Maria, nossa Mãe
Maria Santíssima é verdadeiramente nossa Mãe.
Dá-nos a vida, protege-a e a defende.
Seu
papel maternal consiste especialmente em fazer nascer Nosso Senhor
Jesus Cristo em nós. Porém não pode dá-Lo a quem não está preparado, mas
Ela mesma se encarrega de fazer essa preparação.
A entrega do Menino Jesus, que frequentemente Ela faz
aos Santos, não é mais do que um símbolo desta real doação espiritual. A
não ser assim, para que haveria de servir esse gesto, por mais doce que
fosse, se se consistisse num gesto puramente exterior?
Devemos considerar a Santíssima Virgem como a Mãe de
cada um de nós em particular. Falai-lhe como a uma pessoa viva. Nesse
grau de intimidade pode haver incontáveis matizes como os que nos
dirigimos aos Santos. Podemos pertencer-lhe a diversos títulos.
Maria Santíssima é vossa Mãe. Fazei todas as vossas
ações por sua graça, em sua amável companhia e sob sua doce influência.
Pensai nEla logo no começo e renunciai a vossas maneira de ver e de
querer para adotar as dela.
Intentai-o. Perseverai. Pedi-lhe que os entregue a Nosso Senhor Jesus Cristo e que dê a Ele as vossas almas.
É uma prática excelente oferecer os sentimentos
interiores a Nosso Senhor e à Santíssima Virgem sem especificá-los,
posto que não os conhecemos.
Nos momentos de cansaço, repousai sensivelmente
junto à vossa Mãe Celestial. Vivei sob o olhar do Divino Mestre e de sua
Santíssima Mãe.
Tende confiança no seu afeto por Eles; habitue-se a comunicá-lo a Eles com frequência.
É mister que nosso coração, que necessita ser forte,
permaneça sendo doce. Sejais ao mesmo tempo doces e fortes: não se pode
quantificar matematicamente força e doçura, ternura e firmeza. Isso
constitui toda uma arte. A Santíssima Virgem a possuía!
Ela sabia que o amor se prova pelo sacrifício, pelas
obras, e que a melhor prova de amor que podemos dar a Deus e às almas é a
nossa própria imolação.
Podemos obter tudo
desenvolvendo nossa devoção à Maria Santíssima. Que modelo formoso e que
bela Mãe! Não se sentiu submissa a nada neste mundo. Esteve totalmente
em Jesus e por Jesus, a quem dedicou suas virtudes e sua vida.
E esta vida foi totalmente escondida em Deus. Ela não
visou nada mais que Ele, não quis nada mais senão a Ele. Sua alma o
aspirava e o respirava a cada instante. No fundo, não constituía nada
mais do que um só ser com Ele. “Qui adhaeret Domino, unus spiritus
est.” Deus vivia nEla. Ela vivía nEle. Tudo isso foi verdade. Mas tudo
isso esteve oculto…
Traduzido (do espanhol) do blog A Grande Guerra
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