Bem-aventurados vós que agora chorais, porque havereis de rir!
A
postura diante de Deus e de seu Reino gerava um nítido contraste mesmo entre os
discípulos de Jesus. De um lado, estavam os declarados bem-aventurados. Do
outro, os que se tornaram objeto de maldição. Os primeiros eram os que viviam
na pobreza, padeciam fome e choravam e eram odiados por causa de Jesus. Sua
opção pelo Reino não lhes permitia pactuar com a maldade do mundo, nem os
deixava cair na tentação de serem aliciados por suas falsas promessas de
riqueza e bem-estar. Sua recompensa só podia vir do Pai. Assim, era possível
rejubilar e saltar de alegria, mesmo padecendo privações.
No
polo oposto, estavam os que não contavam efetivamente com Deus e julgavam poder
construir sua salvação com as próprias mãos. Confiavam na riqueza e viviam na
fartura. Sua vida era feita de alegrias efêmeras. Cuidavam de ser louvados e
bem-vistos por todos. Este projeto de vida, a longo prazo, se mostraria
inconsistente e seu resultado, desolador. A riqueza transformar-se-ia em
privação, a fartura em fome, a alegria em luto e pranto, a fama em opróbrio.
Trata-se, portanto, de um projeto de vida do qual o discípulo deve precaver-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário