quarta-feira, 12 de junho de 2013

Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.

Evangelho ( Mt 5,17-19)


“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. 
Não vim para abolir, mas para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. 
Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.”

Meditação: A Lei de Moisés

Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor.
Em primeiro lugar, nosso texto visa eliminar o equívoco de que Jesus tivesse vindo para eliminar a Escritura. 
A expressão “a Lei e os Profetas” (v. 17a) não é um registro puramente jurídico, mas um modo de designar a Escritura na sua totalidade. 
A Lei designa o Pentateuco enquanto receptáculo do imperativo divino.
Os Profetas são portadores da promessa e, enquanto tais, podem ser invocados como testemunhas do direito de Deus.
Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor, pois dos dois mandamentos do amor a Deus e ao próximo dependem toda a Lei e os Profetas (cf. 22,40). 
A Torá é integralmente respeitada e cumprida por Jesus e o deve ser para a Comunidade dos discípulos, porque recomposta sobre a exigência do amor. Nesse sentido, a Lei é pensada a partir da cristologia.
É nela que a Lei encontra sua instância de validade e, em consequência, o princípio de ponderação das suas prescrições.
Carlos Alberto Contieri, sj

Nenhum comentário:

Postar um comentário