Coração
de Jesus: paciente e de muita misericórdia.
Jesus
manifesta em seus gestos e palavras a misericórdia do Pai. Contando
a parábola do Filho Pródigo (Lc 15,11-32), nos convida
a voltarmos para os braços abertos do Pai que estão sempre
dispostos a nos acolher.
Quando o filho pródigo "entrou em si e refletiu" (Lc
15,17) a primeira lembrança que lhe veio à mente é
a da casa do Pai. Ele confronta sua vida de "miséria e pecado"
com a abundância da casa do Pai e decide voltar.
No caminho de volta, prepara seu discurso para ser tido como um dos
empregados... Porém, a atitude do Pai é de misericórdia
- o toque de suas mãos deseja somente curar (Lc 15,20) e restaurar
a vida. O Seu único desejo é abençoar.
O desejo do Pai é moldar seus filhos, a sua imagem e semelhança
(cf. Lc 15, 22-24). Ele não os quer punir; já foram sobejamente
castigados por todos os seus caprichos. O Pai deseja somente que saibam
que o amor que buscam das maneiras mais diversas estava, está
e estará sempre à sua espera.
E é indo a Jesus que encontramos misericórdia. "Vinde
a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei"
(Mt 11,28). Ele nos chama a conversão que é um processo
permanente a se realizar por toda nossa vida "Portanto, é
necessário renovar constantemente o encontro com Jesus Cristo
vivo, caminho este que nos conduz à conversão permanente"
(João Paulo II, Ecclesia in América, 28). É com
confiança que devemos nos dirigir a Jesus como nos lembra Santa
Faustina "As graças da Minha misericórdia colhem-se
com o único vaso, que é a confiança" (Diário
1578).
E é abrindo o nosso coração, confiantes, que recebemos
a misericórdia de Deus. Através do Sacramento da Reconciliação
e da Eucaristia, somos transformados em novas criaturas. "Eucaristia
e penitência. A conversão e a penitência cotidiana
encontram sua fonte e seu alimento na Eucaristia, pois nela se torna
presente o sacrifício de Cristo que nos reconciliou com Deus;
por ela são nutridos e fortificados aqueles que vivem da vida
de Cristo: ela é o antídoto que nos liberta de nossas
faltas cotidianas e nos preserva dos pecados mortais" (Catecismo
da Igreja Católica, 1436).
São
Paulo nos exorta: "Reconciliai-vos com Deus" (2Cor 5,20).
Quem vive do amor misericordioso de Deus está pronto a responder
ao apelo do Senhor. À conversão do coração
precisa de um verdadeiro arrependimento e de um profundo voltar-se ao
Senhor.
Por
isso, é através da confissão, do sacramento da
reconciliação que experimentamos de maneira toda especial
a misericórdia e o amor de Deus em nossa vida.
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