Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O pobre em espírito sabe ser humilde e disponível à graça de Deus -

Quanto mais tenho, mais quero: isso mata a alma. E o homem ou a mulher que tem essa atitude não é feliz e não alcançará a felicidade
No sermão da montanha “Jesus manifesta a vontade de Deus de conduzir os homens à felicidade”.
Nesta sua pregação Jesus segue um caminho particular: começa com o termo “bem-aventurados”, ou seja, “felizes”; prossegue com a indicação da condição para ser tais; e conclui fazendo uma promessa.
O motivo da bem-aventurança não está na condição de “pobres em espírito”, “aflitos”, “famintos de justiça”, “perseguidos”, mas na promessa sucessiva, a ser acolhida com fé como dom de Deus. “Parte-se da condição de dificuldade para abrir-se ao dom de Deus e aceder ao mundo novo, o ‘reino’ anunciado por Jesus.” 

Não é um mecanismo automático. “Não podem ser bem-aventurados se não se converteram”, se não se tornaram “capazes de apreciar e viver os dons de Deus”.
“O pobre em espírito é aquele que assumiu os sentimentos e a atitude daqueles pobres que em sua condição não se rebelam, mas sabem ser humildes, dóceis, disponíveis à graça de Deus.”
A felicidade dos pobres – dos pobres em espírito – tem uma dúplice dimensão: em relação aos bens e em relação a Deus:
“Em relação aos bens, aos bens materiais, esta pobreza em espírito é sobriedade: não necessariamente renúncia, mas capacidade de experimentar o essencial, de partilha; capacidade de renovar todos os dias a admiração pela bondade das coisas, sem sucumbir na opacidade do consumo voraz."
“Quanto mais tenho, mais quero; mais tenho, mais quero: esse é o consumo voraz. E isso mata a alma. E o homem ou a mulher que faz isso, que tem essa atitude ‘mais tenho, mais quero’, não é feliz e não alcançará a felicidade.”
Em relação a Deus, “é louvor e reconhecimento que o mundo é bênção e que na sua origem está o amor criador do Pai. Mas é também abertura a Ele, docilidade a sua senhoria: “é Ele, o Senhor, é Ele o Grande, não eu sou grande porque tenho tantas coisas! É Ele: Ele que quis o mundo para todos os homens e o quis para que os homens fossem felizes”.
O pobre em espírito é o cristão que não deposita sua confiança em si mesmo, nas riquezas materiais, não é obstinado nas próprias opiniões”.
“Se em nossas comunidades existissem mais pobres em espírito, haveria menos divisões, contrastes e polêmicas. A humildade, como a caridade, é uma virtude essencial para a convivência nas comunidades cristãs. Os pobres, nesse sentido evangélico, se mostram como aqueles que mantêm firme a meta do Reino dos céus, fazendo entrever que este é antecipado de forma germinal na comunidade fraterna, que privilegia a partilha à posse.”
Papa Francisco

Os casais não querem mais ter filhos, para poder gozar a vida! Depois do aborto veja a que ponto chega a sociedade.


crianca-internada
Criança internada
.
No último mês de setembro morreu na Bélgica a primeira criança por eutanásia.

A notícia não poderia ser mais estarrecedora.

A informação foi prestada pelo presidente da Comissão Federal para a Eutanásia, Wim Distelmans.

Em 2014, o Parlamento Socialista da Bélgica aprovou uma lei iníqua que permite que os médicos pratiquem a eutanásia;

Eufemismo para não dizer assassinar – em crianças com doenças ditas incuráveis e que causam muito sofrimento.

A lei permite que os menores procurem a eutanásia.
Mas as crianças que serão sacrificadas teriam que “possuir a capacidade de discernimento”.
Que criança, nos tormentos das dores, será capaz de discernir se quererá ou não ser morta?

A eutanásia existe na Bélgica desde 2002, quando o governo socialista daquele país a aprovou para os anciãos.

O número de mortes por eutanásia na Bélgica está subindo rapidamente, com um aumento de 25% em 2012.


Estudos recentes indicam que até 47% de todas as mortes assistidas não estão sendo relatadas;

32% de todas as mortes assistidas estão sendo feitas sem pedido e  enfermeiros estão a matar seus pacientes sem o conhecimento dos médicos.

Alguns especialistas belgas estão a apoiar a extensão da eutanásia para crianças com deficiência, porque eles dizem que isto já está sendo feito.
Os mesmos médicos especialistas sugerem que a extensão da eutanásia vai resultar num aumento de 10 a 100 mortes por ano.
Tudo isto causa uma enorme insegurança entre as pessoas.

Na Holanda, um dos primeiros países a aprovar a eutanásia, os idosos cruzam a fronteira e vão se tratar na Alemanha onde a lei da eutanásia não é tão radical.

Agora, também a criança doente se sentirá gravemente ameaçada.

E ela pensará se a sua existência não será um peso para a família e que seus pais, mediante conselho pernicioso de um médico, não venha a terminar com a sua vida.
A eutanásia é, a seu modo, uma consequência do aborto.

O aborto trouxe um enfraquecimento da família e é praticado pelas mesmas razões;

Ou seja, o casal não quer ter filhos para poder gozar mais a vida, divertir-se livremente, ir à praia etc.

Sem ter o trabalho de cuidar de crianças.
A criança executada pela eutanásia “alivia” a família de gastos com hospitais e do trabalho de acompanhamento familiar naquele momento crucial.
Então se mata o filho ou a filha e em seguida vai divertir-se.

Como isto é diferente daquela mãe ou pai que passam noites sem dormir;

Rezando pela recuperação da saúde de seu filho ou filha, ao lado de seu leito de dor, consolando-a, dando forças para suportar os sofrimentos!

Os outros filhos olharão para os pais e dirão: como meus pais são maravilhosos, como eles são dedicados.
A minha mãe é uma heroína, acompanhou o meu irmãozinho até o fim. Que exemplo!
É neste momento de sofrimento que a família se une melhor; há maior solidariedade entre as pessoas.
Contudo, não são assim os pais que matam os seus filhos.

Eles buscam principalmente o prazer, o gozo da vida.

Procuram eliminar qualquer forma de sofrimento.

Eles são o fruto de uma sociedade descristianizada.
Para eles não importa o quinto mandamento que diz “não matarás”, assim como os demais.


Prevendo a eutanásia para crianças, em 1936…


Na coluna “7 dias em revista” do Legionário, n. 212, de 4 de outubro de 1936, Plinio Corrêa de Oliveira comentava um fato então pioneiro:

Em Perth (Austrália) um pai matou o próprio filho por motivos de saúde.

Transcrevemos a seguir o texto na íntegra:


“Pela primeira vez, desde que o mundo se governa pelos princípios da civilização de Jesus Cristo, um pai mata seu filho por motivos de saúde.


Trata-se do Sr. Sullivan, de Perth, na Austrália, que levou a passear seu filho de três anos a quem prostrou inesperadamente com um tiro.

O próprio infanticida conduziu depois o pequeno cadáver à polícia, e declarou que a razão do crime que praticara era que seu menino sofria de moléstia incurável.
Não era lícito a esse pai desnaturado, matar o seu filho, qualquer que fosse o pretexto por ele invocado.
Mas façamos abstração disto, e consideremos a questão sobre outro aspecto.
O Sr. Sullivan é “chauffeur”, portanto pessoa relativamente desprovida de recursos.
Será tão seguro que autorize o infanticídio o diagnóstico do médico de 2ª classe, a quem provavelmente o Sr. Sullivan consultou?
Será realmente incurável essa moléstia?
Com os progressos que a medicina vem fazendo, não é bem possível que, daqui a alguns anos, o menino pudesse ser curado?

Em nada disto refletiu o Sr. Sullivan.

O Sr. Sullivan, em si, não interessa.
Sua atitude vale apenas como sintoma de uma civilização.
A tal ponto o mundo descristianizado está perdendo o senso da caridade;
Que diversos escritores europeus já sustentam a inutilidade e, mais do que isto, a nocividade dos estabelecimentos de assistência à infância doente.
Se a criança doente é um ser inferior, por que razão há de o Estado sobrecarregar-se com sua educação?
Não seria melhor deixar morrer esses galhos quase secos, para que a seiva afluísse mais abundante, para os galhos sãos?
Se algum dia esse pensamento conquistar o mundo, os casos como o do Sr. Sullivan serão numerosíssimos.”
Nesse dia, a Igreja certamente já terá voltado para as catacumbas.
E, no Brasil, as pessoas do povo matarão seus filhos, não mais a conselho médico, mas por indicação de (satanistas)…”


«Entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: [...] "Menina, Eu te ordeno: levanta-te"».

 

Nem para ressuscitar os mortos o Salvador Se contenta em agir através da palavra, que, no entanto, é portadora das ordens divinas. 

Como cooperante, se assim se pode dizer, dessa obra tão fantástica, ele toma a sua própria carne, a fim de mostrar que esta tem o poder de dar a vida, e para ensinar que Lhe está intimamente ligada: ela é verdadeiramente a sua carne, e não um corpo estranho. 

Foi o que aconteceu quando ressuscitou a filha do chefe da sinagoga; ao dizer-lhe: «Menina, levanta-te», tomou-a pela mão. 

Como Deus que é, deu-lhe a vida através de uma ordem poderosa, mas deu-lhe a vida também através do contato com a sua santa carne, testemunhando assim que uma mesma força divina age tanto no seu corpo como na sua palavra. 

De igual forma, quando chegou a uma cidade chamada Naim, onde ia a enterrar o filho único de uma viúva, tocou no caixão dizendo: «Jovem, Eu te ordeno, levanta-te!» (Lc 7,13-17)

Assim, não só confere à sua palavra o poder de ressuscitar os mortos, mas também, para mostrar que o seu corpo dá a vida, toca nos mortos e, através da sua carne, faz a vida passar para os cadáveres. 

 

Ora, se o simples contato com a sua carne sagrada devolve a vida a um corpo que já se decompunha, que proveito não encontraremos nós na sua vivificante Eucaristia, quando fazemos dela nosso alimento! 

 

Ela transformará totalmente no bem que lhe é próprio, quer dizer, na imortalidade, aqueles que nela tiverem participado.

 

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja

sábado, 21 de janeiro de 2017



3º Domingo Tempo Comum – A - Deus é surpreendente e desconcertante.  

Ele intervém onde e quando e do modo que menos se espera. Esta maneira de agir de Deus – através dos profetas dos apóstolos e até mesmo do próprio Jesus – é a característica primordial da Palavra que hoje ouvimos.

1. “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz se levantou”! Que significam, estas trevas, sobre as quais se diz que “resplandece uma luz”?
 Em primeiro lugar é todo o mundo interior do homem, onde ainda não chegou a luz do evangelho. É o buraco negro do coração humano, ainda fechado ao amor. Pensamos então naquelas trevas que são fruto dos nossos pecados pessoais: os crimes que obscurecem e embrutecem a humanidade e ofuscam a alma de quem os comete, como a violência, o roubo, as traições, a desonestidade, o ódio, as infidelidades... Há, ainda, em segundo lugar à nossa volta, aquelas trevas que se identificam com tantas aberrações sociais, certas formas de desordem que desgastam e rompem a sociedade, pondo-a enferma e fazendo-a sofrer, como a crise do trabalho, a crise econômica, a corrupção generalizada, a crise política, as quais fazem perder o sentido e as razões de estarmos juntos e geram conflitos, guerras e discórdias.
Ai então O convite à conversão (“metanoia”) é um convite a uma mudança radical na mentalidade, nos valores, na postura vital de ser no mundo cristãos. Corresponde, fundamentalmente, a um reorientar a vida para Deus, a um reorientara vida, de modo a que Deus e os seus valores passem a estar no centro da existência do homem; só quando o homem aceita que Deus ocupe o lugar que Lhe compete, está preparado para aceitar a realeza de Deus… Então, o “Reino” pode nascer e tornar-se realidade no mundo e nos corações.
                  
     Sim é surpreendente e escandalosa e desconcertante a estratégia de Jesus!

A primeira surpresa escandalosa é que Jesus não inicia a Sua vida pública em Jerusalém, o centro religioso, social e político de Israel. A Sua missão começa numa zona periférica, numa região desprezada pelos judeus piedosos, devido à presença de diversas populações estrangeiras; por isso o profeta Isaías a indica como «Galileia dos povos» (Is 8,23), terra de pagãos.
É justamente por isso que hoje ele nos comunica um profundo sentido de libertação e salvação. Onde Jesus Cristo abre nossos olhos, descortina novos caminhos e novas perspectivas de vida nova, e nos faz verdadeiros filhos da luz.
A segunda surpresa:- A luz brilha nas trevas ... Imaginemos uma situação de trevas, de escuridão completa assim como um curto-circuito na fonte elétrica de uma cidade. São momentos angustiantes e carregados de tensão e medo, pois todos se sentem inseguros diante do que poderá vir a acontecer.
O profeta Isaías proclamou e o evangelista repete: “O povo que caminhava na escuridão viu uma grande luz, e a luz brilhou sobre os que vivem na região escura da morte”. Esta luz que brilha nas trevas é Jesus Cristo.
O brilho de sua luz entre nós é sempre motivo de alegria e de júbilo. Porque a humanidade vivia em uma escuridão tremenda, muito mais espessa do que aquela da falta de luz elétrica. É uma escuridão espiritual, que atinge as consciências, os modos de pensar e de agir; uma escuridão que é abusada por toda forma de exploração, roubo, opressão, humilhação e de tudo mais que não suporta a claridade da luz (Ef 5, 8-14).
É nesta escuridão que brilha a luz de Cristo. Esta luz transforma a realidade existencial humana, tirando-nos do jugo do pecado e da morte, e colocando-nos na fonte de vida nova, iluminada pelo ‘Sol da Justiça que traz a salvação’
Esta luz de Cristo é, para nós cristãos, a razão e o sentido de nosso viver. Sem a luz de Cristo nos é impossível viver em harmonia, pois nos perdemos na escuridão, nossos caminhos se separam, os tornamos divididos, cada um para o seu lado, insensatos e incapazes para o amor, a compreensão e o perdão que plenificam a vida.

Isto São Paulo percebeu na comunidade jovem de Corinto. Receberam a luz de Cristo. Mas pouco depois também entre eles o egoísmo e a rivalidade, fontes de divisão e discórdia, quebraram a unidade da comunidade, fazendo surgir a divisão do grupo cristão dentro da própria comunidade.....
Também no nosso mundo de hoje, apesar de se dizer cristão, percebe-se claramente a luta entre grupos humanos e classes sociais, provocadas por interesses egoísticos e opressores. Estes são provenientes da luta “surda” e “cega” pelo poder; poder este que é buscado a preço de vidas humanas. Poder econômico, político, cultural e religioso acumulado em detrimento das massas marginalizadas e espoliadas de responsabilidades e bens.
É nesse clima que brilha a luz de Cristo, como um clarão que abre os olhos; e em que ressoa a voz de Cristo sobre a vinda do Reino de Deus, como um brado de libertação e um apelo à conversão e mudança de vida.

Onde brilha a luz de Cristo?

Em primeiro lugar, no arrependimento dos pecados. É por aí que Jesus começa a descerrar as trevas do coração humano, apregoando com insistência: «convertei-vos, porque está perto o Reino dos Céus». De certo modo está a dizer a cada um: «Examina, pois, se a luz que há em ti não é escuridão.

Segundo - Este arrependimento decorre do acolhimento da Palavra, que fazemos particular e intensamente na oração. Quando não vemos claro, quando a noite parece invencível, há que aprofundar o estudo da Palavra de Deus e deixar que ela ilumine a nossa mente e o nosso coração.

Terceiro - Encontramos a luz no seguimento de Jesus. Deixar nossas barcas nossas redes, nossas praias. O encontro pessoal com Cristo ilumina a nossa vida com uma nova luz, orienta-nos pelo bom caminho e leva-nos a ser suas testemunhas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A nossa vida é um "hoje" que não se repetirá

“Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”. A homilia de Francisco foi inspirada na primeira leitura, extraída da Carta aos Hebreus, e se desenvolveu em torno de duas palavras: “hoje” e “coração”.
O hoje do qual fala o Espírito Santo é “a nossa vida”, um hoje “repleto de dias”, mas “depois do qual não haverá um replay, um amanhã”, “um hoje no qual recebemos o amor de Deus”, a promessa de Deus de encontrá-lo”, explicou o Papa, “um hoje” no qual podemos renovar “a nossa aliança com a fidelidade de Deus”.

Porém, há “somente um só hoje na nossa vida” e a tentação é de dizer: “Sim, farei amanhã”. A tentação do amanhã que não haverá”, como o próprio Jesus explica nas parábolas das dez virgens: as cinco tolas não levaram o óleo e as lâmpadas, e quando foram comprar, encontraram a porta fechada. Francisco fez referência também à parábola daquele que bate à porta pedindo ao Senhor: “Comi contigo, estive contigo …”.  “Não te conheço: chegastes tarde …”:
“Eu digo isso não para assustar, mas simplesmente para dizer que a nossa vida é um hoje: hoje ou nunca. Eu penso nisto. O amanhã será o amanhã eterno, sem anoitecer, com o Senhor, para sempre. Se eu sou fiel a este hoje. E a pergunta que lhes faço é esta que faz o Espírito Santo: ‘Como eu vivo este hoje?’”.
A segunda palavra que é repetida na Leitura é “coração”. Com o coração, de fato, “encontramos o Senhor” e muitas vezes Jesus repreende, dizendo: “tardos de coração”, tardos no compreender. Portanto, o convite é para não induzir o coração e a questionar-se se não seja “sem fé” ou “seduzido pelo pecado””:
“No nosso coração se joga o hoje. O nosso coração é aberto ao Senhor? Sempre me impressiona quando encontro uma pessoa idosa – muitas vezes sacerdotes ou freirinhas – que me dizem: ‘Padre, reze pela minha perseverança final’ – ‘Mas viveu bem toda a vida, todos os dias do seu hoje foram no serviço do Senhor, mas tem medo …?’ – ‘Não, não: a minha vida ainda não findou: eu gostaria de vivê-la plenamente, rezar para que o hoje chegue pleno, pleno, com o coração firme na fé, e não destruído pelo pecado, pelos vícios, pela corrupção…”.
Portanto, o Papa exorta a interrogar-nos sobre o nosso “hoje” e sobre o nosso coração. O “hoje” é repleto de dias, mas não se repetirá. Os dias se repetem até quando o Senhor dirá “chega”.
Mas o “hoje” não se repete: é esta a vida. O coração é aberto ao Senhor, não fechado, não endurecido, não sem fé, não perverso, não seduzido pelo pecado. O Senhor encontrou tantas pessoas que tinham o coração fechado: os doutores da Lei, todos os que o perseguiam, que o colocavam à prova para condená-lo... até que conseguiram. Voltemos para as nossas casas somente com estas duas perguntas: como está o meu “hoje”? O ocaso pode ser hoje mesmo, neste mesmo dia ou em tantos outros. Mas, como está o meu “hoje” na presença do Senhor? O meu coração, como está? Está aberto? Está firme na fé? Ele se deixa conduzir pelo amor do Senhor? Com estas duas perguntas peçamos ao Senhor a graça da qual cada um de nós necessita.
 

Papa Francisco

Fonte: Rádio Vaticano
Humildade, o que é?

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Sim, pois, conforme ensina São Tiago em sua epístola, "Deus resiste aos soberbos e dá sua graça aos humildes" (Tg 4, 6). Uma vez que a graça é necessária para salvar-se, concluímos facilmente que a humildade é conditio sine qua non para obter a eterna bem-aventurança.
Mas, o que vem a ser propriamente a humildade? É a virtude que nos leva a reconhecer que a única coisa que possuímos são nossas faltas, e se algo de bom fizemos, foi por iniciativa e inspiração divina: "É Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar" (Fl 2, 13). Ela "nos inclina a coibir o desordenado desejo da própria excelência, dando-nos o conhecimento acertado de nossa pequenez e miséria principalmente em relação a Deus". 2
A humildade nada tem de hipocrisia. Ela é "luz, conhecimento, verdade; não fingimento nem negação das boas qualidades que se recebeu de Deus. Por isso dizia admiravelmente Santa Teresa que a humildade é andar na verdade", 3 aponta o Pe. Royo Marin. Enfim, é a humildade como uma tocha acesa que incessantemente deita seus fulgores sobre as almas, como observa Afonso Maria de Ligório: "os orgulhosos [estão] às escuras, pois mal conhecem o seu nada; a humildade é a luz que dissipa essas horríveis trevas". 4

Quem se humilhar será exaltado

No Evangelho, encontramos narrada a célebre parábola do fariseu e do publicano. Ambos sobem ao Templo para rezar. O fariseu, inflado de orgulho, aproxima-se do altar e começa a dizer: "Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens, ladrões, injustos, e adúlteros; nem como o publicano que está ali" (Lc 18, 11). O publicano, no entanto, permanecendo à distância, batia no peito, nem sequer ousava erguer os olhos aos céus, e depositava a esperança de seu coração em Deus. 5 Bem podemos imaginar que o fariseu, no fundo de sua consciência, injuriava o publicano. Este, porém, reconhecia suas faltas e certamente rezava por aqueles que o perseguiam...

O publicano não estava preocupado com o que diriam a seu respeito, muito pelo contrário: ocultamente batia no peito, pedindo perdão a Deus, consciente de que tinha andado mal. É esta uma das características da humildade, como afirma São Tomás: "A humildade reprime o apetite, para que ele não busque grandezas além da reta razão". 6 E mais adiante: "É próprio, pois, da humildade, como norma e diretriz do apetite, conhecer as próprias deficiências". 7
Nosso Senhor conclui a parábola dizendo que o publicano voltou para sua casa justificado. Ainda que aos olhos dos outros ele continuasse sendo um cobrador de impostos, ladrão e até mesmo corrupto, aos olhos de Deus estava livre de qualquer mancha. Quanto ao fariseu... "Pobre fariseu! Não se dava conta dos males que despencavam sobre ele, pelo fato de procurar a glória onde não existia". 8
Assim, por mais pecador que alguém seja e que tudo pareça estar perdido, olhar para o Céu e reconhecer-se miserável é o grande passo que atrai o beneplácito de Deus, pois "o Senhor ama o seu povo, e dá aos humildes a honra da vitória" (Sl 149, 4).

Por Irmã Ariane da Silva Santos, EP


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1 ROYO MARÍN. Teología de la salvación. Op. cit. p. 115.
2 ROYO MARÍN, Antonio. Teologia de la perfección cristiana. 11. ed. Madrid, BAC, 2006, p. 612: "nos inclina a cohibir el desordenado apetito de la propia excelencia, dándonos el justo conocimiento de nuestra pequeñez y miseria principalmente con relación a Dios". (Tradução da autora)
3 Ibid. p. 613: "La humildad es luz, conocimiento, verdad; no gazmoñería ni negación de las buenas cualidades que se hayan recibido de Dios. Por eso decía admirablemente Santa Teresa que la humildad es andar en verdad". (Tradução da autora)
4 SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO. A selva. Porto: Fonseca, 1928, p. 91.
5 Cf. CLÁ DIAS. João Scognamiglio. O pedido de perdão deve ser nosso frontispício de todas as nossas orações. Homilia. São Paulo, 21 mar. 2009 (Arquivo IFTE).
6 SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. II-II, q. 161,a.1,ad 3.
7 Ibid. a. 2.
8 CLÁ DIAS. Quando é inútil rezar? In: O inédito sobre os Evangelhos. Op. cit. v. VI, p. 429.

Aquele que recorre à Virgem Maria não deve se desesperar

O temor e a esperança nunca devem andar desacompanhados um do outro, pois se o temor não for acompanhado de esperança, não é temor, mas desespero, e a esperança sem temor é presunção.
Todo o vale será preenchido (Lc 3,5): urge, pois, encher de confiança, e ao mesmo tempo de temor de Deus, esses vales de desânimo que se formam quando conhecemos as nossas imperfeições e os pecados cometidos?”.

São Francisco de Sales, como se depois da morte ainda quisesse continuar a guerra que declarara ao desalento, arrancou do próprio demônio uma confissão repleta de estímulo até para as almas mais criminosas: certa vez um jovem de Chablais, que há cinco anos estava possuído pelo espírito maligno, foi levado para junto do túmulo do santo Bispo de Genebra, no tempo em que corria o processo da sua beatificação. Tardou vários dias até esse jovem ver-se curado.
Nesse meio tempo, ele foi submetido pelo bispo Charles Auguste de Sales e pela Madre de Chaugy a vários interrogatórios junto dos restos mortais do Santo. Relata uma testemunha ocular que, numa dessas ocasiões, o demônio gritava com mais furor e confusão, dizendo: “Por que hei de sair?”, e a Madre de Chaugy exclamou com aquela veemência que lhe era peculiar:
“Ó Santa Mãe de Deus, rogai por nós!
Maria, Mãe de Jesus, socorrei-nos!”
Com essas palavras, o espírito infernal redobrou os seus horríveis gritos, bradando:
Maria, Maria! Ah! E eu, que não tenho Maria! Não pronuncieis esse nome, pois que me faz estremecer! Se houvesse uma Maria para mim, como a tendes para vós, eu não seria o que sou. Mas eu não tenho Maria!”. Todos choravam. “Ah! continuou o demônio, se eu tivesse um só instante dos muitos que desperdiçais… Sim, um só instante e uma Maria, eu não seria um demônio… !”.
Pois bem. Nós que vivemos (SI 113,18) temos o momento presente para regressar a Deus e temos Maria para nos obter essa graça.
Quem, pois, há de se desesperar?
Você tem pecado de estimação?
Por causa de prazeres passageiros, sofrem-se grandes tormentos eternos. (S. João da Cruz)
São João da Cruz hoje vem nos alertar não apenas do pecado que cometemos por impulso, mas principalmente do nosso “PECADO DE ESTIMAÇÃO”; ô expressão horrível de se ouvir, e pior ainda, de se falar.
O inimigo conhecendo nossa limitação e fraqueza, disponibiliza algo simples, que se oferece a cada instante, algo que fica a amostra, desde o simples chocolate em excesso até o famigerado adultério destruidor de famílias, e que vai se achegando como quem não quer (querendo), e nós mesmo sabendo que estamos comprometendo a nossa salvação, cedemos.

Como é a presença de Cristo na Hóstia Consagrada

A Igreja chama de transubstanciação a mudança da natureza do pão no corpo de Cristo, e a mudança da natureza do vinho no seu sangue.
O termo transubstanciação, na linguagem teológica, só se tornou corrente a partir do séc. XII, embora a realidade por ele expressa já fosse professada pela Sagrada Escritura e pelas subsequentes gerações cristãs. No séc. XI um concílio regional de Roma (1079), recolhendo os dados da tradição teológica anterior, redigiu a seguinte profissão de fé:
“Intimamente creio e abertamente confesso que o pão e o vinho colocados sobre o altar, mediante o mistério da oração sagrada e as palavras do nosso Redentor, se convertem substancialmente (substantialiter converti) na verdadeira, própria, carne e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; e (…) que, depois da Consagração, há o verdadeiro corpo de Cristo, o qual nasceu da Virgem, foi oferecido para a salvação do mundo, pendurado na cruz e ora está assentado a direita do Pai; há também o verdadeiro sangue de Cristo, que jorrou do seu lado; na propriedade da sua natureza e na realidade da sua substância” (DS 700).

No séc. XIII o Concílio do Latrão IV (1215), retomando a constante doutrina da Igreja, exprimiu-a com a palavra que se achava esboçada pelos textos anteriores: transubstanciação. Os subsequentes Concílios de Constança (1415-1417) e Florença (1438-1444) repetiram, em suas definições, o termo que assim se tornara clássico na teologia.
Santo Agostinho († 430) já dizia a mesma coisa em outras palavras: “O que vedes, caríssimos, na mesa do Senhor, é pão e vinho; mas esse pão e esse vinho, acrescentando-se-lhes a palavra, tornam-se corpo e sangue de Cristo (…). Tira a palavra, e tens pão e vinho; acrescenta a palavra, e já tens outra coisa. E essa outra coisa que é? Corpo e sangue de Cristo.
Tira a palavra, e tens pão e vinho; acrescenta a palavra, e tens um sacramento. A isso tudo vós dizeis: “Amém”. Dizer “Amém” é subscrever Amém; em latim significa: É verdade” (Sermão 6,3).
Quando Lutero pôs em dúvida a presença real e permanente de Cristo na sagrada Hóstia, o Concílio de Trento, em 1551, professou:
“Uma vez que Cristo nosso Redentor disse que aquilo que oferecia sob a espécie de pão era verdadeiramente o seu corpo (Mt 26,26; Mc 14,22; Lc 22,19; 1Cor 11,24), sempre houve, na Igreja de Deus, esta mesma persuasão que agora este Santo Concílio passa a declarar: pela consagração do pão e do vinho efetua-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue. Esta conversão foi com muito acerto e propriedade chamada pela Igreja Católica transubstanciação” (DS 1642; cf. DS 165).
O corpo de Cristo pode simultaneamente estar presente em diversas hóstias consagradas e em vários lugares, pois Jesus não está presente na Eucaristia pela localização no espaço; mas pela presença do pão.
A mesma presença do Cristo eucarístico se multiplica, com as muitas Hóstias consagradas, sem que o corpo de Cristo se multiplique. Não há bilocação nem multilocação do corpo de Cristo, porque simplesmente não há locação do mesmo, mas apenas locação e multilocação do pão consagrado.
O corpo de Cristo não se parte nem se divide quando se divide a sagrada Hóstia; quando o pão consagrado é partido, só se parte a quantidade do pão, não o corpo de Jesus. Assim, muitas Hóstias e muitos fragmentos de Hóstia não constituem muitos Cristos, o que seria absurdo, mas muitas “presenças” de um só e mesmo Cristo. Uma comparação se pode fazer com os espelhos. A multiplicação deles não multiplica o objeto original, mas multiplica a presença desse objeto. Quando você olha para um espelho, nele você vê uma imagem do seu rosto inteiro; se quebrá-lo em duas ou mais partes, a sua imagem não se quebrará com o espelho, mas continuará uma imagem inteira em cada pedaço.
Outra comparação é a de uma música ouvida por muitos ouvintes; isto não multiplica a música, mas apenas a presença da mesma (Dom Estêvão Bettencourt).
Quando o pão eucarístico se deteriora por efeito do tempo, dos sucos digestivos ou de um agente corruptor, o que se estraga são apenas os acidentes do pão (quantidade, cor, figura…); então, o corpo de Cristo deixa de estar presente sob os véus eucarísticos desde que estes sejam alterados. Cristo claramente quis que a sua presença eucarística fosse garantida pelas espécies, ou as aparências, de pão e vinho, não as de algum outro corpo.
É importante notar que para o físico, a substância de um corpo é algo material, que ele pode medir e pesar, mas para o filósofo ou o teólogo, a substância das coisas materiais é uma entidade muito real, mas só perceptível pela inteligência. O que para o físico é substância, para o filósofo é aparência, ou acidente. Assim, na Eucaristia, há mudança de substância ou essência do pão e do vinho, mas as aparências acidentais permanecem as mesmas.
Explicando melhor: em todo ser há um conjunto de coisas que podem mudar, como o tamanho, a cor, o peso, o sabor, etc., e um substrato-permanente que, conservando-se sempre o mesmo, caracteriza o ser, que não muda. Esse substrato é chamado substância, essência ou natureza do ser. Em qualquer pedaço de pão, há coisas mutáveis: a cor, tamanho, gosto, o sabor, a posição, sem que a substância que as sustenta mude; esta substância ninguém vê; mas é uma realidade. Assim, há homens de cores diferentes, feições diferentes, etc.; mas todos possuem uma mesma substância: uma alma humana imortal, que se nota pelas suas faculdades que os animais não têm: inteligência, liberdade, vontade, consciência, psiquê, etc.
Quando as palavras da Consagração são pronunciadas sobre o pão, a substância (essência, natureza) deste se muda ou se converte totalmente em substância do corpo humano de Jesus (donde o nome “transubstanciação”), ficando, porém, os acidentes externos (aparências) do pão (gosto, cor, cheiro, sabor, tamanho, etc.); sendo assim, sem mudar de aparência, o pão consagrado já não é pão, mas é substancialmente o corpo de Cristo.
Evidentemente Cristo manteve as aparências do pão, a fim de que pudéssemos recebê-lo como alimento. O mesmo se dá com o vinho; ao serem pronunciadas sobre ele as palavras da Consagração; sua substância se converte na do sangue do Senhor, pelo poder da intervenção da Onipotência divina. As palavras do sacerdote já não são mais dele, mas de Cristo mesmo que, pelo sacramento da Ordem, age por meio dele.
A fé católica, no Concílio de Trento, rejeitou a doutrina de Lutero, que admitia a “empanação” de Cristo: isto é, permaneceriam a substância do pão e a do vinho junto com a do corpo e a do sangue de Cristo; o pão continuaria a ser realmente pão (e não apenas segundo as aparências), o vinho continuaria a ser realmente vinho (e não apenas segundo as aparências), de tal sorte que o corpo de Cristo estaria como que “revestido” de pão e vinho.
Assim como na criação acontece o surgimento de todo o ser, também na Eucaristia há a conversão de todo o ser. Esta “conversão de todo o ser” é “conversão de toda a substância” ou “transubstanciação”.
Assim como só Deus pode criar (tirar um ser do nada), só Deus pode “transubstanciar”, ambas as atividades supõem um poder infinito que só Deus tem.
O Papa Paulo VI, na encíclica “Mysterium Fidei”, em 1965, disse:
“Todavia, para que ninguém entenda mal este modo de presença que supera as leis da natureza (…) é necessário escutar com docilidade a voz da Igreja docente e orante. Esta voz, que repete continuamente a voz de Cristo, ensina-nos que neste Sacramento Cristo se torna presente pela conversão de toda a substância do pão no seu Corpo e de toda a substância do vinho no seu Sangue; conversão admirável e sem paralelo, que a Igreja Católica chama, com razão e propriedade, ‘transubstanciação’ (Cf. Conc.Trid., Decr. De Ss. Euchar., cân. 4 e cân. 2). Depois da transubstanciação as espécies do pão e do vinho tomam nova significação e nova finalidade, deixando de pertencer a um pão usual e a uma bebida usual, para se tornarem sinal de coisa sagrada e sinal de alimento espiritual; mas só adquirem nova significação e nova finalidade por conterem nova ‘realidade’, a que chamamos com razão ‘ontológica’. Com efeito, sob as ditas espécies já não há o que havia anteriormente, mas outra coisa completamente diversa: isto não só porque assim julga a fé da Igreja, mas porque é uma realidade objetiva, pois, convertida a substância ou natureza do pão e do vinho, no Corpo e no Sangue de Cristo, nada fica do pão e do vinho, além das espécies; debaixo destas, está Cristo completo, presente na sua ‘realidade’ física, mesmo corporalmente, se bem que não do mesmo modo como os corpos se encontram presentes localmente” (MF 47).
Prestamos uma grande honra a uma pessoa quando cremos em sua palavra, suspeitá-la de mentira é uma grande injúria.
Quem confia na palavra do amigo não lhe pede provas e garantias. Se cremos na palavra dos nossos pais, irmãos e amigos, por que não crer na Palavra de Jesus: “Isto é o meu corpo”, “Isto é o meu sangue?”.
Crer em Jesus na Eucaristia é honrar a sua Pessoa divina, é respeitar o mistério que o envolve, e nosso mérito é grande e alegra o coração do Senhor. Crer “contra o que nos dizem os sentidos”, apoiando-se unicamente na Palavra do Mestre, é dar-lhe grande glória.
Crer que neste Sacramento estão presentes o Corpo e o Sangue de Cristo, “não é coisa que se possa descobrir com os sentidos, diz Santo Tomás, mas só com a fé, baseada na autoridade de Deus”. Por isso, comentando a passagem de São Lucas, 22,19: “Isto é o meu corpo que será entregue por vós”, diz São Cirilo: “Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, mas aceita com fé as palavras do Salvador; sendo Ele a Verdade, não mente” (Summa Theol. III, q. 75, a. I.).
Prof. Felipe Aquino