Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Evangelho ( Mt 5,17-19)
“Não
penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir, mas
para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem
de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que
tudo aconteça.
Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos,
por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor
no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado
grande no Reino dos Céus.”
Meditação: A Lei de Moisés
Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor.
Em primeiro lugar, nosso texto visa eliminar o equívoco de que Jesus tivesse vindo para eliminar a Escritura.
Em primeiro lugar, nosso texto visa eliminar o equívoco de que Jesus tivesse vindo para eliminar a Escritura.
A expressão “a Lei e os
Profetas” (v. 17a) não é um registro puramente jurídico, mas um modo de
designar a Escritura na sua totalidade.
A Lei designa o Pentateuco
enquanto receptáculo do imperativo divino.
Os Profetas são portadores da promessa e, enquanto tais, podem ser
invocados como testemunhas do direito de Deus.
Jesus realiza plenamente a
Lei a partir da centralidade do mandamento do amor, pois dos dois
mandamentos do amor a Deus e ao próximo dependem toda a Lei e os
Profetas (cf. 22,40).
A Torá é integralmente respeitada e cumprida por
Jesus e o deve ser para a Comunidade dos discípulos, porque recomposta
sobre a exigência do amor. Nesse sentido, a Lei é pensada a partir da
cristologia.
É nela que a Lei encontra sua instância de validade e, em consequência, o princípio de ponderação das suas prescrições.
Carlos Alberto Contieri, sj
Carlos Alberto Contieri, sj
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