segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Grilhões invisíveis



Quando pensamos que já vimos tudo de ruim, vindo dos seres humanos, somos surpreendidos por uma nova forma de iniquidade.

Seja ela contra a vida, contra os cofres públicos, contra a integridade humana...

Não raras as vezes, dizemos ou ouvimos alguém dizer: "Ah! Mas cada um é produto do meio."

Será que eu devo acreditar mesmo nessa frase pronta, de efeito?

Será verdade que o meio social é determinante na formação moral e do caráter de um indivíduo?

Será verdade que as possíveis experiências negativas da infância, adolescência ou até mesmo da fase adulta têm o poder supremo de reger a conduta de um cidadão?

Talvez... Mas e o livre arbítrio? E as evoluções espirituais e pessoais, ficam onde nessa história?

Mencionar o passado não seria a forma mais prática de esconder-se no lodo da imoralidade?

Não seria uma forma de esquivar-se das consequências dos atos errôneos cometidos ou de justificar o passo dado em falso?

A corrupção de toda espécie, a crueldade, a intolerância, a inveja, a ganância são mesmo inerentes ao ser humano?

Ou são lavas de alguma maldição?

Se fomos criados à imagem e semelhança de Deus, como relatam as escrituras sagradas, então por que somos capazes de cometer tantas maldades, desrespeito e atitudes nada altruístas?

Por que somos tão pecadores, até mesmo em pensamentos?

Nada fácil de entender. Aí lembro que o Santo Agostinho, de uma forma bem simples, em apenas duas linhas, foi capaz de dar resposta a tantos questionamentos:
Quem é bom, é livre, ainda que seja escravo,
Quem é mau é escravo, ainda que seja livre.

(Santo Agostinho)

com minha benção
Pe Emílio Carlos+

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