quarta-feira, 6 de maio de 2015

Esta veneração deve ser maior que a que temos para com os Anjos e os Santos

A veneração à Virgem Maria se baseia na dignidade de Mãe de Deus e nas consequências que daí dimanam. E, com efeito, jamais nos será possível estimar demasiadamente aquela que o Verbo Encarnado venera como sua Mãe, que o Pai contempla com amor, como sua filha muito amada, e que o Espírito Santo considera como seu templo de predileção.

O Pai trata-a com o maior respeito, enviando-lhe um anjo que a saúda como “cheia de graça” e pede seu consentimento na obra da Encarnação, à qual deseja tão intimamente se associar: O Filho respeita-a, ama-a como sua Mãe e obedece-lhe; o Espírito Santo vem até ela e nela tem as suas complacências. Venerando Maria não fazemos, pois, senão associar-nos às três Pessoas divinas e estimar o que Elas estimam.

(...) Esta veneração deve ser maior do que a que temos para com os Anjos e os Santos, precisamente porque ela, pela sua dignidade de Mãe de Deus, pelo múnus de Mediadora e pela sua santidade sobrepuja todas as criaturas. E assim o seu culto, não obstante de ser dulia e não de latria é chamado, com razão, de hiperdulia, pois é superior ao que se tributa aos Anjos e aos Santos.

Adolphe Tanquerey,
Em Précis de Théologie Ascétique et Mystique, (Compêndio de Teologia Ascética e Mística) 10e edição, Desclée et Cie, 1928

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