quinta-feira, 26 de maio de 2011

«Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens».

Lc 12, 13-21


Cristo vem mais uma vez chamar a atenção para este aspecto: a importância que tantas vezes damos aos bens, riquezas, que possuímos e que deixamos que nos possuam. Levados pelo brilho das coisas, deixamo-nos fascinar pelo acomular de riquezas, centrando quase toda a nossa vida nisso. E o Senhor vem precisamente chamar-nos a atenção: «Para quem é tudo isso?»
Para proveito próprio? Para destaque na sociedade? Para uma vida repleta (de nada)? Cheios de tudo, mas repletos de nada. Porque no final as riquezas que acumulamos em bens ou contas bancárias recheadas de nada valem perante o Senhor! «Vaidade das vaidades, tudo é vaidade» (Eclesiastes 1, 2). Deus chama-nos a atenção para não nos deixarmos cair no vazio, no vácuo (origem latina da palavra vaidade: "vanita", vazio absoluto). Para que numa vida nova nos deixemos cativar pelas coisas do Alto e não pelas da terra: tornando-nos ricos aos olhos de Deus, no amor ao próximo e a toda a Criação onde Ele se revela. E Deus que nos ama nos dará, na sua providência, o pão de cada dia.
Com Francisco e Clara de Assis que o Senhor nos ajude neste caminho de descoberta do essencial da vida, uma vida em Cristo.

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade,
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor nosso Deus.
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.
(do Salmo 89(90))

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