sábado, 19 de janeiro de 2013



 “E o vinho vindo a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.”
(Jo 2, 3)

 
A mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.

O coração de Maria é um grande tesouro, seus lábios são o canal deste grande tesouro, para que possamos ver alguma coisa. 
Estes lábios, cheios de mel, de ouro e de pedras preciosas, não se abrem frequentemente; eis porque torna-se necessário abrirmos nossa alma e nosso coração para receber avidamente cada uma de suas palavras, e considerá-las com atenção.

Neste momento, Maria roga a seu filho. Ela pede como mãe. Devemos ter muito cuidado com isto: desde que Maria disse: Ecce Ancilla Domini (Eis a serva do Senhor), ela não reza como uma serva, mas como simples Mãe: Devemos contemplar os olhos de Maria, quando, com toda modéstia, observa seu filho bem-amado para lhe fazer este pedido; devemos considerar o seu coração e os sentimentos que nele florescem.

Maria deseja duas coisas: que a glória de seu filho seja manifestada nesta circunstância, e o que for melhor para o bem-estar e o conforto dos convivas. Dois desejos ou dois anseios dignos do amor perfeito do coração de Maria.

A segunda coisa que devemos observar: a vida de Maria é uma vida de silêncio, todas as maravilhas do seu incompreensível amor estavam contidas no interior do seu coração. Quando devia falar, ela se expressava com o mínimo possível de palavras; mesmo com seu filho, ela só se manifestava no silêncio.

Maria nos ensina, em três palavras, uma admirável forma de rezar: ela mostra, apenas, o que é imprescindível e, em seu coração e em seus olhos, Nosso Senhor percebeu claramente o seu desejo. Esta é uma forma perfeita de orar, de abrir as feridas do coração, diante de nosso dulcíssimo Mestre e, em seguida, repousar nossa alma nele e nos abandonar em seu perfeito amor e grande misericórdia e, assim, esperar, num estado de contemplação do amor, o efeito de sua ternura por nós.             

Francisco Libermann

Nenhum comentário:

Postar um comentário