Estar pronto a dar a vida por cada próximo.
“Dar a vida”...a expressão nos remete à idéia de “doar fisicamente a vida por uma causa, por alguém”, mas o que nos é pedido - nos tempos atuais - com este “dar a vida”?
A melhor palavra para exprimir é “interessar-se”, dar a vida é simplesmente “interessar-se”, é o “fazer-se um”, o “colocar-se no lugar do outro” e concretamente fazer a ele o que, na mesma situação gostaríamos de receber.
O primeiro passo - o “interessar-se” - já
está tão distante do coração, do agir de tantos de nós. O
individualismo, o ter, o medo de perder, seja bens materiais , seja
tempo – têm sido tão mais forte que deixamos de nos “interessar”.
Mas cada momento é momento de recomeçar.
Recomeçaremos sempre...aprenderemos sempre, pois Deus é amor e sempre
há de nos “formar”, nos chamar a atenção para voltar à essência, nos
ensinar e nos impelir a - muitas vezes - nadar contra a corrente.
Lembremo-nos de trechos de um escrito de Chira Lubich de 1950, em plena segunda guerra mundial: "Interessa-te pelos mais infelizes, pelos que sofrem por tantas razões, pelos órfãos , pelos abandonados, pelos
desempregados, pelos presos, sem dares trégua à tua luta. (...) Se
alguém tem fome, dá-lhe de comer, e se está nu, de vestir. (...) Carregado
de bens e de coisas, de tempo, amor, sorrisos, passa pelas ruas, sobe
aos cortiços, desce aos porões, vai em busca de Jesus nos
lugares públicos e privados, nas rodoviárias, nas estações de trem, nos
submundos, e acaricia-o sobretudo com o teu sorriso. (....)
Não deixes ninguém só (...).
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