segunda-feira, 10 de junho de 2013


A Beleza é o Amor Crucificado, revelação do coração divino que ama : do Pai fonte de todo Dom, do Filho entregue a morte por amor a nós, do Espírito que une o Pai e o Filho e é efundido sobre a humanidade para conduzir os distantes de Deus para o Reino do Pai. A divina beleza se apresenta na Cruz e na ressurreição do Filho do Homem, quando a Beleza é crucificada.

Sobre a Cruz, a dor e a morte entram em Deus por amor aos sem Deus : o sofrimento divino, a morte em Deus, a fraqueza do Onipotente são algumas das muitas revelações do seu amor pelos homens. É este amor incrível, manso e atraente que nos envolve e fascina, que exprime a verdadeira beleza que salva. Este amor é fogo devorador. A ele não resiste senão com uma obstinada incredulidade ou com uma persistente rejeição, no silencio, diante do seu mistério, isto é, a rejeição da dimensão contemplativa da vida. O Deus cristão não dá, na Cruz, uma resposta teórica a pergunta sobre o porque da dor do mundo. Ele nos oferece solidariedade, acolhida e comunhão nesta dor. É o Deus que não deixa que se perca nenhuma lágrima de seus filhos, porque a faz sua.

Na Cruz encontra-se o fundamento do amor pelo belo, que embeleza os sofredores e revoluciona o conceito de beleza. Pela fé, experimenta-se na dor e Paixão de Cristo um amor de Deus totalmente diferente o amor totalmente altruísta. "Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos" (cf. Jo 15,13). É o amor que torna tudo o que é pecaminoso, malvado e débil, em beleza, sabedoria e justiça. Os pecadores tornam-se belos porque são amados. A Paixão de Jesus revela a potencia de Deus e a morte de Cristo expressa o infinito amor do qual Deus é capaz. A dor e a morte, são santificadas em Cristo e elevadas a dignidade divina. A beleza da Cruz revela-se no amor da Trindade para com as criaturas humanas. Pela fé é possível ver o Nazareno pregado no madeiro da vergonha, como o mais belo dos seres humanos. 

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