quarta-feira, 23 de novembro de 2011




«Tereis ocasião de dar testemunho»

S. Lucas 21,12-19.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome.

Assim, tereis ocasião de dar testemunho.

Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa, porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários.
Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós e sereis odiados por todos, por causa do meu nome.

Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.

Pela vossa constância é que sereis salvos.»

«Tereis ocasião de dar testemunho»

Todos quantos se vêem oprimidos pela pobreza, pela fraqueza, pela doença ou tribulações várias, e os que sofrem perseguição por amor da justiça, saibam que estão unidos de modo especial a Cristo, nos Seus sofrimentos pela salvação do mundo; o Senhor, no Evangelho, proclamou-os bem-aventurados e «o Deus [...] de toda a graça, que nos chamou à Sua eterna glória em Cristo Jesus, depois de sofrerem um pouco, os há-de restabelecer, confirmar e consolidar» (1 Ped 5,10). [...]

Como Jesus, Filho de Deus, manifestou o Seu amor dando a vida por nós, assim ninguém dá maior prova de amor do que aquele que oferece a própria vida por Ele e pelos seus irmãos (cf 1 Jo 3,16; Jo 15,13). Desde os primeiros tempos, e sempre assim continuará a suceder, alguns cristãos foram chamados a dar este máximo testemunho de amor diante de todos, e especialmente perante os perseguidores. Por esta razão, o martírio, pelo qual o discípulo se torna semelhante ao mestre, que livremente aceitou a morte para salvação do mundo, e a Ele se conforma no derramamento do sangue, é considerado pela Igreja como um dom insigne e prova suprema de amor. E, embora seja concedido a poucos, todos porém devem estar dispostos a confessar a Cristo diante dos homens e a segui-l'O no caminho da cruz, no meio das perseguições, que nunca faltarão à Igreja.

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja, «Lumen gentium», §§ 41-42

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