José, esposo de Maria
A doutrina segundo a qual São
José, após Maria esteve e está cada vez mais unido a Nosso Senhor, do que
qualquer outro santo, tende a se tornar uma doutrina habitualmente recebida na
Igreja. Esta não teme declarar o humilde carpinteiro superior, ,em graça e em
bem-aventurança, aos patriarcas, a Moisés, o maior dos profetas, a São João
Batista e, igualmente, aos Apóstolos, a São Pedro, a São João, e a São Paulo e
claramente superior em santidade aos grandes mártires e aos maiores doutores da
Igreja.
Leão XIII, na Encíclica Quanquam
pluries, escreveu: "É certo que a dignidade da Mãe de Deus é tão elevada
que nada pode ser criado acima dela. Mas, como José esteve unido à
bem-aventurada Virgem pelo elo conjugal, não há dúvida de que ele tenha se
aproximado, mais do que ninguém, desta dignidade sobre-eminente, pela qual a
Mãe de Deus ultrapassa, em altíssimo grau, todas as outras criaturas. A união
conjugal é de fato a maior de todas; em razão de sua própria natureza, ela vem
acompanhada pela comunicação mútua dos dons de ambos os cônjuges.
Se, então, Deus deu a Santíssima
Virgem José, como esposo, certamente não o deu, apenas como apoio na vida, como
um testemunho de sua virgindade, guardião de sua honra, mas Ele o fez
participar, ao mesmo tempo, através do laço matrimonial, da eminente dignidade
que ela havia recebido.
Padre Reginald Garrigou-Lagrange
(1877 - 1964)
em A preeminência de São José,
acima de qualquer outro santo.
A Vida Espiritual, T.19, p.
662-683
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