À espera do Senhor.
Lucas 12,35-38
A longa
espera da segunda vinda do Senhor pode levar o discípulo a esmorecer e a
desanimar. Quanto maior a incerteza do dia e da hora, tanto maior a tentação de
debandar para o pecado, a idolatria e a impiedade. Perseverar na espera é prova
de fidelidade.
Jesus se
serve de duas imagens para ilustrar o estado de constante vigilância do
discípulo.
A primeira é estar com os
"rins cingidos com o cinto." Alusão à veste comprida usada pelos
orientais, arregaçada e amarrada na cintura, por meio de uma faixa, enquanto se
trabalhava ou viajava, para não lhes impedir os movimentos.
A segunda é estar com as lâmpadas
acesas, sugerindo que a vinda inesperada pode dar-se a qualquer momento,
inclusive à noite.
Em termos
concretos, a vigilância expressa-se na prática incessante da misericórdia e da
justiça.
O discípulo
é incansável no amor.
Sua opção
mantém-se inalterada, mesmo desconhecendo o dia e a hora do encontro com o
Senhor. Esta demora é irrelevante. Antes, quanto mais o Senhor tarda a chegar,
tanto mais terá tempo para fazer o bem. A demora, neste caso, é vista pelo
prisma positivo: a possibilidade de manifestar sua capacidade de amar, e não
pelo prisma negativo, como se tivesse sido vítima do descaso e do abandono do
Senhor.
Perseverar
no amor é uma autêntica bem-aventurança.
Só os
verdadeiros discípulos são capazes disso.
Pe. Emílio Carlos +
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