O perdão é uma semente, um carinho de Deus
A lógica que orienta a missão de Jesus e a missão da Igreja
é ir em busca, “pescar” os homens e as mulheres - sem fazer proselitismo - para
restituir a todos a plena dignidade e a liberdade, mediante o perdão dos
pecados. O mais essencial do cristianismo é difundir o amor regenerador e
gratuito de Deus, com atitude de acolhimento e misericórdia, para que cada um
possa encontrar a ternura de Deus e ter a plenitude de vida.
Sabemos confiar realmente na palavra do Senhor? Ou nos
deixamos desencorajar por nossos fracassos? Neste Ano Santo da Misericórdia,
somos chamados a confortar aqueles que se sentem pecadores e indignos, aqueles
que estão desanimados por seus erros, e a dizer-lhes as mesmas palavras de
Jesus: “Não
tenham medo, a misericórdia do Pai é maior do que os seus pecados, é maior!”
Quando se esquece da necessidade do perdão, lentamente se
esquece de Deus, de lhe pedir perdão e de saber perdoar. O humilde é um grande confessor, quem se
sente puro só sabe condenar.
O confessionário é para dar o perdão, não para condenar. E
quando não se pode dar a absolvição, pelo menos não se machuque o fiel que vem
se confessar em busca do perdão, do conforto, da paz em sua alma; vem para
encontrar um pai que o abrace e lhe diga que lhe quer bem. Então, por favor, não se cansem nunca de
perdoar!
O perdão é uma semente, um carinho de Deus. Quem não é um
grande perdoador, é um grande condenador. E quem é, na Bíblia, o grande
acusador? O diabo... Então, digo a todos vocês, sacerdotes: quem não quer
perdoar seja humilde e não vá confessar os fiéis.
Os consagrados e as consagradas são chamados a serem sinal
concreto e profético desta proximidade de Deus, desta partilha com a condição
de fragilidade, de pecado e de feridas do homem do nosso tempo. Jesus é a face
da Misericórdia do Pai.
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