quarta-feira, 21 de março de 2012

Os Santos e a autêntica caridade cristã

1) S. Pedro Nolasco, filho de uma nobre família da Provença, era devotíssimo de Nossa Senhora. Em conseqüência de uma visão que tiveram São Pedro Nolasco, São Raimundo e o rei Jaime I, os três fundaram uma Ordem (a de Nossa Senhora das Mercês) para remir os cristãos cativos dos mouros. Os religiosos comprometer-se-iam, se necessário fosse, a resgatar os cristãos à custa da própria liberdade.

S. Pedro foi o primeiro a dar exemplo. Vendeu tudo quanto possuía, viveu paupérrimo, como bom religioso, e certa vez, que pregava na África, ficou como refém para libertar alguns cativos. Sofreu inúmeros e indizíveis martírios dos mouros naquelas terras dos bárbaros.

Recuperou, por fim, a liberdade, vindo a falecer aos 60 anos de idade, numa noite de Natal.

Seu corpo exalava um suave odor que encheu todo o convento, e seu rosto apresentava um resplendor celeste: eram o odor e o resplendor da santidade.

2) S. Pedro Claver foi, como todos os santos, um perfeito imitador de Jesus Cristo. Não se dedicou, como S. Pedro Nolasco, a remir os cativos, mas passou toda a sua vida no meio de escravos negros. Nascido em Vera, perto da cidade de Lérida, fez sua carreira eclesiástica em Barcelona. Aos 21 anos entrou na Companhia de Jesus, e logo embarcou para a América, onde ficava aguardando a chegada dos navios carregados de escravos negros. Explicava a eles a doutrina católica, curava os enfermos e purgava-lhes as chagas, chegando a beijá-las por mortificação e amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Conseguiu desta forma converter a muitos milhares de escravos. Mostravam-lhe gratos todos aqueles que, por seu ministério, se viam livres das enfermidades do corpo e da ignorância religiosa!

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COMENTÁRIO: É impressionante o movimento da graça nas almas. Ela torna o “homem quase anjo”, como diz a Escritura. Quando ele corresponde à graça, dá exemplos tanto para admirar como para seguir. Torna-se mais do Céu do que da terra. Este exemplo de São Pedro Claver é muito expressivo. Era assim que os ministros de Deus entendiam e praticavam o verdadeiro amor ao próximo, e não por meio de demagogia e incentivo à luta de classes, como alguns que falam sumariamente contra a riqueza, sem explicar que o mau está, antes de tudo, é no apego aos bens terrenos.

Fonte: “Tesouro de Exemplos” – P. Francisco Alves, C. SS. R.

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