Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Deus destruiu o império da serpente!

Jesus se fez homem, por meio da Virgem, a fim de que o caminho que deu origem à desobediência instigada pela serpente fosse também o caminho certo para destruir a desobediência.
Eva era virgem e incorrupta; concebendo a palavra da serpente, gerou a desobediência e a morte. A Virgem Maria, porém, concebeu fé e alegria quando o anjo Gabriel lhe anunciou a boa nova de que o Espírito do Senhor viria sobre ela; a força do Altíssimo a cobriria com sua sombra, de modo que o Santo que dela nasceria seria o Filho de Deus. Então, ela respondeu: “'Faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Diálogo com Trifão 100, 4-5).
Da Virgem, portanto, nasceu Jesus, de quem falam as Escrituras. Deus destruiu o império da serpente e daqueles, que se tornaram seus semelhantes, e liberou da morte aqueles que se arrependeram de seus pecados e que crêem n´Ele.
São Justino, século II

Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós, pecadores -

A belíssima tradição que consagra a Nossa Senhora o mês de maio ilumina a devoção popular e põe em nosso coração e em nossa boca a oração:
"Ave, Maria, cheia de graça!" Alegra-te, cheia de graça! (Cf. Lc 1,28)
A alegria desceu do Céu e entrou em tua casa, tu que és causa de nossa alegria! Nós te saudamos, Virgem Maria, porque és o vaso precioso escolhido por Deus, para que a graça manifestasse toda a sua força, quando o Filho Eterno do Pai se encarnou em teu seio puríssimo. Obrigado porque teu exemplo provoca em nós o abandono de todo o rastro deixado pelo pecado em nossas intenções e desejos. Cheia de graça, intercede junto de Deus por nós, para que exista em nosso coração o horror ao pecado e à maldade. Faze-nos apaixonados pelo bem e pela virtude!

"O Senhor está contigo!" (Cf. Lc 1,28)
Ressoe em teu coração, para que digas "e com teu espírito", a saudação do Anjo. A força de Deus, Gabriel, manifestou-se a ti, no silêncio potente da Casa de Nazaré. De fato, Deus não é rumoroso, age na serenidade e na calma. De fato, "na serenidade está a salvação, na calma e na confiança, está a nossa força" (Cf. Is 30,15). No meio do reboliço de nossa vida tão agitada, queremos estar contigo. Acolhe-nos, Mãe querida, em teu regaço de amor, que recebe a Palavra Eterna do Pai, que quer fazer-se carne em teu ventre, para a salvação do mundo.
"Bendita és tu entre as mulheres!" (Cf. Lc 1, 42)
Nosso mundo clama por mulheres benditas! Benditas na escolha que Deus fez delas, para serem sinal da ternura, tão esquecida em nosso tempo. Bendita, Maria, porque trazes em ti e contigo todas as grandes figuras do Antigo Testamento e estás na frente de uma imensa multidão, mulheres santas, mártires, viúvas, virgens, mulheres preservadas da maldade e outras muitas convertidas admiravelmente. Bendita és tu por seres feminina sem ser partidária de qualquer grupo ideológico! Tu és simplesmente Maria! Maria bendita, bem-aventurada, feliz! Com todas as gerações de cristãos, também nós te proclamamos bendita!
"Bendito é o fruto do teu ventre!" (Cf. Lc 1,43)
Tu que és mãe abençoada nos conduzes ao teu Filho Jesus. Bendita a maternidade do corpo e a maternidade espiritual, com a qual te enriqueceste e nos envolves a todos, para experimentarmos a alegria de sermos também teus filhos, como teu Filho Amado assim desejou, do alto do trono da Cruz. Tu nos recebeste com amor: "Mulher, eis o teu filho!" Depois...: "Eis a tua mãe!" (Cf. Jo 19,27). A partir daquela hora, todos os discípulos de teu Filho te acolhemos naquilo que é nosso, e nos alegramos porque disseste corajosamente teu segundo sim, aos pés da Cruz, quando as dores do Crucificado partejaram a Igreja, da qual te fizeste mãe e mestra. Desde a Anunciação, tu nos fazes encontrar Jesus. Por isso este nome bendito se torna a palavra mais forte que pronunciamos, levados pelo Anjo e por Isabel, a dizer "Jesus", pois fora dele não há salvação!
"Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?" (Lc 1,43)
Infinito abismo e infinita proximidade! O Filho eterno chegou à casa de Isabel e Zacarias. Na mais bela de todas as procissões, iniciada em Nazaré para chegar às alturas das montanhas de Judá! Queremos estar perto de ti e te agradecemos! Mais do Isabel, sabemos ser indignos de receber a Mãe do nosso Senhor e aquele que ela traz em seu ventre. No entanto, sabemos ser altamente consolador estar aqui em tua presença, ó Mãe do Senhor.
"Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores"!
Fazemos pública a nossa confissão, Mãe admirável e amável. A ti suspiramos, gemendo e chorando, pois muitas vezes são mesmo de lágrimas os vales da vida que percorremos. Queremos trazer ao teu colo de amor todas as necessidades de nosso tempo. Cuida das mães, seja qual for a situação em que se encontrem, pede ao Senhor por elas, para que se alegrem na geração e da educação de seus filhos. Confia-lhes, Mãe da Igreja, muitas responsabilidades na Igreja doméstica que é o lar. Que por tua intercessão e oração fervorosa, elas sejam mulheres alegres e não abatidas, mães felizes com os filhos, "quais rebentos de oliveira" (Cf. Sl 127)
"Agora e na hora de nossa morte".
Maria, Mãe de Deus, a oração da Igreja, que ecoa as palavras da Escritura tomadas na primeira parte da oração, falam de tua missão. Sabemos que estarás sempre perto, que não te escandalizas por sermos pecadores. Antes, sabemos que tuas mãos de Mãe da Misericórdia nos acompanham hoje e nos conduzirão, temos certeza, à casa do Pai. Não precisamos de mais nada, pois isso nos basta para percorrermos juntos as casas de nossos irmãos e irmãs, tantas vezes machucados na alma pelas enfermidades e fraquezas! Conduze-nos todos a teu Filho Jesus!
E vai à Sagrada Família, Jesus, Maria e José, a súplica a ser rezada em família neste domingo dedicado às mães:
"Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos. Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado. Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do caráter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projeto de Deus. Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém". (Papa Francisco, Exortação Apostólica Amoris Laetitia)
Dom Alberto Taveira Corrêa - Arcebispo de Belém do Pará (PA)

O Verbo, que Se fez homem, diviniza o homem -

Não fundamentamos a nossa fé em palavras sem sentido, nem nos deixamos arrastar por efêmeros impulsos do coração ou seduzir pelo encanto de discursos eloquentes; a nossa fé fundamenta-se nas palavras pronunciadas pelo poder divino.
Deus confiou estas palavras ao Verbo, e o Verbo pronunciou-as para arrancar o homem à desobediência; não o quis obrigar pela força como a um escravo, mas apelou para a sua decisão livre e responsável.

Na plenitude dos tempos, o Pai enviou à terra o Verbo, porque já não queria que Ele falasse por meio dos Profetas nem fosse anunciado por meio de prefigurações obscuras, mas desejava que Se manifestasse de forma visível, a fim de que o mundo, ao vê-lo, pudesse salvar-se.
Sabemos que o Verbo assumiu um corpo no seio da Virgem e transformou o homem velho numa nova criação. Sabemos que Se fez homem da nossa mesma substância. Se não fosse assim, em vão nos mandaria que o imitássemos como mestre. Se este homem tivesse sido formado de outra substância, como poderia impor-me a mim, débil por nascimento, as mesmas coisas que Ele fez? Como poderíamos, em tal caso, dizer que Ele é bom e justo?
Mas para que ninguém pensasse que era diferente de nós, suportou o trabalho, quis ter fome, não recusou a sede, dormiu para descansar, não rejeitou o sofrimento, submeteu-Se à morte e manifestou a sua ressurreição. Em tudo isto, ofereceu a sua humanidade como primícias, para que tu não desanimes no meio do sofrimento, mas, reconhecendo-te homem, esperes também tu receber o que a Ele foi oferecido.
Do Tratado de Santo Hipólito, presbítero: “Refutação de todas as heresias”
(Cap. 10, 33-34: PG 16, 3452-3453) (Sec. III)
Fim de ano: balanço e metas para o próximo ano”.

A chegada do fim do ano é uma grande ocasião para fazermos um balanço do ano que passou.

É de grandíssima utilidade a realização desse balanço porque:
– nos ajuda a agradecer a Deus as coisas boas que fizemos neste ano;
– nos ajuda a pedir perdão por tudo aquilo que não fizemos bem;
– nos ajuda a estabelecer metas para o ano que começa; sem metas pessoais não há progresso pessoal.

De modo concreto, como podemos fazer esse balanço?

Da maneira mais simples possível, perguntando-nos quais foram as coisas boas deste ano, quais foram as coisas ruins e o que podemos fazer para melhorar.

Por exemplo:
– coisas boas deste ano: ter me aproximado um pouco mais de Deus, ter aproveitado um pouco melhor o tempo, ter reclamado menos das coisas, ter me preocupado mais com os outros etc.
– coisas ruins: inconstância na oração, pouca paciência diante das contrariedades, desordem nas coisas materiais, dificuldade para perdoar etc.
Diante desse balanço, é preciso estabelecer, e isso é muito importante, duas ou três metas para o ano que se inicia. Se não estabelecemos metas de melhora, nossas boas disposições se tornam enganosas.

Que características devem ter essas metas?
– devem ser bem concretas; não adianta se propor, por exemplo, a vencer o mau humor. Essa meta é muito genérica e muito abrangente; portanto, muito difícil de ser cumprida. Precisamos de coisas mais concretas, por exemplo: vou descobrir o que me contraria e vou encarar de modo mais positivo essa contrariedade;
– devem ser factíveis; nunca podemos estabelecer metas que estão acima de nossa capacidade; se, por exemplo, encarar de modo mais positivo as contrariedades estiver acima de nossa capacidade, poderemos nos propor algo ainda mais acessível, como: vou sorrir ao chegar em casa no fim do dia, mesmo que esteja cansado, estressado.

Uma vez estabelecidas as metas para o ano, será necessário persegui-las com todas as forças da nossa vontade, sabendo começar e recomeçar quantas vezes for preciso.

Eis aí um ponto importantíssimo para a melhora de qualquer um de nós: saber começar e recomeçar quantas vezes for preciso. Quantas vezes já naufragamos no meio de nossas metas! Lutamos uma, quem sabe, duas semanas, depois desistimos. Nisso temos de seguir aquele famoso conselho de Santa Teresa, que a levou ao cume da santidade: “Importa muito, e tudo, uma grande e mui determinada força de não parar até chegar à meta, venha o que vier, suceda o que suceder, custe o que custar, murmure quem murmurar”. Que bom seria se gravássemos essa frase de Santa Teresa no fundo do nosso coração e nunca mais a esquecêssemos! Eis aí o segredo, junto com a graça de Deus, de qualquer crescimento espiritual.

Imaginem se começarmos o ano de 2017 pondo em prática esses conselhos que demos acima: agradecendo, pedindo perdão e estabelecendo metas para a nossa vida, metas que perseguiremos com todas as forças até alcançá-las! Com toda a certeza será um ano extraordinário, cheio de frutos. Dessa forma, poderemos dizer de boca cheia: ano novo, vida nova!

Um bom ano a todos e que seja repleto da graça de Deus!

Feliz 2017!!!



CONSTRUINDO SONHOS DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS

Possuímos muitas metas e planos que desejamos realizar. Temos a opção de escolhermos o nosso destino e o nosso caminho. Entretanto, inúmeras vezes, escolhemos rotas que nos afastam de nosso objetivo maior, ou ficamos confusos em relação a qual caminho tomar, justamente por não ter planejado antes o que realmente queremos. Todos têm sonhos para este novo ano e acreditamos que Deus nos ajudará a realizar tudo.
Neste artigo quero lhe ajudar um pouco sobre como fazer planos e construir sonhos de acordo com a vontade de Deus para nossas vidas.
Quando vamos ao médico lhe apresentamos os sintomas que estamos sentindo e ele vai nos diagnosticar e oferecer a receita com o remédio necessário para a cura .Para nós a receita esta na Palavra de Deus , nela está o que precisamos saber para construir sonhos e planos bem sucedidos:

1- Os planos humanos podem falhar: Provérbios 14,12 e 16,1-3- (Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte. Provérbios 14,12; Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o SENHOR pesa o espírito. Confia ao SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos. (Provérbios 16,1-3).
Deus não tem compromisso em levar adiante os planos humanos que não estejam de acordo com Sua vontade. Ele já deixou revelada sua vontade para nós que é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12,1).
Ele já revelou em sua palavra algumas ‘listas’ de sonhos que tem para nós como em Provérbios 6,16-19: Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina:
(1) Olhos altivos ( soberba), (2) língua mentirosa, (3) e mãos que derramam sangue inocente; (4) Coração que maquina pensamentos viciosos;(5) pés que se apressam a correr para o mal; (6) Testemunha falsa que profere mentiras; (7) e o que semeia contendas entre irmãos.
Da mesma forma que apresentamos a Deus as nossas listas, devemos dar uma olhadinha na ‘lista/Bíblia/ Sua Palavra‘ dos sonhos de Deus para nós.

2- Faça projetos mensuráveis: (algo que não pode ser medido, ilimitado.) Eclesiastes 5,2-7 (Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras.
Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras.
Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votares e não cumprires.
Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos?
Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu teme a Deus.)
É preciso ter cuidado para não fazer planos absurdos e inalcançáveis. Precisamos projetar sonhos que estejamos dispostos a lutar pela realização. Se não tiver coragem de lutar, então não sonhe. Aquilo que prometer a Deus cumpra (v.2-5 e Números 30,2 Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou jurar, ligando-se com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que sair da sua boca fará.), nem culpe o mensageiro de Deus (v.6), mas teme a Deus em tudo o que fizer e será bem sucedido (v.7).

3- O que é possível pertence a nós: Eclesiastes 9,10 (Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. )
O que está ao nosso alcance deve ser resolvido por nós mesmos e não jogar para Deus o que nós provocamos porque , Deuteronômio 29,29. diz: “O que é revelado pertence a nós e o que não é revelado (oculto) pertence a Deus”

4- O que é impossível pertence a Deus: Jeremias 32,27 (Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim? )
Certamente tudo que for imprevisível e difícil demais para nós. Más, Deus entrará com providência porque “para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1,37) e “os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lucas 18,27).
Cuidado com quem compartilha seu sonho. Há pessoas que ficam aborrecidas com a sua prosperidade como os irmãos de José do Egito que não acreditaram no sonho dele (Gênesis 37,5), com pessoas assim é melhor não falar nada, só orar.
5- Conheça os planos de Deus para você: Jeremias 29,11-13 (Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.)
O Senhor tem planos maravilhosos para nós e quer nos revelar estes planos.
Às vezes estamos como Saul que pecou e queria saber a vontade de Deus e Deus não o respondia de forma alguma (I Samuel 28,6), então foi preciso procurar o profeta Samuel para fazer um concerto com Deus e saber por que Deus não revelava Sua vontade (I Samuel 28,15).
Através da oração Deus revela os seus sonhos para nós (Jr 29,12) e quando buscamos a Deus de ”todo coração” Ele nos atende prontamente.
Portanto sonhe seus sonhos junto com Deus!

-CONCLUSÃO:
Aprendemos o que precisamos para construir sonhos e planos bem sucedidos.
1- Aprendemos que os planos humanos podem falhar: (Deus não tem compromisso em levar adiante os planos humanos que não estejam de acordo com Sua vontade)
2- Aprendemos á não fazer projetos mensuráveis: (É preciso ter cuidado para não fazer planos absurdos e inalcançáveis.)
3- Aprendemos que o possível pertence a nós: (O que está ao nosso alcance deve ser resolvido por nós mesmos e não jogar para Deus)
4- Aprendemos que o impossível pertence a Deus: Tudo que for imprevisível e difícil demais para nós, Deus entrará com providência.
5- Conheça os planos de Deus para você: O Senhor tem planos maravilhosos para nós e quer nos revelar estes planos.
Para ter um projeto bem sucedido é preciso muita oração e leitura da Palavra de Deus, buscando a Sua vontade para nós, somente assim estaremos autorizados a agir respaldados pelas credenciais do Reino de Deus.
Que Deus nos abençoe!
Um ano novo santo, repleto da vontade de Deus , “pois vontade de Deus alegria nossa”

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Toda a História do Natal em uma única oração.


MAtal
A Anunciação “e o Anjo anunciou a Maria”. Ambrogio Lorenzetti (c. 1290 – 1348)
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Ângelus: Em três pontos está condensada toda a História do Natal;

D
e uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se precisa acrescentar nada.
A oração do Ângelus é uma meditação a respeito do Natal, feita através de três pontos essenciais, com muita brevidade. Ela é eminentemente lógica e bem construída.

Porém, em todas as coisas da Igreja, por cima de uma estrutura lógica e coerente;

Resplandece um universo de imponderáveis de unção e sacralidade que é uma verdadeira beleza, e que formam um todo com essa estrutura lógica e racional.
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Vejamos como é a História do Natal no Ângelus:
1º ponto: O Anjo do senhor anunciou a Maria, e Ela concebeu do Espírito Santo;
2º ponto: Eis aqui a Escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua vontade;
3º ponto: O Verbo Divino se encarnou e habitou entre nós. 
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São três aspectos do Natal.
O primeiro glorifica a mensagem angélica. O segundo, a atitude de Nossa Senhora de inteira obediência a essa mensagem.
O terceiro glorifica o fato do Verbo não só se ter encarnado, mas ter habitado entre nós.

Nesses três pontos está condensada toda a História do Natal de uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se devia acrescentar nada.

Cada ponto é seguido da recitação de uma Ave-Maria, que é uma glorificação de Nossa Senhora, por esse aspecto daquela verdade que o anjo anunciava.
Esse é o maior fato da História da humanidade, e a maior honra para o gênero humano é o Verbo se ter encarnado e habitado entre nós.
Por isso, se tornou hábito na piedade católica, pela aurora, ao meio-dia e depois, pelo crepúsculo, recitar o Ângelus.

Nas três etapas principais do dia, repetir essas verdades e louvar Nossa Senhora a respeito dessas verdades, e pedindo-lhe graças a propósito dessas verdades.

Como fica bonito o Ângelus rezado pela manhã, no meio-dia e no fim do trabalho às 6 horas da tarde!
Tem-se a impressão de um vitral que vai mudando de colorido, o Ângelus também vai mudando de matizes:
Como é diferente entre o Ângelus rezado ao meio-dia, quando o ritmo de trabalho é intenso, e o Ângelus rezado no crepúsculo, quando tudo se reveste de uma suavidade, de uma espécie de começo de recolhimento.

A Igreja criou essa joia, que é o Ângelus, e a promove nas várias horas do dia, para tirar dela toda a beleza.

As coisas católicas são todas construídas na Fé com uma espécie de instinto do Espírito Santo para se fazer bem feitas. Nelas se encontra um mundo de harmonias.

No Ângelus há a harmonia admirável entre a maior clemência, simplicidade, profundeza de conceitos, e uma beleza indefinível que tem enfeites poéticos;

Literários, que não entra em choque com a Fé, mas, pelo contrário, são um complemento dela.
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Mil coloridos de um só vitral
Imaginem que o Ângelus tivesse sido encomendado por um ministro ou presidente da República:
Decreto nº X mil e tanto: componha-se uma oração para ser recitada de manhã, ao meio-dia e à tarde de todos os dias, todos os anos, todos os séculos.

Viria uma oraçãozinha relâmpago, com uma bobagem qualquer, vazia, seca. Poderia aparecer tudo, mas não apareceria o Ângelus.

Exatamente falta ao homem de hoje essa plenitude de espírito por onde as coisas se ordenam na linha da lógica, da coerência;
Da beleza com tanta naturalidade que a gente nem percebe o que está por detrás disso de bem pensado, de bem sentido, de bem realizado, de bem rezado e, sobretudo, de bem acreditado.

Procuremos, então, o espírito da Igreja Católica em todas as coisas da vida. Dos bons tempos da Igreja, da tradição da Igreja.

E sujeitando tais coisas a uma análise racional, saem sóis de dentro, saem belezas umas depois das outras, que é, exatamente, a riqueza inexaurível do espírito católico.
Então, qualquer coisa simples se mostra uma verdadeira maravilha.

O Ângelus rezado pelo camponês, pelo padre, pelo cruzado, pelo guerreiro da Reconquista da Espanha, pelo trapista:
Cada um dá um dos mil coloridos de um vitral.

É tão simples, tão fácil, tão normal que, por isso mesmo, é uma verdadeira joia.
Isso nos deve levar a ser cada vez mais devotos do Ângelus, não o omitindo em nenhuma ocasião, lembrá-lo em nossa oração matinal, lembrando de tudo quanto existe no Ângelus.
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Veio para os pobres...

Quem se aproxima, em espírito, da manjedoura na Gruta de Belém, encontra um Menino terno, mas cheio de vida e de luz.
Ele veio para todos nós.....pngContemplando-O com os olhos da fé, fica-se abismado ao considerar que ali está o próprio Deus feito homem. Sim, esse mesmo Menino mais tarde estará curando leprosos, devolvendo a vista a cegos, fazendo andar paralíticos, ressuscitando mortos ou acalmando tempestades. No final de sua vida, Ele será desprezado pelas multidões, injuriado, flagelado e pregado numa cruz. Mas ressuscitará ao terceiro dia de forma gloriosa, subirá aos céus e se sentará à direita do Pai como rei triunfante supremo. É assim que Ele deverá vir, pela segunda vez, no dia do Juízo Final, para julgar os vivos e os mortos.

Veio para os pobres...

Em sua primeira vinda, quis Jesus manifestar-Se aos homens revestido de nossa fraqueza, como débil e indefesa criança, padecendo fome, sede, frio e em tudo se assemelhando à nossa humana.
Junto ao presépio, encontraremos os pastores. Homens rudes e humildes, ocupados apenas na guarda noturna de seus rebanhos, viram-se, de repente, circundados por uma claridade divina que os encheu de grande temor. Mas logo, animados pelas tranquilizadoras palavras do anjo, correram para aquela feliz gruta onde, com grande reverência, aproximaram-se para adorar o Menino envolto em pobres panos e reclinado sobre míseras palhas.

... e para os ricos

Erroneamente, porém, poderia alguém pensar ter Ele vindo só para os simples pastores e as pessoas menos abastadas. Para desfazer essa ideia por demais simplificada e unilateral, bastaria permanecer mais alguns dias junto ao Menino e ser surpreendido por um séquito real cheio de cores, pompa e majestade.
De onde procedia aquela longa, misteriosa e rica caravana, composta de guerreiros fortes e audazes, de pajens vestidos de seda, avançando ao som de trombetas e ao rufar compassado dos tambores? O que significava essa "inundação de camelos e dromedários" (Is 60, 6) carregados de riquezas, previstos com tanta antecedência pelo profeta Isaías? Quem seriam esses três soberanos à procura do "Rei dos judeus que acabava de nascer"? (Mt 2, 2).
Chamavam-se Melquior, Gaspar e Baltazar e, segundo a tradição, representavam as três raças da família humana. O Evangelho nos conta serem eles provenientes do longínquo e enigmático Oriente, tendo viajado até a Judéia guiados por uma estrela.
E aqui nos aparece o primeiro traço do extraordinário chamado que lhes foi feito. Aos pastores se manifesta visivelmente um anjo de luz, revelando por palavras a grande alegria do nascimento do Salvador. Àqueles reis, porém, essa mesma notícia é comunicada pelo aparecimento de uma maravilhosa estrela acompanhada de uma voz interior a tocar suas almas. Assim no-lo explica São Tomás, citando o grande Papa Leão: "Além da imagem que estimulou o olhar corporal, o raio ainda mais luminoso da verdade instruiu até o fundo os seus corações no que concernia à iluminação da fé" (1).

Fé levada até o heroísmo
Ele veio para todos nós.... (2).png 
Bem se poderia aplicar neste caso o famoso ditado francês: noblesse oblige (a nobreza impõe obrigações). Daqueles Magos, até então mergulhados nas trevas do paganismo, a Providência exigiu um heroísmo de fé que não foi pedido aos pastores, herdeiros das promessas messiânicas do povo eleito. Quanto drama havia naquela viagem! Alertados pelo súbito fulgor de uma estrela, os Reis Magos abandonam sem hesitação a calma e o conforto de seus palácios para lançar-se em longa viagem cheia de fadigas e perigos, através de desertos e montanhas...

E tanto esforço, para quê? Para ir prostrar-se em adoração diante de um menino recém-nascido! A extrema pobreza na qual Se lhes apresentou Aquele a quem buscavam com santo afã, em nada abalou a sobrenatural certeza vincada em seus corações, de ser Ele o Rei dos reis. Afirma o Doutor Angélico: "Deve-se dizer como Crisóstomo diz: ‘Se os Magos tivessem vindo procurar um rei terrestre, teriam ficado decepcionados, por terem enfrentado sem motivo as dificuldades de um caminho tão longo'. E assim, nem O teriam adorado, nem Lhe teriam oferecido presentes. ‘Mas, porque procuravam o Rei do Céu, mesmo não vendo n'Ele nada da majestade real, O adoraram satisfeitos unicamente com o testemunho da estrela'. Viram um homem e nele reconheceram Deus. E ofereceram presentes adequados à dignidade de Cristo: ‘Ouro, como a um grande rei; incenso, utilizado nos sacrifícios divinos, como a Deus; e mirra, com a qual são embalsamados os corpos dos mortos, indicando que iria morrer pela salvação de todos'" (2).
Deste modo, os três Reis nos ensinaram quais os presentes mais agradáveis ao Menino-Deus, por ocasião da festa da Epifania: o ouro fino e puro das boas obras, praticadas com desinteresse e pureza de intenção; o incenso perfumado das orações feitas com sincera piedade e devoção; e a mirra dos sofrimentos e sacrifícios suportados ao longo de nossa vida com verdadeiro amor e alegre resignação.

Jesus está à espera de todos nós
Ele veio para todos nós.... (3).pngApresentemos, então, com os Magos, nossas modestas ofertas aos pés do berço onde dorme sereno o pequen está à espera de todos nós, de todos os homens de boa vontade que queiram seguir seus passos. Esta é a lição que nos deu já no começo de sua existência terrena: "A salvação que Cristo iria trazer concernia a todo tipo de homens, pois, como diz a Carta aos Colossenses: ‘Em Cristo não há mais homem e mulher, grego e judeu, escravo e homem livre', e assim quanto às outras diferenças. E para que isto estivesse prefigurado no próprio nascimento de Cristo, Ele se manifestou a homens de todas as condições. Pois, como diz Agostinho: ‘Os pastores eram israelitas, os magos pagãos; aqueles estavam perto, estes longe; uns e outros se encontraram na pedra angular'. Havia ainda entre eles outro tipo de diversidade: Os magos eram sábios e poderosos, os pastores, ignorantes e de condição humilde" (3).
E São Leão Magno exclama: "Que todos os povos representados pelos três Magos adorem o Criador do universo; e Deus não seja conhecido apenas na Judéia mas no mundo inteiro, a fim de que por toda parte ‘o seu nome seja grande em Israel!' (Sl 75, 2)" (4).
Se contemplarmos Jesus com olhar admirativo e cheio de fé, veremos que esse é o Menino dos contrários harmônicos. Ele veio para todos: pobres humildes, reis majestosos. Ele está à disposição de toda e qualquer classe social, de toda e qualquer cultura, de toda e qualquer raça. Ele veio para salvar a todos.
Por Irmã Clara Maria Morazzani, EP
(in "Revista Arautos do Evangelho" - n. 49, p. 38-39)

http://www.gaudiumpress.org/content/84296
............................................................

1) Suma Teológica III, q. 36, a. 5.
2) Idem, III, q. 36, a. 8.
3) Idem, III, q. 36, a. 3.
4) São Leão Magno, Sermo 3 in Epiphania Domini.

"Vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor".

Aquele júbilo que nasce do bem, do bom e do belo e que reflete a harmonia, que alenta e dá esperança.
Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria....jpg
Mas, na cascata dos fatos que podem rechear noticiários e mais noticiários de nossos dias, onde está o regozijo, onde encontrar a alegria?
As más notícias abundam, sobram as incertezas e inseguranças. Até parece não mais ser difícil anunciar catástrofes...

Então, a hora é de difundir fatos diferenciados!

Notícias e acontecimentos que nunca envelhecem, nem desgastam situações nascidas no tempo e das quais a memória percorre os séculos. 

Acontecimentos perenes e esperançosos que produzem certezas, dispersam os temores, ...e são atuais.

Então, por que não divulgar, por exemplo, um anuncio de Isaías, o Profeta?

"...o Próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho" e lhe dará o nome de Deus Conosco"!

Por que não fazer ressoar novamente o cântico dos anjos aos pastores:  "Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, o Senhor". (Lucas 2, 10-11)

Nasceu Jesus!

E, nascer Jesus é para nós viver a certeza de que Deus nos ama! É ver que, através desse nascimento, Deus se faz próximo de nós para nos salvar.

Esta é a grande alegria que desejo que nasça em seu coração:

Exulte o justo, porque se aproxima da vitória; rejubile o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida! (São Leão Magno)

Que as alegrias e certezas que o Santo Natal traz permaneçam com nossos leitores, amigos deste blog por todo o Novo Ano que já se aproxima.

Não temais, com o evangelista, nós queremos lhe dizer:

"Vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor". (Lucas 2,11)

Prepare sua alma para o Nascimento de Nosso Senhor! 

Leia esta reflexão sobre o Natal: 

(Parte I)


Nascimento de Nosso Senhor.
Adoração dos magos – pintura de Domenico Ghirlandaio

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Repousais, Senhor, em vosso misérrimo e augustíssimo presépio;

S
ob os olhos da Virgem, vossa Mãe, que vertem sobre Vós os tesouros inauferíveis de seu respeito e de seu carinho.
Jamais uma criatura adorou com tão profunda e respeitosa humildade o seu Deus. Nunca um coração materno amou mais ternamente seu filho. Reciprocamente, jamais Deus amou tanto uma mera criatura.
E nunca filho amou tão plenamente, tão inteiramente, tão superabundantemente sua mãe.

Toda a realidade desse sublime diálogo de almas pode conter-se nestas palavras que indicam aqui todo um oceano de felicidade, e;

Que em ocasião bem diversa haveríeis de dizer um dia do alto da Cruz: Mãe, eis aí teu filho. Filho, eis aí tua Mãe (cf. Jo. 19, 26).
E, considerando a perfeição deste recíproco amor, entre Vós e vossa Mãe, sentimos o cântico angélico que se levanta das profundezas de toda alma cristã:
“Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na terra aos homens de boa vontade” (Luc. 2, 14).
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“Paz na terra aos homens de boa vontade”
O jogo complicado mas célere das associações de imagens me faz sentir imediatamente que em numerosas ocasiões no ano que finda ouvi falar de paz, e de homens de boa vontade.

Curioso… dou-me conta de que ouvi falar menos, e até muito menos, da glória de Deus no mais alto dos Céus. A bem dizer, disto quase não ouvi falar.

Nem mesmo implicitamente; pois implicitamente se fala da glória de Deus quando se afirmam os soberanos direitos d’Ele sobre toda a criação, e;
Por amor a Ele, se reivindica o cumprimento de sua Lei por parte dos indivíduos, famílias, grupos profissionais, classes sociais, regiões, nações, e toda a sociedade internacional.
Por que este silêncio, pergunto-me eu? Por que os homens querem tanto a paz? Por que tantos homens se ufanam de ter boa vontade?

E por que tão poucos são os que se preocupam com a glória de Deus, e se blasonam de por ela agir e lutar?

Em outros termos, o fato essencial do vosso Santo Natal, Senhor, seria só a paz na terra para os homens de boa vontade?
E a glória de Deus no mais alto dos Céus seria como que um aspecto colateral, longínquo, confuso e insípido para os homens, do grande evento de Belém?

Em outros termos ainda, a paz dos homens vale mais que a glória de Deus? A terra vale mais que o Céu? O homem vale então mais do que Deus?

E a paz na terra pode ser obtida, conservada e até incrementada sem que com isto nada tenha a ver a glória de Deus?
Por fim, o que é um homem de boa vontade? É o que só quer a paz na terra, indiferente à glória de Deus no Céu?
Todas estas questões convidam a uma detida análise do cântico angélico.
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Admirável profundidade de toda palavra inspirada!
Tão simples que até uma criança o pode compreender, o cântico dos Anjos de Belém encerra entretanto verdades das mais profundas.

Como é proveitoso, pois, nutrir o espírito com essas palavras, para participar devidamente das festas do Santo Natal!

Ajudai-nos, Mãe Santíssima, Sede da Sabedoria, com vossas preces, para que, iluminados pelas claridades que de Jesus dimanam;
Possamos entender o cântico angélico que é o mais perfeito e autorizado comentário do Natal.
(Continua…)
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sábado, 3 de dezembro de 2016



Tempo de Conversão - conversão “
deve continuar sempre

Iniciamos a segunda semana de Advento, preparando-nos não só para o Natal, mas também para a vinda gloriosa de Cristo no final da história, quando então ele virá nos coroar com a plenitude dos bens prometidos e que hoje, vigilantes, esperamos (Prefácio do Advento I)

A Eucaristia nos apresenta uma das características essenciais desse Tempo do Advento: a conversão. João Batista que nos chama à mudança de pensamento e de atitude. A voz que clama no deserto é a voz do Evangelho, é a voz dos sofredores, é a voz dos que pedem mais dignidade, é a voz de nossa consciência. O que importa é que a mudança de vida, à qual somos chamados, comece em nosso interior e tenha sinais exteriores. João Batista sai do seu lugar e vai para o deserto. 

Sair de nossas velhas práticas e costumes e assumir o novo jeito de ser de Deus é ouvir a voz de quem clama: Convertam-se.   A segunda vela que acendemos na coroa de Advento nos ilumina e nos ajuda a perceber que estamos a caminho, peregrinos rumo a um futuro bom que nos espera. Mas, até lá, temos ainda muito o que fazer em parceria com nosso Deus.

Estamos a caminho em meio a um mundo de tantas contradições, com poderosos achando-se os donos do mundo e fazendo da vida humana um desterro sem destino: quanta injustiça gerando mortes!
Deus acabou de falar-nos na proclamação das Sagradas Escrituras. Vejamos um pouco o que de fato ele está a nos dizer: A figura de João Batista trazia à lembrança o que o profeta Isaías já havia anunciado sobre ele há muito tempo: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparem o caminho do Senhor, endireitem suas veredas!” (Mt 3,3). Seu próprio estilo despojado de viver dizia ser ele, João, um autêntico e respeitável profeta: “usava uma roupa feita de pelos de camelo e um cinturão de couro; comia gafanhotos e mel do campo” (v.4).

Hoje, o profeta João Batista vem e grita no deserto da nossa existência, no sentido de endireitar a estrada humana, para que nela passe o Salvador.

“O que significaria hoje esse ‘endireitar a estrada humana’? A estrada humana somos nós mesmos, são nossas atitudes, a nossa vida, o nosso dia a dia. Olhando para dentro de nós e para o mundo que nos cerca, descobrimos uma infinidade de coisas que não andam direito. O que não anda direito hoje? O que anda enchendo de desvios e, até mesmo, ‘esburacando’ a estrada se nossa vida? Se o Senhor viesse hoje para passar por ela, Ele encontraria a estrada de nossa vida preparada, endireitada? Ou há razão para desconfiar que Ele escolheria um outro caminho, porque o nosso está impedido e intransitável? Está na hora de limpar o leito de nossa estrada do egoísmo, do amor próprio, da vontade de humilhar os outros e de progredir na vida à custa dos que não tem voz nem vez”

Para endireitar a estrada humana, João Batista nos chama a produzir verdadeiros frutos de conversão. “Não basta procurar somente o rito do batismo, como fizeram os fariseus e saduceus. Não basta ser apenas católicos de nome ou de batismo, para cruzar os braços, acomodando-nos e pensando que a salvação nos virá através de títulos e ritos.

Ser-nos-á necessário um empenho constante, através do arrependimento e da conversão. Não basta lamentar os erros do passado dentro ou fora do confessionário. Precisa entrar por caminhos novos. Aqueles caminhos que João Batista e Jesus Cristo nos mostraram. Estes caminhos nos libertam de nosso isolamento e nos levam aos irmãos”. Isso mesmo: diminuir as distâncias que nos separam uns dos outros, é o desafio lançado. É na busca do outro, fazendo-nos irmãos compassivos de todos, que começa o processo da salvação, que terá seu ponto alto no encontro com Cristo.

E esta conversão “deve continuar sempre. Comporta dois momentos: 
1) O momento de a consciência reconhecer o que está errado, conceber o propósito de mudar e pedir perdão. Assim faziam os que recebiam o batismo de João ‘para a conversão’ (Mt 3, 11). Hoje, podemos fazer isso, com a garantia da Igreja, no sacramento da reconciliação; 

2) O momento da prática. A verdadeira conversão se comprova na prática: viver a vida que Jesus nos ensina por sua palavra e exemplo, assumir-nos mutuamente no amor fraterno, como o Messias assume a causa dos fracos. Essa prática será o fruto que comprova nossa conversão e um ato de louvor a Deus que nos enviou seu Filho como Messias”

Em uma palavra, celebrar a proximidade do Reino dos Céus, como fazemos no Advento, “implica reacender nossa caridade. Quando uma família espera a visita de uma pessoa querida, seus membros começam a melhorar seus relacionamentos. Mas talvez falte a consciência desta proximidade.
Precisamos de uma voz profética, como a do Batista, para proclamar que o Messias e o Reino estão próximos, pois Jesus nos convida cada dia a assumir a sua causa. Converter-se a Jesus continua sendo necessário também para o ‘bom católico’. Sempre de novo devemos abandonar nossa vida egoísta, para viver a justiça e a caridade que Jesus-Messias veio ensinar e mostrar” (Idem).

Que a Palavra de Deus que ouvimos e a Eucaristia que celebramos nos encorajem a abrir caminhos sempre novos, caminhos de justiça e caridade, caminhos de reconciliação e de paz, caminhos do Reino dos Céus anunciado por João Batista e encarnado na pessoa de Jesus em prol dos fracos e oprimidos. 

Amém!