sexta-feira, 8 de agosto de 2014


O seguimento a ti Jesus exige


do discípulo renunciar a si mesmo e ser capaz de defrontar-se com a cruz, resultante desta sua opção.
A renúncia de si mesmo predispõe o discípulo a acolher a tua proposta Jesus, sem subordiná-la aos seus projetos pessoais, e sem privá-la daqueles elementos que não convém. O discípulo abraça a tua proposta Jesus, assim como ela é, sem adaptações. Para isto, precisa superar seu comodismo e tudo quanto o impede de ser generoso.

Tomar a cruz significa assumir sua opção pelo Reino até as últimas conseqüências, mesmo as mais dolorosas. A cruz do discipulado não se identifica com um sofrimento ou com uma morte quaisquer. Muito menos essa cruz é buscada por si mesma, numa atitude velada de masoquismo. A cruz aparece na vida do discípulo quando, permanecendo fiel ao Reino, ele não pactua com as solicitações do mal, a ponto de atrair sobre si a ira de seus adversários. Ela resulta da fidelidade a Deus.
O discípulo reconhece estar em jogo, aqui, a sua própria salvação. O alerta de Jesus é inequívoco: quem pretende desviar-se da cruz, pensando, assim, poder salvar-se, coloca-se no caminho da condenação; quem, pelo contrário, enfrenta a cruz por causa de Jesus, encontrará a salvação. Por conseguinte, a sabedoria do discipulado passa pela cruz.

Espírito de fidelidade ao Reino, torna-me capaz de viver a sabedoria da cruz, sem deixar-me seduzir pelos apelos egoístas do meu coração. Jesus apresenta-me um caminho para alcançar a vida, renunciar a mim mesmo, tomar a minha cruz e segui-lo. Não poderei alcançar a vida sem esta decisão. Não vale, para mim, pegar na minha cruz como um herói que tudo aguenta. Não vale escolher um caminho e seguir por ele, lançando fora a cruz de cada dia. Também não vale pegar na cruz e escolher o caminho que entender. A decisão implica renunciar a mim mesmo e às minhas capacidades, pegar na minha cruz confiante na força de Jesus e seguir pelo seu caminho. Só assim chegarei à vida. De meu não tenho nada, portanto, só posso mesmo render-me a Jesus.

Que posso dar-te, Senhor Jesus, se de meu nada tenho, nada possuo. Que vida é esta a que chamo minha, se na verdade, por mim, ela nada vale. Que posso eu querer senão querer-te a ti renunciando a mim mesmo? Que posso esperar de mais grandioso senão a cruz que se apresenta diante de mim cada dia? Por onde seguirei senão por ti que és o caminho que conduz à vida? Mostra-me o teu caminho, ensina-me a pegar na cruz e faz crescer em mim o desejo da vida em plenitude.

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