quarta-feira, 13 de abril de 2011

À espera do Senhor.


Lc 12, 35-38

A longa espera da segunda vinda do Senhor pode levar o discípulo a esmorecer e a desanimar. Quanto maior a incerteza do dia e da hora, tanto maior a tentação de debandar para o pecado, a idolatria e a impiedade. Perseverar na espera é prova de fidelidade.

Jesus se serve de duas imagens para ilustrar o estado de constante vigilância do discípulo. A primeira é estar com os "rins cingidos com o cinto." Alusão à veste comprida usada pelos orientais, arregaçada e amarrada na cintura, por meio de uma faixa, enquanto se trabalhava ou viajava, para não lhes impedir os movimentos. A segunda é estar com as lâmpadas acesas, sugerindo que a vinda inesperada pode dar-se a qualquer momento, inclusive à noite.

Em termos concretos, a vigilância expressa-se na prática incessante da misericórdia e da justiça.

O discípulo é incansável no amor.

Sua opção mantém-se inalterada, mesmo desconhecendo o dia e a hora do encontro com o Senhor. Esta demora é irrelevante. Antes, quanto mais o Senhor tarda a chegar, tanto mais terá tempo para fazer o bem. A demora, neste caso, é vista pelo prisma positivo: a possibilidade de manifestar sua capacidade de amar, e não pelo prisma negativo, como se tivesse sido vítima do descaso e do abandono do Senhor.

Perseverar no amor é uma autêntica bem-aventurança.

Só os verdadeiros discípulos são capazes disso.


Com minha pobre benção.

Pe. Emílio Carlos +

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