"Cristo o verdadeiro amigo."
Os discípulos de Emaús reconheceram que seu melhor amigo estava vivo
quando, sentados à mesa, Ele partiu o pão e deu-se a conhecer (Lc 24,30).
Seus olhos se abriram, seu coração se abrasava cada vez mais.
A verdade
estava estabelecida.
Seu amigo não tinha ido embora.
Estava ali com
eles. Mas para experimentar a ressurreição e a presença real do seu
melhor amigo, eles necessitaram de um sinal: foi o partir do pão.
Quantas vezes esse amigo fez o gesto na presença deles: o pão recebido
das mãos d'Ele.
Daquele que despertava sentido em suas vidas. Que ensinava como viver.
Que sabia acolher nos momentos de dificuldade, que vivia intensamente as
alegrias que a vida proporcionava.
Amigo é justamente isso: vive a vida
para amar, para ser sinal e gesto concreto de amor.
Redescobriram o caminho e seus passos aceleraram para andar e anunciar
que seu amigo vive eternamente.
Sem ocultar a felicidade, se põem a
caminho.
Quando a amizade é certa, não há fronteiras para anunciar que
amar vale a pena.
Os amigos do melhor amigo, ao experimentar, no sinal
do pão repartido, a presença real do amado, redescobriram a vontade de
viver, de proclamar o amor.
Tudo o que for realizado será para celebrar e
manter viva a presença daquele que nunca nos deixou.
Ao perder um amigo vamos descobrir nos sinais, que este amigo realizava
sua presença real em nosso coração.
A alegria de ser jovem, a beleza da
música que nele residia e que encanta e nos faz sonhar, os projetos
ousados, a simplicidade das conversas que faziam o dia ficar mais
interessante e tantos outros sinais que cada amigo experimentou na
companhia desse que foi embora mas que, na verdade, nunca nos deixará.
E como os discípulos de Emaús, vamos transformar a saudade dolorida em
gestos concretos de amor, para manter viva a presença daquele que
afirmamos ser o nosso melhor amigo.
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