sexta-feira, 2 de outubro de 2015

«Os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus.»

Foto de Emilio Carlos Mancini. Guardai-vos de desprezar algum destes pequeninos. Digo-vos, «os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus». Por estas palavras, Cristo diz-nos aproximadamente o seguinte: Estai atentos, cuidai de não desprezar os homens simples, pobres ou fracos; por mim, tenho-os em grande estima, a tal ponto que, para os guardar de todo o mal, pus ao seu serviço os meus anjos.

E que anjos! Não penseis que se pode compará-los a criados que trabalhem na minha cozinha. Não. Eles são semelhantes aos oficiais do meu palácio, pois vêem sem cessar a face de meu Pai que está nos céus.

Ora esses anjos vêem a face de Deus por várias razões. A primeira é que os anjos devem oferecer e apresentar a Deus as boas obras dos homens. Temos disso o testemunho nas palavras de Rafael dirigidas a Tobias: «Apresentei a tua oração ao Senhor» (Tb 12,12).

Lê-se também no Apocalipse: «Um anjo veio colocar-se junto do altar com um incensório de ouro e foram-lhe dados muitos perfumes para que os oferecesse, com orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que se tornou no trono de Deus» (8,13).
Salientemos que o altar é o coração do homem verdadeiramente fiel a Deus. Diante desse altar, estão os anjos.

O seu incensório representa os sentimentos de júbilo com que recolhem os pensamentos, as orações, as palavras e as ações dos homens, para as oferecerem, abrasadas no fogo da caridade, sobre o altar de ouro que está diante do trono de Deus.

E a oferenda ascende em direção ao Filho que está no seio do Pai. Seria pois bom que tivéssemos sempre algum bem para depositar no incensório dos anjos.

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