Assuma sua própria identidade
Uma
das características mais importantes concedida por Deus ao homem foi a
sua identidade. “Homem e mulher, Deus os criou” (Gn 1,27), afirma a
Sagrada Escritura. Deste modo, a antropologia cristã entende que o ser
humano é composto por dois gêneros distintos: masculino e feminino,
segundo suas claras diferenças anatômicas. Interessante que essas
diferenças, devido à técnica avançada da medicina, são notadas já no
ventre materno por meio da ultrassonografia morfológica, podendo, desde
poucas semanas, constatar o sexo do bebê para a alegria dos pais, os
quais já dão sentido àquela realidade definida pela natureza,
presenteando com o que é próprio do gênero esperado.
Podemos ir além: “façamos o
homem à nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26). Percebemos, nestas santas
palavras, a alta dignidade à qual Deus elevou o homem e a mulher.
Somos
mais que uma mera matéria que, um dia, entrará em estado de
decomposição; somos imagem e semelhança do Senhor.
O salmista
afirma sobre o homem: “Pouco abaixo de um deus o fizestes, e o coroaste
de glória e esplendor.” (Sl 8,6). Não sei se você consegue perceber
tamanho esplendor e dignidade com o qual o homem é coroado pelo Criador;
porém, não poucas vezes, o próprio homem, instintivamente, reduz-se à
sua sexualidade, às suas ideologias, aos seus instintos, etc. Necessita
de domínio de si e amor pela verdade para não deixar esses elementos o
rebaixarem.
Uma das características mais importantes concedida por Deus ao homem foi a sua identidade. “Homem e mulher, Deus os criou”
Infelizmente, nos últimos anos, tem-se
divulgado amplamente a Ideologia do Gênero. Os adeptos desta corrente
ideológica afirmam uma “construção” da sexualidade do homem a partir de
suas experiências sociais e culturais, ou seja, a grosso modo, podemos
dizer que a identidade biológica adquirida pela natureza não mais é tão
relevante, visto que o ser “homem” e o ser “mulher” já não tem seu papel
determinante na identidade do homem moderno.
Assim sendo, em meio essa evolução
caótica, o homem segue sua vida sem ao menos conhecer-se. Permanece um
desconhecido para si mesmo, pois não valoriza sua dignidade, não
assimila, conscientemente, a grandeza de seu papel na criação. Parte
deste caos se deve pelo fato de o homem não buscar conhecer Jesus como
relatou o Beato João Paulo II: “O homem que não conhece Jesus
Cristo permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável,
um enigma indecifrável”. (Redemptor hominis). Portanto, o ser
humano caminha às escuras, sem sentindo em sua vida, desconhecendo Jesus
Cristo, plenitude da revelação de Deus. Ao contrário daquele que
reconheceu no rosto de Cristo como seu mais alto ideal, este é cheio de
sentido, sua vida é configurada a dinâmica da revelação divina.
Enquanto o homem moderno persistir em
manter-se alheia às coisas de Deus, embora a “sede de verdade arda em
seu coração” (Bento XVI), continuará cada vez mais distanciando-se de
sua essência genuína, e do chamado a construir uma relação plena com seu
Criador.
Rodrigo Stankevicz
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