Deus não nos pede amar somente a ele, pede que não nos façamos ídolos.
Questiona-se hoje: pode o
amor ser objeto de mandamento? Evidentemente não, se se trata de ordem pura e
simples, sem atrativo interior. Se porém, o “mandamento” é convite de amor que
pede ser correspondido, então sim, é lei de todo amor verdadeiro e forte.
O
amor faz com que o amado se descubra mais intimamente a si mesmo enquanto é
digno de amor. Este mandamento de Deus – tanto mais à luz de Cristo (Mc 12,
29s; Mt 22, 37s) – chama-nos à nossa profunda unidade, no-la revela; e pô-lo em
prática nos constrói, porque nos mostra que a vida é expressão de nós mesmos e
nos amadurece.
Tudo o que somos e temos – qualquer que seja sua proveniência
imediata – é dom de Deus, e o dom que nos atrai não nos deve fazer esquecer o
doador.
Deus não nos pede amar somente a ele, pede que não nos façamos ídolos.
O amor de Deus, diz-nos Jesus, encerra o amor ao próximo, de todos os homens, e
quer todas as nossas energias, porque contém tudo, realiza tudo.
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