terça-feira, 22 de setembro de 2015

Maria, o auge da santidade do Antigo Testamento, e muito mais ainda...

Foto de Emilio Carlos Mancini.
Assim como outros homens, como São João Batista, a Igreja comemora, igualmente, a concepção e a natividade, ─ a Santíssima Virgem nasceu sob a lei do pecado original, levando como todos os seres humanos, a mesma responsabilidade comum da queda. 

Mas o pecado jamais pôde ser realizado na sua pessoa; a herança pecaminosa da queda não tinha controle sobre sua vontade honrada e reta.

Maria representa o auge da santidade, que jamais fora alcançada antes de Cristo, desde os primórdios do Antigo Testamento, por alguém da descendência de Adão.

Ela estava sem pecado, sob o domínio universal do pecado, pura, isenta de toda a sedução, na humanidade escravizada ao príncipe do mundo. Ela não foi colocada acima da história humana, para servir o propósito específico de Deus, mas para realizar a sua vocação única, no encadeamento da história, no destino comum dos homens (...).

E, no entanto, se na pessoa da Mãe de Deus, encontramos o auge da santidade do Antigo Testamento, este ainda não é o limite da sua santidade, pois esta santidade irá ultrapassar, igualmente, os pináculos mais elevados de Nova Aliança, realizando a maior santidade que a Igreja pode alcançar.

V. Lossky
Teólogo ortodoxo
(Trechos de À imagem e semelhança de Deus, Aubier-Montaigne, 1967)

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