"De noite, mesmo de noite, iremos buscar a fonte. Só nossa sede nos guia."
Há alguns momentos na vida em que bate uma saudade danada de não sei o
quê... Talvez já tenhamos todos passado por momentos assim. Uma sede que
parece do tamanho do infinito nos invade e toma de assalto nossas almas
de maneira a encher nossos corações de uma certa vacuidade.
E com essa saudade do infinito parece que várias outras saudades de
coisas sensíveis, pessoas, situações vêm juntas. É quando parece
acontecer de perceber o tamanho de nosso exílio e de nossa solidão. Mas
esse abismo também pode fazer perceber várias e grandiosas dimensões de
nossas almas ainda não percebidas, ao menos até aqui.
Nessa hora, nossas carências podem falar alto, deparamo-nos com nossas
contradições interiores, com nossas relações quebradiças com o outro,
conosco mesmos, com a vida, com o mundo, com Deus...
E no aparente vazio da existência, a tentação de fugir dele (ou daquilo
que eventualmente o expõe) não é rara. E é muito comum se observar isso
nas compensações tão comuns que trazemos nessas horas. Por exemplo,
diversas compulsões como comer, beber, viajar, ter relações sexuais e
comprar, que, em si, nada trazem de mal, muito pelo contrário, acabam
sendo escapes de como tentar preencher esse vazio. Pode ser que essas
coisas evitem de nos fazer chorar, de nos inquietar..., pelo menos por
algum tempo.
Mas esse vazio é do tamanho do infinito.
"Almas Esposas é o que desejemos ser e não apenas Almas companheiras"...
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