Evangelho:
Recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não
prestam.
Quando
Jesus perguntou aos seus discípulos, se tinham entendido o que lhes tinha
ensinado por meio das parábolas, eles responderam "sim".
Portanto,
consideravam-se instruídos nos mistérios do Reino, conhecedores de sua dinâmica
e aptos para se tornarem seus anunciadores. Sua sabedoria consistia em terem
participado da revelação feita pelo Pai e conhecido a novidade do Reino
instaurado por Jesus.
Os
novos mestres sabiam combinar o novo e o velho, reconhecendo a continuidade
entre o Antigo Testamento e a novidade cristã. Diferentemente dos antigos
escribas, aferrados ao texto da Lei e preocupados em interpretar-lhe o sentido,
o escriba instruído sobre o Reino dos Céus sabia descobrir a unidade da
História, desde os seus primórdios até a chegada do Messias Jesus. Era sempre o
mesmo Deus quem agia. O mesmo Israel era o destinatário privilegiado do anúncio
do Reino, chamado a se tornar o verdadeiro Israel, não mais escravo da letra da
Lei, mas sim livre para viver segundo o seu espírito. A nova Lei do Reino
consistiu na radicalização da antiga, reinterpretada por Jesus, ao redescobrir
seu sentido original, correspondente ao querer do Pai.
Novo e velho estariam presentes no ensinamento dos discípulos do Reino. O velho oferecendo o solo onde o novo pode desenvolver-se. O novo tomando o velho como referencial de sua articulação, sem tradicionalismos nem saudosismos.
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