sexta-feira, 23 de julho de 2010

Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões



Tomemos este texto abaixo do Apóstolo São Paulo e vamos meditar rezar com a nossa vida :

Gl 5, 18-25


O homem "carnal" procura muitas vezes seguranças nas pequeninas prescrições de uma moral de preceitos um tanto cômoda, e não quer incógnitas no caminho.
Quisera tudo claro, tudo previsto, planificado, calculado.
Ao contrário, Deus chama através de acontecimentos imprevisíveis, pede-nos uma obediência que crucifica os próprios desejos.
A verdadeira liberdade custa. O "sinal" da cruz é selo de autêntica participação na liberdade de Cristo.

É preciso sempre estarmos abertos as surpresas que transtornam nossos planos e derrubam nossos sonhos mas dão rumo totalmente diverso aos nossos dias e quem sabe à toda nossa vida. Não há acaso.Tudo é providência até aquilo que nos é retirado ou somos poupados.
Devemos dar liberdade ao pai para que Ele mesmo conduza a trama dos nossos dias.

É preciso nos deixar sempre ser conduzidos pelo Espírito, e o homem carnal não aceita as coisas espirituais e se alimenta da natureza. Mas o homem sobrenatural alimenta-se somente do que vem do Espírito .
Deus é santo. Está para além do mundo e da história, separado do mundo, incompreensível com o mundo, incompreensível ao mundo. Interessa-se, porém, pelos homens, pelas relações dos homens entre si, suas relações comunitárias.
E por ser santo, comunica-se ao homem por amor, por ele se interessa para arrancá-lo de sua incapacidade, libertá-lo da escravidão de si mesmo e das coisas, levá-lo à sua "santidade".

A lei que Deus dá aos homens não é imposição caprichosa, é o dom de um Deus que quer os homens semelhantes a ele, participantes de sua santidade. Pelo fato de os cristãos haverem sido "santificados" pelo batismo não se há de crer que não possa mais haver algum conflito entre eles, nem nos deve escandalizar a verificação da presença de contestações e de males na Igreja.

O fato de serem crentes, membros da mesma Igreja, não suprime as contradições humanas, não elimina os contrastes, não resolve as contestações.
A Igreja, contudo, ajuda a viver as contradições no amor; reúne à mesma mesa pessoas divididas pelas idéias, ensina a recorrer à penitência quando não se é capaz de controlar os próprios sentimentos.


Com minha pobre benção.
Pe. Emílio Carlos +

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