Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 1 de agosto de 2017

São Charbel Mackhlouf, um milagre em nossos dias!


São Charbel Makhlouf
São Charbel Makhlouf
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São Charbel Makhlouf (1828-1898) foi um dos maiores taumaturgos do século XX.

Monge do rito maronita, já era tido como santo em vida, tendo operado muitos milagres.
Sua festividade é celebrada pela Igreja Católica no dia 24 de julho.
Em 1952, quando foi feita a terceira exumação dos seus restos mortais, segundo testemunha ocular, “o corpo foi retirado do caixão e sent ado numa cadeira.
Os braços e as pernas dobrados, curvados.
A cabeça inclinada, balançava dum lado para outro.
As vestes sacerdotais e as roupas interiores estavam encharcadas de sangue”.
O que levou o papa Pio XII, ao iniciar seu processo de beatificação, a afirmar:
“O Pe. Charbel já gozava, em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências.
Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa.
Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus:
Seu corpo transpira sangue há 79 anos;
Sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocam com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue;
Alcançam alívio em suas doenças e não poucos até se vêem curados ”.
O número de milagres nessa ocasião foi tão grande, que Anaya, onde está seu mosteiro, foi chamada de “A Lourdes libanesa”.
Somente entre 22 de abril de 1950 e 25 de junho de 1955, foram registradas nos anais do Convento São Maron, 237 curas, muitas constatadas e confirmadas por médicos.
Infelizmente a devoção a este santo taumaturgo não é popular no Brasil, a não ser entre os fiéis do rito maronita.
O mesmo ocorre em outros países do Ocidente, como nos Estados Unidos.
No entanto, este país foi o escolhido por São Charbel, nos nossos dias, para um de seus estupendos milagres que surpreendem o mundo.

Praticamente cega aos 13 anos
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Dafne Gutierrez, moradora em Phoenix, no Arizona, estava completamente cega
Dafne Gutierrez, moradora em Phoenix, no Arizona, estava completamente cega.
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Quando tinha 13 anos de idade em 1999, teve uma moléstia no crânio, e a pressão no seu cérebro aumentou tanto, que afetou severamente o nervo ótico.

O que resultou numa quase cegueira.
Apesar da deficiência, ela casou-se e teve três filhos.

Entretanto, em 2014 ela perdeu praticamente toda a visão;

E em 2015 começou a sentir dores de cabeça, desmaios, ruído nos ouvidos, vômitos e tonturas.

Os médicos declararam que sua cegueira era “permanente, e irreversível medicamente”.
Finalmente, em janeiro de 2016, Dafne deveria ser admitida em uma casa de saúde, por ser incapaz de cuidar de si mesma e dos filhos.

Recorre a São Charbel


Ocorreu então que, nesse mesmo mês de janeiro, Dafne ouviu em um programa de rádio em espanhol;


Que uma relíquia de São Charbel, por ocasião do 50º. aniversário de sua beatificação;

Estava peregrinando pelos Estados Unidos, e estaria, naqueles dias, na igreja católica maronita de São José, em sua cidade.

Ora, Dafne nunca havia ouvido falar de tal Santo, e não conhecia essa igreja.
Providencialmente, no mesmo dia, uma cunhada sua, sugeriu-lhe que fosse com o marido venerar a relíquia, pedindo sua cura.

Dafne decidiu ir.

No caminha para a igreja, ela rezava: “Por favor meu Deus, curai-me, se não por mim, pelos meus filhos”.

Chegando à igreja maronita, ela pediu a São Charbel: 

“Eu não sei quem sois vós, mas por favor, ajudai-me”.
 

Depois da missa Dafne pôde, com os fiéis presentes, oscular a relíquia do Santo.

Ajudada pela cunhada, Dafne foi então para o confessionário, e lá, durante a confissão, revelou ao vigário, Pe. Wissam Akiki, sua cegueira.
O sacerdote então deu-lhe uma bênção com óleo santo tocado na relíquia de primeira classe de São Charbel, rezando especialmente por sua cura.
O sacerdote afirmou depois: 

“Coloquei minha mão em sua cabeça, depois nos dois olhos, e pedi a Deus que a curasse pela intercessão de São Charbel”.

O curioso é que Dafne afirma que “senti fortemente que alguém estava de pé, no meu lado direito”.

Perguntou depois à sua cunhada, que afirmou que não havia ninguém a seu lado, a não ser o Pe. Akiki.
Até hoje Dafne reafirma que havia alguém a seu lado.

Seria o Santo milagroso?

“A partir desse momento,
 afirma Dafne, comecei a me sentir diferente. Não posso explicar, mas sentia meu corpo diferente”.

No dia seguinte, domingo, foi novamente à igreja de São José para venerar a relíquia de São Charbel.
Na noite desse dia, às 4 horas da madrugada, Dafne acordou com a sensação de que seus olhos estavam queimando.
Acordou o marido.
Este lhe perguntou como isso era possível, uma vez que ela não tinha mais sensibilidade nos olhos.
Encostou sua mão neles, e percebeu que realmente estavam quentes. 
“Eles estão vibrando e movendo-se”, exclamou ele.
No mesmo momento, sentiu um cheiro como de carne queimada.
Dafne percebeu então que começava a ver seu marido, embora ainda como uma sombra.
Exultante exclamou: 
“Eu posso vê-lo! Eu posso vê-lo com meus dois olhos”. E caiu em prantos.
Os filhos acordaram, e começaram a gritar: “A mamãe pode ver! Deus curou a mamãe!”.

Ou seja, em 48 horas desde que ela visitou a venerável relíquia pela primeira vez, Dafne recuperou totalmente sua visão.


O que dizem os médicos


Essa cura, espetacular e repentina, foi confirmada nesse dia por um oftalmologista e por vários médicos.

A Dra. Anne Borik, que cuidou de Dafne, declarou:
Medicamente falando, o que é interessante — e o que atraiu meu interesse nesse caso;

É que não se vê restauração da visão em 48 horas depois de um longo problema do nervo ótico como Dafne tinha.

Meu trabalho como médica, é tentar encontrar como isso ocorreu medicamente.

Nós discutimos esse caso com um neuro-oftalmologista e também com um consultante de fora, que reviu todo o caso;

E basicamente não há explicação [médica] de como a visão de Dafne Gutierrez, inteiramente cega um dia, 48 horas depois foi restaurada ao normal. […]

Nós, como comunidade médica, revendo o caso, não podemos explicá-lo medicamente
”.

Exatamente um mês depois que Dafne recuperou a vista;
Foi celebrada uma missa especial de ação de graças na igreja maronita de São José, pelo bispo maronita Abdallah Elias Zaidan, de Los Angeles, na Califórnia.
Nessa ocasião, Dafne falou à multidão ali reunida, explicando sua cura por São Charbel Makhlouf: 

“Todos os médicos têm dito: ‘Não há explicação’. […] Mas Deus me curou!”

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Fonte: ipco.org.br

Relativismo, um inimigo silencioso e sútil.




O relativismo é uma corrente que nega toda verdade absoluta e perene assim como toda ética absoluta, ficando a critério de cada indivíduo definir a sua verdade e o seu bem. Opõe-se-lhe o fundamentalismo, que afirma peremptoriamente a existência de algumas verdades e algumas normas fundamentais. O indivíduo se torna o padrão ou a medida de todas as coisas. Tal atitude está baseada em fatores diversos, entre os quais o historicismo: com efeito a história mostra que tudo evolui e se tornam obsoletas coisas que em tempos passados eram plenamente válidas. 

A Igreja rejeita o relativismo, mas também não aceita o fundamentalismo: ao lado de verdades e normas perenes, existem outras, de caráter contingente e mutável. Ao cristão toca o dever de testemunhar ao mundo de hoje que a profissão de fé e a Moral católicas nada têm de obscurantista e de recusa dos autênticos valores da civilização contemporânea.
Não sejamos apáticos às coisas ao nosso redor.

Alguém pode pensar que não é relativista pelo simples fato de nunca ter lido filósofos relativistas como Kant, Hegel, Anaxímedes etc.
Ou então julga que estamos falando de descaso, insensibilidade, ou ainda de relativismo moral, ou seja, de imoralidade.
Nada disso!

A mentalidade de que falamos é um pouco de tudo o que está acima e algo mais.
Se quem a possui julga que estamos discorrendo sobre certo tipo de apatia, terá acertado, pois para o relativista nada importa.
“Como assim? Sou relativista, mas não apático. Gosto de movimento, de ação, de política, de trabalho, dos meus negócios. Logo, não sou relativista!”
Ledo engano, pois é possível gostar de movimento, de ação, de labuta, da família, e ser relativista.

Uma espécie de neutralidade, de indiferença, de inconsciência em relação ao mundo em torno de nós;
Expresso na fórmula “deixa como está, para ver como fica”, é a ideia fixa do relativismo. Este é o ponto.

Veja: “Havia algo demasiadamente forte ao meu redor, que meus sentidos percebiam, mas que minha razão não conseguia discernir, diante do que minha vontade não tinha como reagir” (Guerreiros da Virgem, p. 48). O que diz: “Minha razão não conseguia discernir, diante do que minha vontade não tinha como reagir”. Portanto, o relativismo escapa à razão, e, como afirmava o libelo, é todo um modo de ser, sem reação.
Ora, reagir é preciso!

O que é o relativismo no sentido em que o empregamos?
É a falta de atenção, motivação ou entusiasmo, exceto no que toca a si próprio.
Para nós, o relativismo não é apenas uma maneira de pensar, mas de ser.
Localizado onde? Em cada um de nós.

No relativismo de que estamos tratando, há duas esferas: As coisas próprias a cada um, para as quais o relativista pode ser um leão; E o mundo exterior, a opinião pública, que pouco lhe importa.
Algo só é relevante se disser respeito ao “eu, eu, eu”;
Mas se concernir aos interesses da Igreja ou da sociedade temporal externa; A sua micrópolis repete o “deixe como está, para ver como fica”.
O leão se torna um molusco sonolento.“Não me incomodem…”.

Relativismo é também sinônimo de abatimento, marasmo, langor, desídia, desânimo, indiferentismo.

O que me preocupa são meus sonhos de uma vida confortável e segura, para mim e os meus próximos! Fora disso, nada me interessa.
Por exemplo, quanto ao triângulo decisivo dos dias de hoje, situação politica do nosso país, Trump e Putin, deixe-me tranquilo.

Eles estão lá fora, longe, e o que importa um defeito na minha TV, isto sim!”.
“Ver julgar, agir” — eis a regra de ouro de Santo Tomás de Aquino, que deve pautar a nossa conduta em face dos acontecimentos, grandes ou pequenos.

Atenção, motivação, entusiasmo, sim, relativismo não!
Reação sempre, ainda que só interna;
Cinismo, consciente ou subconsciente, nunca! Relativismo, jamais!
Ele é um “abismo cheio de umidade, de trevas e de frio, e não o cume elevadíssimo de uma montanha cheia de luz, de harmonia e de beleza.” O resto é apatia e, em algum sentido da palavra, cinismo, ainda que o termo seja forte.

Dizíamos que o relativismo pode ser seu pior inimigo.
“Mas, por que, se não sou tão mau, e quero apenas um pouco de tranquilidade?”
Um italiano, cujo nome me escapa, afirma que Deus é o não-relativismo.
Aqueles que dizem não querer levar as coisas ao extremo são o contrário da perfeição e;

Portanto, de Deus, que é o próprio ardor, no mais alto grau de perfeição, de todos os extremos.

Padre Emílio Carlos Mancini+

Ser Cristão não é ter uma religião e sim um estilo de vida.




Vivemos nos dias de hoje em um tempo de modismo, os jovens querem tudo que está na moda, alguns vão à igreja por achar legal dizer que é cristão, ouvi certa vez uma frase que achei muito interessante colocá-la aqui, que diz; "hoje em dia é moda ser cristão", muitas pessoas dizem ser crentes só porque frequentam uma igreja, se você é uma dessas pessoas tenho algo a te dizer.
Ser cristão é um estilo de vida, não é algo que você curte, nem algo que você faz por questões religiosas, não é apenas acreditar em alguma coisa, ser cristão é optar por um estilo de vida diferente de tudo o que o mundo diz ser certo, ser cristão é abrir mão das suas próprias vontades e viver a vontade de Deus, ser cristão é andar na contramão do mundo, ser cristão apenas é: Seguir os passos de Cristo, abrindo mão do que o mundo lhe oferece mesmo parecendo atraente aos seus olhos.

Jesus nos diz: «Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo»! Mateus 5, 13-16.  Duas imagens, de alta definição, para ilustrar a identidade do cristão! Toda a gente sabe que o sal serve, sobretudo, para dar sabor à comida e para preservar os alimentos da corrupção. Dito assim, os discípulos de Jesus hão de contribuir para que as pessoas saboreiem a beleza de uma vida, cheia de alegria, sem cair na corrupção. E nem mesmo deixar-se orientar, nem desfrutar da vida, no meio da obscuridade.

Os discípulos de Jesus devem refletir no mundo a luz de que este precisa, para nos orientarmos na justa direção e caminharmos na esperança. E é impressionante a amplitude da missão que Jesus confia a discípulos “cheios de fraqueza e de temor”: uma Terra inteira a salgar e o mundo todo a iluminar. Num caso, como noutro, Jesus sabe bem que basta um pequeno fósforo aceso na noite, para a muitos iluminar e que uma pitada de sal é bastante para dar a tudo um outro sabor.

Mas perguntemo-nos agora: que têm de comum estas duas belas imagens de alta definição do cristão? Procuremos individuar três semelhanças:
Para ser sal ou para ser luz, é preciso sair para fora de si e agir! Se permanecer isolado num recipiente, o sal não serve para nada! Só quando este entra em contato com os alimentos e se dissolve na comida é que pode dar sabor aos alimentos. O mesmo sucede com a luz. Se permanecer encerrada e oculta, não pode iluminar ninguém! Ela cumpre a sua missão quando se projeta como a luz de um farol ao longe, que ilumina o caminho no meio da tempestade, ou como a luz de uma candeia, ao perto, que ilumina os pequenos espaços de escuridão nas nossas vidas. Conclusão muito simples e muito prática: um cristão isolado do mundo, a cheirar a naftalina, não pode ser nem sal nem ser luz.

Portanto, o remédio é fugir de uma Igreja encerrada em si mesma, paralisada pelos seus medos e afastada dos problemas e sofrimentos humanos. Saiamos, por toda a parte, para dar sabor e curar a vida triste e ferida de tantas pessoas! Saiamos, iluminados pelo Evangelho, “para que nenhuma periferia fique privada da Sua luz”

Mas o sal e a luz têm outra coisa em comum: ambos são para os outros. O sal não se tempera a si mesmo e a luz não se ilumina a si própria. O sal aumenta à medida que se espalha! E uma luz que não se apega, também se apagará. Portanto, o desafio é claro: sê uma missão na tua terra; espalha, à tua volta, a partir do teu metro quadrado de vida, o sal do Evangelho, que preserva da corrupção. Mas não queiras conservar-te a ti mesmo! Ilumina, ao teu redor, com a luz do Evangelho, mas defende-te da tentação de te iluminares a ti próprio, sob o risco de te encandeares! Aprende da Lua em relação ao Sol: reflete a luz recebida!

Por último, gostaria de destacar outro ponto em comum: tanto o sal como a luz podem vir a perder a sua força! Como evitar então o cristão com cheiro a naftalina, insosso e apagadinho? É preciso estar sempre ligado, conectado ao Senhor, sobretudo pela oração, que nos ilumina o coração, e pelos sacramentos, que nos dão a saborear a bondade de Deus. Poderás fazer muitas obras, inclusive obras de misericórdia, poderás fazer muitas coisas grandes pela Igreja, mas se estás desligado da fonte, se estás desconectado do teu Senhor, depressa a energia que te move desaparecerá e ficarás, sem força e na escuridão. 

É precisamente esta comunhão com o Senhor, a verdadeira fonte de energia, que carrega a tua bateria, que dá força ao sal e vida à luz. Por isso, no fim, nos dizia o Senhor: «assim deve brilhar a vossa luz, para que vendo as vossas obras glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus». Por outras palavras, é preciso voltares sempre Àquele que te concede o sal e a luz! Quanto mais os receberes, mais os darás! 
E quanto mais os deres, mais os receberás! É assim o cristão de alta definição!

Padre Emílio Carlos Mancini+

“Fé e solidez de vida”.



Costumo dizer que o conhecimento da fé, isto é, o conhecimento das verdades de fé constitui um chão bem sólido, como um chão de granito, onde apoiamos toda a nossa vida.
Sem o conhecimento profundo dessas verdades, o chão onde pisamos é extremamente frágil. Em alguns lugares ele é sólido, consistente, mas em outros há buracos, em outros parece uma areia movediça, na qual começamos a afundar, em outros se assemelha a um terreno pantanoso etc.

A minha experiência conversando com milhares de pessoas ao longo dos meus 29 anos de sacerdócio me levou a ver que muitos dos sentimentos ruins que as pessoas têm hoje, como o sentimento de medo, de temor, de tristeza, de angústia, de depressão, de ansiedade, de vazio etc., ocorrem porque lhes falta um bom conhecimento das verdades de fé e vivem ainda muito superficial o cristianismo.
Infelizmente numa catequese rustica e pobre de primeira eucaristia e as vezes presos em devocionalíssimo, legalismo, ritualismo e uma fé “medíocre”

Por que esse conhecimento é tão importante?
Por que ele nos dá essa solidez? Porque são ensinamentos de Deus, de Jesus Cristo, para nós. E Deus, como nos criou, conhece melhor do que ninguém as verdades pelas quais devemos nos pautar.
Só Deus pode construir um chão para nós extremamente sólido, onde não haja nenhum buraco, nenhuma parte fofa, nenhuma parte líquida, de tal maneira que nos permita caminhar pela vida extremamente seguros.

Pensemos, por exemplo, na verdade extraordinária, transformadora que é a morada da Santíssima Trindade na alma da pessoa que está em estado de graça. O que diz a nossa fé? Diz que, se estamos em estado de graça, ou seja, se não temos nenhum pecado grave no coração, porque não o cometemos ou porque nos confessamos depois de tê-lo cometido, a Santíssima Trindade mora dentro da nossa alma. Essa é uma promessa de Cristo: “Aquele que me ama guarda a minha palavra, e meu Pai o amará e nós viremos a Ele e Nele faremos morada” (João 14, 23). Que coisa impressionante: a Santíssima Trindade morar dentro da nossa alma!!! E não de um modo figurado, mas real!!! Não é fato que essa verdade é transformadora? Não é fato que essa verdade nos enche de paz, de segurança?

Se Deus vem fazer morada em mim, porque ficar mendigando amor das pessoas, se o amor de Deus me basta.
Se Deus parasse de pensar em mim por um milésimo de minuto, meu Deus cairíamos no vazio, pior que cair no nada, pois o nada não tem vontade mas tem possibilidades, enquanto o vazio já é desgraçadamente um fim .

São João da Cruz diz que : “ É mais fácil para Deus criar do nada, do que converter uma alma, pois o nada não tem vontades mas possibilidades enquanto uma alma precisa submeter sua vontade enfraquecida a vontade de Deus !”

Onde eu posso encontrar essas verdades de fé de um modo completo e ordenado?
No catecismo da Igreja Católica. O catecismo é um livro elaborado pela Igreja que tem a finalidade de reunir as principais verdades de fé. Ali está tudo o que Deus foi revelando ao longo dos séculos. Ali está tudo o que Jesus Cristo ensinou aos apóstolos.

Nele podemos adquirir os conhecimentos básicos da fé.
A fé sem o seu conteúdo é um grande dom, mas nos deixa ainda muito frágeis. A fé com o seu conteúdo é o maior dom que podemos ter na vida. Pois a fé é a nossa maior força, a nossa maior arma para a vida. Uma pessoa com fé sólida é uma pessoa extremamente forte, cheia de paz, de serenidade, de alegria, de esperança, de otimismo etc. O que mais queremos?
Vamos em busca dessa fé e nossa vida se encherá de uma solidez inexpugnável.

Pe.Emílio Carlos Mancini+

O poder da Palavra





No entretecido das relações humanas há uma realidade provida de especial capacidade para influenciar a vida, própria e alheia: é a palavra. Ela está dotada de poder incalculável. Se para o ser humano viver é exprimir-se, a palavra é a máxima expressão do aprendiz que ele é: por ela, em conjunção com a imagem, consegue dar corpo às experiências que o humanizam. 

A Retórica clássica estuda as técnicas de persuasão escondidas na organização e nas relações das palavras dentro de um discurso, para perceber como influenciam o auditório e produzem o sentido global que querem comunicar. A palavra humana, enquanto entendida e aceite, goza de poder para persuadir, mais ou menos segundo a força das ideias comunicadas e a veemência da arte literária. É um ponto de encontro entre quem a profere e quem a recebe: o que ela produzirá depende das circunstâncias de quem a pronuncia/escreve e de quem a escuta/lê.
Se a palavra relata os fatos (exercendo função informativa ou descritiva) e interpreta os fatos (exercendo função expressiva), também devemos dizer que ela gera factos (exercendo função performativa) e inspira à ação exercendo função impressiva ou interpelante). 

Vai-nos a vida em redescobrir as funções performativa e provocante da palavra, tantas vezes esquecidas. Não é totalmente verdade que «palavras, leva-as o vento». Uma vez pronunciadas, não voltam atrás sem produzir algum efeito.
Verdade é que o seu poder depende muito de quem as usa. Mesmo assim, o discurso de um hábil político num comício consegue dirigir a opinião dos ouvintes a favor da sua causa. 

A voz tonitruante de um profeta verga um povo a arrepender--se do mau procedimento e a converter-se ao bem. A palavra convoca-nos, provoca-nos, isto é, chama-nos à ação, mesmo no silêncio que a evoca e invoca. Ela move-nos, para o bem e para o mal: a palavra de uma boa notícia deixa o receptor esfuziante de alegria, o jogo virtual que estimula adolescentes ao suicídio provoca-o efetivamente. 

Ela determina a vida das pessoas, seja de uma multidão, seja de indivíduos. A força de um dirige uma multidão no protesto pela paz, pela dignidade e liberdade da pessoa e contra toda a espécie de opressões. A palavra dos bons pais consegue que os filhos lhe obedeçam.

Há quem de palavras faça coisas. Mas mais corrente é a palavra gerar fatos históricos. Gera a reconciliação entre desavindos como causa a discórdia entre familiares. É mediadora do ódio e da amizade, do ressentimento e da compreensão mútua. 

Uma palavra de esperança traz o futuro risonho para o presente, dando-lhe o ânimo de que carecia. Por isso, é tão grave «faltar à palavra dada»: atraiçoa a esperança que orientava uma vida, quebra uma corrente de humanidade, corta sentimentos, rasga feridas, faz correr sangue. A palavra mata: uma horrenda notícia provocou um ataque de coração. Mas também faz recomeçar uma vida de novo.

Os que usaram a palavra com paixão e força de persuasão, como os profetas bíblicos, os poetas gregos e latinos e os escritores clássicos, têm grande poder sobre os leitores de todos os tempos, porque com palavras poderosas comovem, inquietam, atraem, inspiram.

Eles próprios foram agarrados pela palavra, antes de a proclamarem. Foi o que aconteceu ao profeta Jeremias: “Devoro as tuas palavras onde às encontro; a tua palavra é a minha alegria e as delícias do meu coração” (15,16).
Entre todos os humanos, um houve cuja palavra tinha um poder muito superior ao de qualquer outro. Foi a de Jesus. A sua era “a palavra com poder [exousía]”: “admiravam-se com o seu ensinamento, porque a sua era palavra com poder” (Lc 4,32). Nele a palavra transformava o luto em júbilo, a desgraça em alegria, a ansiedade em conforto: “Tende confiança! Eu sou! Não tenhais medo!” (Mt 14,27). A sua palavra era luz e vida nova: “Lázaro, sai para fora! E o morto saiu” (Jo 11,43). 

Além de devolver a saúde aos doentes, de consolar os atribulados, de acalmar as tempestades e de dar sentido à existência dos que eram considerados descartáveis, a palavra de Jesus dizia aos candidatos a discípulos: “segue-me”; e eles seguiam-no. “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, pois, fazendo assim, tornais-vos filhos do vosso Pai que está no céu” (Mt 5,44-45). Quem não se sente seduzido por esta palavra que gera a fraternidade universal? Os evangelistas dão testemunho desse apelo e dessa sedução: “Depois de Jesus ter acabado de proclamar estas palavras, as multidões ficavam vivamente impressionadas com os ensinamentos dele. De fato, ensinava-as como quem tem poder [exousía] e não como os seus escribas” (Mt 7,28-29). “Nunca ninguém falou assim, como este homem” (Jo 7,46).

Padre Emílio Carlos Mancini +