Solenidade Mãe de Deus
S. Lucas 2,16-21.
Naquele
tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente e encontraram Maria, José e o
menino deitado na manjedoura.
Depois de terem visto, começaram a
divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino.
Todos os que
ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores.
Quanto a Maria,
conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração.
E os
pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto
e ouvido, conforme lhes fora anunciado.
Quando se completaram os oito
dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo
anjo antes de ter sido concebido no seio materno.
Comentário :
«De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as
gerações»
Nós te saudamos Maria, Mãe de Deus, tesouro escondido de todo o universo,
astro sem declínio, coroa da virgindade, ceptro da fé ortodoxa, templo
indestrutível, morada do incomensurável, Mãe e Virgem, por quem é chamado
«bendito», nos santos evangelhos, «Aquele que vem em nome do Senhor» (Mt,9; Sl
117,26).
Saudamos-te, a ti que levaste no teu seio virginal Aquele que os céus não podem conter. Graças a ti, a Trindade é glorificada e adorada em toda a terra; graças a ti, o céu exulta, os anjos e os arcanjos se alegram, os demónios são afugentados, o tentador caiu do céu, os homens decaídos são elevados ao céu. Graças a ti, o mundo inteiro, cativo da idolatria, chegou ao conhecimento da verdade, o santo Batismo é dado, com o «óleo da alegria» (Sl 45,8), àqueles que acreditam, foram fundadas igrejas em todos o mundo, as nações pagãs foram levadas à conversão.
E que mais poderei dizer? Foi graças a ti que a luz do Filho único de Deus brilhou para «aqueles que viviam nas trevas e nas sombras da morte» (Lc 1,79; Is 42,7). [...] Quem poderá celebrar dignamente os louvores a Maria? Ela é ao mesmo tempo mãe e virgem. Que maravilha! Quem jamais vez ouviu dizer que o construtor pudesse ser impedido de morar no templo que ele mesmo construiu? Quem ousaria criticar Aquele que dá à Sua serva (cf. LC 1,48) o título de mãe? Eis que assim o mundo inteiro se alegra. [...] Que nos seja permitido, isto é, à santa Igreja, venerar e honrar a Trindade indivisa cantando louvores a Maria sempre Virgem e ao seu Filho e seu Esposo imaculado.
Homilia proferida no Concílio de Éfeso, em 431
Atribuída a São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e doutor da Igreja
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