«Falava do menino a todos os que
esperavam a redenção de Jerusalém»
Devido precisamente à sua ligação
com o amor (cf Gal 5,6), a luz da fé coloca-se ao serviço concreto da justiça,
do direito e da paz. A fé nasce do encontro com o amor gerador de Deus que
mostra o sentido e a bondade da nossa vida; esta é iluminada na medida em que
entra no dinamismo aberto por este amor, isto é, enquanto se torna caminho e
exercício para a plenitude do amor. A luz da fé é capaz de valorizar a riqueza
das relações humanas, a sua capacidade de perdurarem, serem fiáveis,
enriquecerem a vida comum. A fé não afasta do mundo, nem é alheia ao esforço
concreto dos nossos contemporâneos.
Sem um amor fiável, nada poderia
manter verdadeiramente unidos os homens: a unidade entre eles seria concebível
apenas enquanto fundada sobre a utilidade, a conjugação dos interesses, o medo,
mas não sobre a beleza de viverem juntos, nem sobre a alegria que a simples
presença do outro pode gerar. […] A fé é um bem para todos, um bem comum: a sua
luz não ilumina apenas o âmbito da Igreja nem serve somente para construir uma
cidade eterna no além, mas também ajuda a construir as nossas sociedades de
modo que caminhem para um futuro cheio de esperança.
Papa Francisco
Encíclica «Lumen fidei / Luz da
Fé», §§50-51 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
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