que as fraquezas e os erros dos outros fazem saltar como uma mola os nossos próprios defeitos, começaríamos por tentar limpar esses nossos defeitos. 

Um pequeno inseto pousado sobre uma ferida aberta incomoda muito. Mas, se curarmos essa ferida, a presença do inseto sobre a pele sadia será quase imperceptível.
Meditando nestes aspectos, Santo Agostinho sugeria um sistema excelente: “Procurai adquirir as virtudes que julgais faltarem aos vossos irmãos, e já não vereis os seus defeitos, porque vós mesmos não os tereis” (Enarrationes in Psalmis, 30, 2, 7).

Vale a pena tentar essa experiência. Suponhamos, por exemplo, que estamos a conviver com uma pessoa ríspida. Fala bruscamente, agride com comentários, critica tudo. Isso “provoca-nos” e impele-nos a retrucar com a mesma moeda: quase sem repararmos, também nós nos tornamos agressivos e azedos. 

Esforcemo-nos por dar uma virada.
Tentemos, como ensina São Paulo, vencer o mal com o bem (Rom 12,21).
Iniciemos decididamente uma campanha de paciência, amabilidade e mansidão. É muito provável que aconteçam duas coisas: primeiro, que a pessoa que nos “provoca” fique desarmada perante a nossa afabilidade, e mude; segundo, que nós mesmos, com a alma limpa de preocupações egoístas, venhamos a descobrir que aquela rispidez “incompreensível” outra coisa não era senão a amargura de alguém que não sentia reconhecido e valorizado o seu trabalho; ou então era o queixume surdo de quem tinha ânsias de um pouco mais de atenção que ninguém lhe dava.
Uma vez feita essa constatação, já não veremos mais um defeito que aborrece, mas uma carência que, com carinho, procuraremos aliviar. Passaremos a olhar o problema com o calor aconchegante da bondade.

Como dizia alguém, “somente nos irritam os nossos defeitos”. As agulhadas e impertinências dos outros são “cutucões” sobre os nossos defeitos, que Deus permite para que os vejamos melhor e nos decidamos a vencê-los. Se arrancarmos os nossos defeitos, as “pedras” do nosso campo – da nossa alma –, não sentiremos mais os “pontapés” dos outros, porque não terão onde tropeçar.
Se todos nós compreendêssemos essas verdades simples, haveria mais paz nas famílias e, em geral, no convívio humano, e muitas desavenças crônicas abririam passagem à harmonia e cresceria o amor.

Seja você uma luz permanente, para empreendermos o caminho extraordinário do amor ao próximo, que unido ao amor a Deus é a razão de ser da nossa vida.
Uma santa semana a todos!

Pe.Emílio Carlos+