Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 28 de abril de 2017



O amor do Ressuscitado aplaca todo medo da nossa alma



O amor do Ressuscitado aplaca todo medo da nossa alma. Quando somos envolvidos pela certeza plena de que Deus venceu a morte, o medo já não tem mais poder sobre nós!
A experiência de ver vivo o que haviam visto Crucificado e morto desvela fulgurantemente a resposta de Deus sobre o destino da humanidade: a vida em plenitude.
Mais importante, porém, do que recordar a morte daquele que se foi é aprender de sua vida e dispor-se a entrar em um novo modo de viver.  O mistério pascal – morte e ressurreição de Jesus Cristo – não apenas ilumina e ajuda a reler sua vida, mas também ensina poderosamente qual é a vida que Deus diz que é plena,  perene e que não é engolida pela morte.

Por isso, mais importante do que crer na ressurreição após a morte, é viver desde já como ressuscitados.  É aceitar que o mistério da Ressurreição de Jesus Cristo da cruz e do túmulo configure nossa vida e lhe dê uma nova forma.  Não forma física, pois não se trata de reencarnação, mas forma nova no espírito que por sua vez transfigura a corporeidade e a totalidade do humano.

Viver  como ressuscitados é viver fora de si.  Ser sábio de uma loucura repudiada pelos sábios deste mundo que creem conhecer e dominar a riqueza e o poder, mas na verdade por elas são dominados.  É “saber” com uma força indestrutível que somos criados pelo Autor da vida a cada minuto para viver e dar vida. 

E quanto mais vida dada, tanto mais vida recebida.  Trata-se de conhecer o jogo que aí ganha nova preponderância: perder é ganhar, entregar-se e perder-se no amor e no serviço é encontrar-se e possuir-se.

Viver como ressuscitados é ter o olhar transfigurado pelo Espírito que permite ver beleza e dignidade onde parece só existir lixo e miséria.  É ter ouvidos abertos para, em meio aos ruídos dissonantes,  escutar murmúrios e clamores dos que amam e dos que sofrem e sentir-se comovido por eles.  É sentir na boca o beijo exigente da fome e da sede de justiça e dar-se em eucarístico alimento para saciá-las.  É estender as mãos para servir e ajudar aqueles que buscam um rumo em suas vidas solitárias e perdidas, e transmitir-lhes a inefável experiência de sentir-se amados, acompanhados e curados em suas feridas profundas e doloridas.

Viver como ressuscitados é encontrar o segredo da alegria, esse mistério tão desejado e ansiado pelo coração humano.  Viver  como ressuscitados é experimentar que o centro da vida se encontra à margem do caminho, muitas vezes ferido e semimorto;  é saber que a criação é feita não para a destruição e a morte, mas para o baile do amor fecundo que não termina e se desdobra em frutos de paz, diálogo e convivência.

Viver como ressuscitados é estar sempre em movimento, sempre em busca, nunca instalados. É saber que não temos aqui morada permanente, mas não somente esperamos a que há de vir como a construímos com o sopro do Espírito presenteado pelo Ressuscitado aos discípulos ainda atônitos e assustados.

Viver como ressuscitados é levar no próprio corpo as marcas de Jesus para que a vida por Ele dada se manifeste plenamente ao mundo.  É estar no mundo sem ser do mundo, mas pertencer ao Senhor.  É não ter domicílio em nenhum lugar, mas encontrar o próprio lar dentro de si mesmo, onde o Espírito do Pai e do Filho faz morada. 

Viver como ressuscitados é, em suma, viver urgidos pela caridade, iluminados pela esperança, suportados pela fé no que ainda não se vê, mas se “sabe” que será. 
É não guardar para si este segredo sussurrado ao ouvido na manhã do domingo, mas anunciá-lo sem medo em todos os dias da semana, convertendo o discipulado em ardente e constante apostolado.

Padre Emílio Carlos Mancini+



Voltar-se para o centro de nós mesmos.



Amados em nosso artigo de hoje gostaria de tratar de um tema um tanto pertinente, os homens estão vivendo na superficialidade de si mesmos e a cada dia mais se perdem, são roubados de si mesmos pois estão vivendo no exterior e quanto mais exterior mais superficialidade e menos interioridade que nos leva para dentro de nós e nossas reais necessidades.

Certo é o que são Agostinho dizia: “Preocupa-te se a árvore de tua vida tem galhos apodrecidos? Não percas tempo; cuida bem da raiz e não terás de andar pelos galhos”
Por isso eu não busco a felicidade fora do meu interior, na qual Deus habita.

O conselho de santo Agostinho é atual para nossa sociedade e humanidade de hoje que corre atrás do supérfluo e do que não é essencial, cada dia mais fora de si mesmo quanto mais exterioridade mais nos perdemos de nós mesmos. Veja o que ele nos disse:- “Dentro de cada homem há uma guerra civil” “Não saias de ti. Volta-te para ti mesmo. A verdade reside no homem interior. O homem se torna pior e empobrece quando, lançando-se à conquista do externo, vive expulsando suas intimidades” “Na maioria das vezes o homem desconhece a si mesmo. Vítima do descuido ou da improvisação, ou presume de suas carências ou desespera de suas possibilidades. Só quando a tentação o prova com um questionamento de urgência, o homem consegue conhecer a verdade sobre si mesmo.”

"Conhece-te a ti mesmo" revela a importância do autoconhecimento, sendo uma frase bastante conhecida no ramo da Filosofia. Não há certeza absoluta em relação a quem foi autor desta máxima, mas há vários autores que atribuem a autoria da frase ao sábio grego Tales de Mileto. Apesar disso, existem teorias que afirmam que a frase foi dita por Sócrates, Heráclito ou Pitágoras.

"Conhece-te a ti mesmo" está inscrito na entrada do templo de Delfos, construído em honra a Apolo, o deus grego do sol, da beleza e da harmonia. Esta frase indica que o primeiro passo para o verdadeiro conhecimento é nos conhecermos a nós próprios. Se queremos conhecer o mundo à nossa volta, devemos em primeiro lugar conhecer quem nós somos. O conhecimento e conhecer a nós próprios é um processo, uma busca que não tem fim e a cada dia podemos aprender mais. O processo de autoconhecimento muda a forma como uma pessoa interage com o mundo e com as outras pessoas, abrindo a possibilidade para conhecer e aprender novas coisas. Outra explicação é que é mais importante nós nos conhecermos, termos noção de quem nós somos, e não dar importância ao que as outras pessoas pensam sobre nós.

Mas prefiro santa Teresa de Jesus doutora da Igreja para ela a pessoa é como um castelo habitado pela Trindade (IM,1-5) à espera do encontro com sua criatura: “A alma é como um castelo, todo de diamante ou de cristal com muitas moradas. E no centro, a principal, é onde passam as coisas mais secretas entre Deus e a alma”. Nele há muitas moradas, que expressam os distintos níveis da relação que a pessoa tem consigo, com os outros, com Deus e com o mundo. O conhecimento próprio é essencial para essa viagem interior. “A porta para entrar nesse castelo é a oração e reflexão” (IM). 

"Para Teresa de Jesus, Deus é o que há de mais importante na sua vida, um Deus muito próximo e humano. Diz que podemos encontrá-Lo em toda a parte, especialmente dentro de nós mesmos (as)" Consideramos a nossa vida não tanto como um caminho rumo a Deus, mas experimentamos Deus vivendo em nós, como explica a frase de São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim!” (Gálatas 2,20). 

Nesse processo, Teresa adverte para não ficar olhando para as misérias humanas, e sim para Jesus Cristo, o grande amigo. É um dinamismo onde a pessoa reconhece sua identidade e o mistério da sua liberdade. Teresa adverte que, quando a pessoa se nega ao Amor, está se fechando em si mesma (IM6-8). 

E, para fazer frente a uma antropologia egocêntrica, Teresa propõe um dinamismo de êxodo - a pessoa deve entrar dentro de si, autoconhecer-se, aceitando a própria realidade, como também a realidade alheia. 

A imagem do castelo interior expressa um dinamismo dialético de integração entre interioridade e exterioridade, levando a pessoa a sair de si mesma, vivendo numa relação progressiva de entrega, partilhando seus dons, criando novas relações. Enfim certo é que descendo para dentro de nós mesmos e na vivência do Amor que habita em nós que a pessoa integra todas as suas potencialidades. As crises e contradições podem converter-se em lugar de encontro. A pessoa, sabendo-se amada, responde amando. 

Sente-se convidada a “conhecê-Lo, amá-Lo, torná-Lo conhecido e amado.” Volte-se para o centro de ti mesmo! E terás a verdadeira felicidade!

Pe. Emílio Carlos Mancini