terça-feira, 19 de março de 2013



José, esposo de Maria

A doutrina segundo a qual São José, após Maria esteve e está cada vez mais unido a Nosso Senhor, do que qualquer outro santo, tende a se tornar uma doutrina habitualmente recebida na Igreja. Esta não teme declarar o humilde carpinteiro superior, ,em graça e em bem-aventurança, aos patriarcas, a Moisés, o maior dos profetas, a São João Batista e, igualmente, aos Apóstolos, a São Pedro, a São João, e a São Paulo e claramente superior em santidade aos grandes mártires e aos maiores doutores da Igreja.

Leão XIII, na Encíclica Quanquam pluries, escreveu: "É certo que a dignidade da Mãe de Deus é tão elevada que nada pode ser criado acima dela. Mas, como José esteve unido à bem-aventurada Virgem pelo elo conjugal, não há dúvida de que ele tenha se aproximado, mais do que ninguém, desta dignidade sobre-eminente, pela qual a Mãe de Deus ultrapassa, em altíssimo grau, todas as outras criaturas. A união conjugal é de fato a maior de todas; em razão de sua própria natureza, ela vem acompanhada pela comunicação mútua dos dons de ambos os cônjuges.

Se, então, Deus deu a Santíssima Virgem José, como esposo, certamente não o deu, apenas como apoio na vida, como um testemunho de sua virgindade, guardião de sua honra, mas Ele o fez participar, ao mesmo tempo, através do laço matrimonial, da eminente dignidade que ela havia recebido.

Padre Reginald Garrigou-Lagrange (1877 - 1964)
em A preeminência de São José, acima de qualquer outro santo.
A Vida Espiritual, T.19, p. 662-683

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