quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

João, filho da Virgem (III)


João acreditava amar o seu Mestre, e assim, pressentia o que um olhar contemplativo, o que uma alma infinitamente pura e dedicada, o que um sacrifício totalmente unido ao de Jesus Cristo poderiam produzir no domínio do conhecimento e do amor.

João descobria que Maria, mais do que o Precursor, levava em si toda a tradição e todas as esperanças de Israel.

Ela representava a ponta do nó misterioso que ligava a Antiga à Nova Aliança.

Ela era a Escritura viva, escrita, não com palavras, mas com as letras da carne e do sangue.

Ela era a fé que jamais se extingue, jamais enfraquece, a esperança indefectível, indestrutível, o amor que se torna um, uno, com o Amor.

Era ela a esposa do Espírito, era a sua oração, a sua inspiração viva, aqui neste mundo.


P. Paul Marie de la Croix, O.C.D.
O Evangelho de João e seu testemunho espiritual
Desclée de Brouwer

Nenhum comentário:

Postar um comentário