terça-feira, 16 de abril de 2013

Os discípulos de Emaús reconheceram que seu melhor amigo estava vivo quando, sentados à mesa, Ele partiu o pão e deu-se a conhecer (Lc 24,30)
Seus olhos se abriram, seu coração se abrasava cada vez mais. 
A verdade estava estabelecida. 
Seu amigo não tinha ido embora. 
Estava ali com eles. Mas para experimentar a ressurreição e a presença real do seu melhor amigo, eles necessitaram de um sinal: foi o partir do pão. 
Quantas vezes esse amigo fez o gesto na presença deles: o pão recebido das mãos d'Ele. 

Daquele que despertava sentido em suas vidas. Que ensinava como viver. Que sabia acolher nos momentos de dificuldade, que vivia intensamente as alegrias que a vida proporcionava. 
Amigo é justamente isso: vive a vida para amar, para ser sinal e gesto concreto de amor.

Redescobriram o caminho e seus passos aceleraram para andar e anunciar que seu amigo vive eternamente. 
Sem ocultar a felicidade, se põem a caminho. 
Quando a amizade é certa, não há fronteiras para anunciar que amar vale a pena. 
Os amigos do melhor amigo, ao experimentar, no sinal do pão repartido, a presença real do amado, redescobriram a vontade de viver, de proclamar o amor. 
Tudo o que for realizado será para celebrar e manter viva a presença daquele que nunca nos deixou.

Ao perder um amigo vamos descobrir nos sinais, que este amigo realizava sua presença real em nosso coração. 
A alegria de ser jovem, a beleza da música que nele residia e que encanta e nos faz sonhar, os projetos ousados, a simplicidade das conversas que faziam o dia ficar mais interessante e tantos outros sinais que cada amigo experimentou na companhia desse que foi embora mas que, na verdade, nunca nos deixará.
E como os discípulos de Emaús, vamos transformar a saudade dolorida em gestos concretos de amor, para manter viva a presença daquele que afirmamos ser o nosso melhor amigo.

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