sexta-feira, 1 de novembro de 2013



A espiritualidade da comunhão

João Paulo II afirmava que estamos em «uma nova época associativa dos fiéis leigos». Os cristãos leigos já não procuram os religiosos buscando algumas migalhas da espiritualidade produzida nos institutos religiosos, se não para «participar responsavelmente na missão que tem a Igreja de levar a todos o Evangelho de Cristo como manancial de esperança para o homem e de renovação para a sociedade».
O novo tipo de relações entre leigos e religiosos está dando lugar a outros tipos de agrupamentos diferentes daqueles produzidos na época anterior. O novo ecossistema eclesial se caracteriza pelos agrupamentos de famílias com vivências evangélicas ou carismáticas, isto é, os conjuntos formados por instituições e grupos de cristãos unidos por um mesmo carisma fundacional, ou uma mesma «raiz carismática», porém com estados de vida diferentes e com diferentes acentos do mesmo carisma.
À medida que o carisma fundacional se foi afirmando como lugar central de referência para as relações de religiosos e leigos no interior da família carismática, ao mesmo tempo perde força a divisão religiosos-leigos baseada na diferença de estados de vida cristã e ganha terreno a comunhão de comunidades para a missão comum, comunidades com um mesmo carisma porém com distintos projetos existenciais ou vocacionais.
A espiritualidade da comunhão é a capacidade de ver antes de tudo o que há de positivo no outro, para acolhê-lo e valorizá-lo como presente de Deus... 
Enfim, espiritualidade da comunhão é saber «dar espaço» aos irmãos e irmãs, levando o fardo uns dos outros.

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