A contemplação eucarística nem é estéril nem inativa.
O homem reflete em si, por vezes mesmo fisicamente, aquilo que contempla.
Não podemos estar muito tempo expostos ao sol, que os sinais aparecem logo no rosto. Permanecendo por largo tempo e com fé, não necessariamente com fervor sensível, perante o Santíssimo Sacramento, nós assimilamos os pensamentos e os sentimentos de Cristo, não por via discursiva mas intuitiva; Por outras palavras, é o que diz o apóstolo São Paulo: «Nós que, com a face descoberta, refletimos como num espelho a glória do Senhor, somos transfigurados nessa mesma imagem, cada vez mais resplandecente pela ação do Senhor, que é Espírito» (2 Cor 3, 18).
É também verdadeira, mesmo em sentido cristão, a intuição do filósofo Plotino: «Cada ser é aquilo que contempla».
A contemplação Eucarística “Cura”
A contemplação eucarística tem também um extraordinário poder de cura. No deserto, Deus ordenou a Moisés que levantasse sobre um poste uma serpente de bronze, e aqueles que eram mordidos pelas serpentes venenosas, se olhavam para a serpente, eram curados (Cfr. Nm 21,4-9).
Jesus aplicou a Si mesmo o símbolo misterioso da serpente de bronze (Jo 3,14).
O que então devemos fazer quando formos atingidos pelas mordeduras do orgulho, da sensualidade e de todas as outras doenças da alma não é perder-se em considerações vãs ou em procurar desculpas, mas correr para a presença do Santíssimo, olhar para a Hóstia consagrada e fazer com que a cura passe por onde passou o pecado: os nossos olhos.
A contemplação Eucarística “é Amor”
«Tu amas-me?» (Jo 21,15-17). «Ao interrogar Pedro - escreve Santo Agostinho - Cristo interrogava cada um de nós».
Se acreditamos que o Jesus que recebemos é o Jesus ressuscitado, vivo, realmente presente como estava diante de Pilatos, não será difícil reviver intensamente esse momento e dizermos também nós com a humildade do apóstolo: «Senhor, Tu conheces tudo e sabes que Te amo».
Com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
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