9º Domingo do Tempo Comum-Ano C
02/06/2013
A fé e a universalidade da
salvação.
A liturgia deste final de semana nos diz que compreensão do mistério
de Jesus é progressiva e se dá por obra do Espírito dentro na
comunidade.
É a vida concreta da comunidade com seus problemas, seus conflitos,
que dá ocasião a uma tomada de consciência cada vez mais clara da
identidade de Jesus e da própria comunidade.
Evangelho de São Lucas, 7, 1-10: O evangelho de hoje revela a nova relação entre o povo e Deus, que se estabelece através de Jesus.
O tema deste 9º domingo do tempo comum é a fé e a universalidade da
salvação.
Jesus deixa claro que o alcance da salvação é para todos, sem
distinção.
Na primeira leitura de hoje vemos que na sua grande oração da
dedicação do templo, Salomão não reza apenas pela casa de Davi e o povo
de Israel, mas também pelos estrangeiros, que aí virão adorar o Deus de
Israel e do Universo.
E o templo será casa de oração para todas as
nações. Deus quer ficar acessível às necessidades de todos os homens.
Na 2ª leitura, o Apóstolo Paulo, com intensa preocupação, escreve aos
Gálatas, que, se deixando enganar por falsos mestres, estavam
abandonando a graça – único meio de salvação -, para retornar a uma
religião de obras. Paulo vigorosamente afirma o caráter absoluto da
Verdade divina. Ela é completa, é perfeita, porque a Verdade é o próprio
Cristo
O evangelho nos revela que o centurião de Cafarnaum, um pagão,
envergonha os representantes da sinagoga por sua fé em Jesus, o Senhor, e
na força salvífica de sua palavra. Lucas descreve o centurião como um
homem que teme Deus, um pagão que serve de exemplo para os judeus.
O centurião romano está consciente de não pertencer ao povo eleito, e
sabe que para um judeu entrar em casa de um pagão seria sinal de
impureza. Por isso não se crê digno de hospedar a Jesus.
Ele conhece as normas dos judeus quanto à pureza, por isso não vai
pessoalmente ter com Jesus, mas envia anciãos judeus para intercederem
por ele junto a Jesus. Dizer-se indigno é reconhecer a autoridade de
Jesus.
O Senhor acolhe a todos e toma a iniciativa de querer ir à casa do
centurião. No entanto, o chefe pede que Jesus simplesmente dê uma ordem,
pois é o poder da palavra que importa. A fé do centurião causa uma
profunda admiração em Jesus, porque ultrapassa a fé manifestada em
Israel.
A constatação da cura revela o poder vivificante e eficaz da
Palavra do Senhor.
Peçamos ao Senhor que aumente nossa fé e nos dê um coração
misericordioso e humildade que nos leve a compadecer-nos de nossos
semelhantes, independente de raça, cor ou religião.
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