terça-feira, 10 de novembro de 2015


«Somos inúteis servos»


Que ninguém se vanglorie do que faz, pois é de simples justiça que sirvamos o Senhor. [...] Enquanto vivermos, devemos trabalhar sempre para este nosso Senhor. 
Reconhece pois que és um servo obrigado a um grande número de serviços. 
Não te envaideças por seres chamado «filho de Deus» (1Jo 3,1): reconheçamos esta graça, mas não esqueçamos a nossa natureza. Não te gabes de teres servido bem, pois fizeste o que devias fazer. 
O sol desempenha o seu papel, a lua obedece, os anjos cumprem os seus serviços. 
S. Paulo, «o instrumento escolhido pelo Senhor para os pagãos» (Act 9,15), escreve: «Eu não mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus» (1Cor 15,9). 
E, se mostra que não tem consciência de qualquer falta, acrescenta de seguida: «Mas nem por isso estou justificado» (1Cor 4,4). 
Não pretendamos pois ser louvados por nós próprios, nem antecipemos o julgamento de Deus. 

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja


Sobre o Evangelho de S. Lucas 8, 31-32 

Nenhum comentário:

Postar um comentário