Estamos
no período Pascal, tempo de alegria e de meditação na vitória de Cristo sobre o
pecado e a morte eterna. Conquistando para nós a vida em Seu Amor. Jesus é
nosso justificador, todo aquele que crer que Ele é o salvador está justificado
de sua condenação eterna.
Assim estamos no tempo do exercício da fé e do testemunho,
é assim que se faz o Cristão, aquele que não sucumbe diante das provações da
vida e não nega a Deus em suas ações. Somos o povo do testemunho, por isso que
Jesus nos diz: “Vós sois o sal da
terra... Vós sois a luz do mundo...” (Mt 5,13-14). Somos o sal e a luz que
o mundo precisa, para isso temos que receber de Deus o Espírito Santo.
E isto já
aconteceu em nosso batismo.
Portanto, agora, revestidos da graça, temos que
manifestar quem é o nosso Senhor. São João nos diz que foi preso na Ilha de
Patmos por causa da “Palavra de Deus
e do testemunho que eu dava de Jesus”.
Celebrar a Páscoa é mergulhar no amor misericordioso de Deus que realizou nossa
Salvação em seu sacrifício, assim temos um compromisso de testemunhar e sermos
a voz de Deus no meio dos homens e isso compete a mim e a você. Não se esqueça:
Deus conta com você!
Olhamos para a manifestação do Ressuscitado, que se
apresenta no mesmo domingo de Páscoa àqueles que estavam com medo dos Judeus e
lhes dá o Espírito Santo e com ele o maior Dom da Igreja – manifestar o amor misericordioso
de Deus no perdão dos pecados. Isto é um sacramento – sinal palpável da graça
de Deus – A primeira ação do Espírito Santo ao ser derramado sobre os Apóstolos
é capacitar a Igreja a ser dom de amor aos seus filhos. Realmente temos que
“exaltar de alegria” por tão grande amor manifestado em nosso meio. Vemos
também no relato do evangelho que Tomé não estava neste encontro e que oito
dias depois, quando não faltou à reunião da Igreja, Jesus se manifesta e Tomé
tem o grande encontro pessoal com Jesus. Tomé vai além da experiência que os
outros tiveram, ele “toca” em Jesus Ressuscitado e por essa profunda
experiência faz uma proclamação de fé que os outros ainda não haviam percebido
– quem é Jesus – MEU SENHOR E MEU DEUS.
Tomé não é o homem sem fé! É aquele que não tinha
tido uma experiência pessoal com Jesus. Quantos dentro de nossa Igreja que há
muitos anos vão à missa, participam dos sacramentos e não tiveram uma
experiência pessoal com Jesus e ficam na superficialidade da fé?
Nossa Igreja
tem, nestes últimos anos, trabalhado muito, enfocado, impulsionado e feito de
tudo para que todos os Católicos passem pela experiência pessoal com Jesus, por
isso fala tanto de evangelização, de querigma.
Cabe a cada um de nós buscarmos
essa novidade de vida espiritual para sairmos do sono de uma fé acostumada a
fazer as coisas sempre da mesma forma e assim nos tornando mornos em nossa vida
de fé.
É Páscoa! É tempo de vivermos a alegria da fé em
Cristo Ressuscitado. Acordemos e corramos ao encontro de Cristo e sejamos
ousados em tocar em nosso Mestre, pois é diante da grandeza de nossa
experiência que daremos maior testemunho de Fé.
A sombra de Pedro curava, por que não a nossa?
Antonio ComDeus
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quinta-feira, 31 de março de 2016
Reflexão 2º Domingo da Páscoa - Ano C - 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
Enfim, Nosso Senhor ressuscitou!
Saiba mais sobre a esperança de todo cristão.
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“Assim que a alma de Nosso Senhor voltou ao corpo, Ele apareceu a Nossa Senhora. Como terá sido esse encontro?
Nós poderíamos imaginar que Ele tenha aparecido como Senhor esplendoroso — Rei, como nunca ninguém foi nem será rei.
Ou, pelo contrário, com um sorriso de afago que lembrava o seu primeiro olhar no presépio de Belém.
O que o olhar d’Ele comunicou a Ela? O que Nossa Senhora, a criatura perfeita, teria dito, vendo-O e amando-O inteiramente?
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Foi o primeiro louvor que Nosso Senhor recebeu da sua Mãe, após a Ressurreição.
.Foi o primeiro louvor que Nosso Senhor recebeu da sua Mãe, após a Ressurreição.
Quando as cidades eram pouco ruidosas, ouvia-se o bimbalhar dos sinos ao meio- dia, celebrando a Ressurreição. Nas ruas, os moleques espancavam bonecos de Judas.
A Aleluia cantava-se por toda parte. As pessoas cumprimentavam-se, distribuíam ovos de Páscoa. As igrejas enchiam-se, a liturgia apresentava enorme pompa.
Da dor do Calvário nasceu a imensa alegria da Páscoa. A alegria verdadeira, que não é filha do vício, mas fruto abençoado da virtude.
Quando Deus volta a sua Face para os homens, tudo se torna fácil, suave, alegre, brilhante. Quando Deus desvia a sua Face dos homens, são épocas de castigo.
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É como o sol que desaparece. Ó Senhor Jesus, voltai para nós a vossa Face divina e olhai-nos com bondade. Nesse momento a graça há de nos iluminar, e sentir-nos-emos outros.
.É como o sol que desaparece. Ó Senhor Jesus, voltai para nós a vossa Face divina e olhai-nos com bondade. Nesse momento a graça há de nos iluminar, e sentir-nos-emos outros.
Que o Divino Espírito Santo, pelos méritos de vossa Ressurreição, comunique aos que Vos são fiéis a força e o valor para congregar os bons e derrotar os inimigos da vossa Igreja.
Que Ele renove as almas, restaure as instituições, as nações e a Civilização Cristã — nós Vo-lo pedimos por meio de Nossa Senhora, Medianeira Onipotente e Co-redentora do gênero humano”.
Precisamos Amar Nossa Senhora cada vez mais!
Veja aqui uma maneira simples de fazer isso.
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Necessidade da devoção à Santíssima Virgem
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Confesso com toda a Igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo.
Confesso com toda a Igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo.
Comparada, portanto, à Majestade infinita ela é menos que um átomo, é, antes, um nada, pois que só ele é “Aquele que é” (Ex 3, 14) e;
Por
conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si
mesmo, não tem nem teve jamais necessidade da Santíssima Virgem para a
realização de suas vontades e a manifestação de sua glória.
Basta-lhe querer para tudo fazer.
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Digo, entretanto, que, supostas as coisas como são, já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima Virgem, depois que a formou;
Digo, entretanto, que, supostas as coisas como são, já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima Virgem, depois que a formou;
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É de crer que não mudará de conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus, imutável em sua conduta e em seus sentimentos.
É de crer que não mudará de conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus, imutável em sua conduta e em seus sentimentos.
Deus Ama perfeitamente, Nossa Senhora, como Mãe!
Afinal Dízimo é 10% ou não?
Recebi um e-mail com um questionamento:
Qual é o valor que devemos
contribuir para o DIZIMO? Algumas igrejas protestantes dizem que o Cristão deve
contribuir mensalmente com 10% do salário. Mas os padres da igreja católica disseram
que podemos contribuir pelo menos com 5%, será que os padres estão certos ou os
pastores da igreja protestante que exigem os 10%?
Não desejo entrar no mérito da questão de quem está certo ou
errado, até porque respeito muito os irmãos protestantes (sérios) que vivem a
Palavra de Deus, mas para dar argumentos permitindo que cada um tome sua
decisão ressalto o seguinte:
Nossos irmãos protestantes tem razão com relação aos 10%
pois está no Antigo Testamento, acontece que a partir da vinda de Jesus deu-se
a Nova e Eterna Aliança, a Igreja Católica tem o Antigo
Testamento como Palavra de Deus - como a história da formação do povo de Deus -
aqueles que ainda esperam a vinda do Messias continuam presos a Lei do Antigo
Testamento, mas nós católicos acreditamos que Jesus Cristo é o Messias, o Filho
de Deus enviado para a nossa salvação que veio trazer a Nova e Eterna Aliança.
Sendo assim a Igreja Católica espelha-se nos ensinamentos de
Cristo: (Mt 9,13) “Ide, pois, aprender o que significa:
‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios”. ´
É certo que temos a obrigação de ajudar na manutenção do
Reino de Deus, não que o próprio Deus necessite de dinheiro,
mas a Igreja sim, para suas obras de caridade, para as despesas do templo
(água, luz, impostos, salários...), e nós somos a Igreja, temos sim que fazer a
nossa parte para manter viva a Igreja como instituição.
O Código de Direito
Canônico no Cânon-222 rege que: “Os fiéis têm obrigação de socorrer às
necessidades da Igreja, a fim de que ela possa dispor do que é necessário para
o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade e para o honesto
sustento dos ministros”.
Acontece que como diz o próprio Jesus, não podemos oprimir
e impor pessados fardos, devemos sim usar de misericórdia; tirar o
leite da boca de uma criança, sob o pretexto de alimentar a Deus, isso não é
misericórdia, portanto a nossa Igreja Católica ciente das dificuldades que
enfrentamos diz no catecismo:
(CIC-2043) O quinto mandamento ("Ajudar a Igreja em suas
necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades
materiais da Igreja, cada um conforme as
próprias possibilidades.
A decisão da Igreja Católica em não impor os 10%, mas sim,
deixar livre para que cada um dê de acordo com as suas possibilidades, visando
que o Dízimo não venha a se tornar um fardo e sim um prazer, tem respaldo na
própria Palavra de Deus:
São Paulo da Carta aos
Hebreus cita: "Mudou o sacerdócio, então necessariamente muda também a
lei!" (7,12) "Este fato significa abolir o preceito anterior, por ser
fraco e inútil” (Hb 7,18). São Paulo continua falando a respeito do Dízimo desta vez
aos Coríntios (2Cor 9,7): “Dê cada um
conforme o impulso do seu coração, sem
tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria”.
Diante do exposto, tenho a firme convicção de que as pessoas
que por motivos justos não
podem contribuir com 10%, mas que dão de acordo com as suas possibilidades, não
estão em pecado e não serão tratadas por Deus com menos amor.
Salve Maria!
A saudação que podemos fazer em todos os momentos.
. Nada mais suave para os ouvidos de Maria do que a voz de seus filhos, dirigindo-lhe a saudação angélica.
Esta saudação faz estremecer-lhe o coração, como no dia da Anunciação.
O fato seguinte o prova com evidência, e se deu com São Bernardo, um dos mais ilustres servos de Maria.
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No meio do século XII, existia nas florestas que separam as Flandres do Brabante uma ermida de religiosos beneditinos, célebre sob o nome de abadia de Afligem.
.No meio do século XII, existia nas florestas que separam as Flandres do Brabante uma ermida de religiosos beneditinos, célebre sob o nome de abadia de Afligem.
Bernardo, percorrendo a Alemanha para pregar a segunda Cruzada, foi descansar alguns dias no piedoso convento. Uma estátua de Maria estava no fundo do claustro, na grande galeria.
Com o divino filho nos braços, Maria parecia olhar com ternura para os religiosos que ali passavam. Bernardo dirigia-lhe a saudação angélica todas as vezes que passava diante dela:
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— Ave, Maria! — dizia ele.
.— Ave, Maria! — dizia ele.
Um dia, ajoelhou-se aos pés da imagem, repetindo com efusão sua saudação favorita. No momento em que acabava de dizer “Ave, Maria!”, da imagem Maria respondeu:
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— Ave, Bernardo! — Eu te saúdo, ó Bernardo!
.— Ave, Bernardo! — Eu te saúdo, ó Bernardo!
É impossível descrever a impressão que estas palavras produziram nos circunstantes, e em particular na alma de Bernardo. Estremeceu, como Santa Isabel no dia da Visitação, quando Maria a saudou:
“E donde me vem esta felicidade — exclamou Isabel — que a mãe de meu Senhor se digne visitar-me?” (São Lucas 1, 43).
Sem dúvida, a alma de Bernardo, ouvindo a voz de sua Mãe bem amada, derreteu-se de amor como a da esposa dos cânticos:
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“Minha alma desfez-se em ternura ao som maravilhoso de sua voz”.
.“Minha alma desfez-se em ternura ao som maravilhoso de sua voz”.
Ao retirar-se, o santo abade de Claraval deixou na abadia a parte superior de seu báculo, como penhor de agradecimento.
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A estátua conservou-se milagrosamente no claustro até o ano de 1580, época em que foi despedaçada, e o convento saqueado pelos protestantes.
.A estátua conservou-se milagrosamente no claustro até o ano de 1580, época em que foi despedaçada, e o convento saqueado pelos protestantes.
Dos pedaços recolhidos, fizeram-se duas novas estatuazinhas à imitação da antiga. Uma delas venera-se ainda, na igreja dos beneditinos de Termonde.
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Fonte: Retirado do livro “Maria ensinada à mocidade” – Livraria Francisco Alves, 1915.
A primeira pessoa a quem Jesus ressuscitado apareceu
Durante o período da Páscoa, meditamos muito sobre as aparições de
Jesus ressuscitado; mas um personagem parece esquecido, ou melhor,
discreto em seu silêncio... a Virgem Maria: no entanto, ela é mencionada
antes ─ ao pé da Cruz ─ e depois, ─ no Cenáculo, em Pentecostes.
A Escritura parece lançar um véu discreto sobre o encontro tão comovente entre a Mãe e seu Filho, vencedor da morte.
João Paulo II não hesitou em evocá-la: "É inconcebível que a Virgem,
presente na primeira comunidade dos discípulos, tenha sido excluída do
número daqueles que reencontraram seu Filho ressuscitado dos mortos.
Pelo contrário, é provável que a primeira pessoa a quem Jesus ressuscitado apareceu, tenha sido a sua mãe.
Sua ausência do grupo de mulheres que foram ao sepulcro, na madrugada, pode constituir uma indicação de que ela já havia reencontrado Jesus.
O caráter único e especial de sua presença no Calvário e sua perfeita união com o Filho em seus ingentes sofrimentos sugerem uma participação muito especial no mistério da ressurreição.”
P. Nicolas Bossu LC
Pelo contrário, é provável que a primeira pessoa a quem Jesus ressuscitado apareceu, tenha sido a sua mãe.
Sua ausência do grupo de mulheres que foram ao sepulcro, na madrugada, pode constituir uma indicação de que ela já havia reencontrado Jesus.
O caráter único e especial de sua presença no Calvário e sua perfeita união com o Filho em seus ingentes sofrimentos sugerem uma participação muito especial no mistério da ressurreição.”
P. Nicolas Bossu LC
Conselhos sobre a oração -
A beleza da oração também
não se aprende por meio do ensinamento.
Ela tem em si própria o seu mestre; Deus 'que ensina ao
homem o saber' (Sl 94,10) dá a oração e abençoa os anos dos
justos.
Que vossa oração ignore toda multiplicidade: uma única
palavra bastou ao publicano e ao filho pródigo para obter o perdão.
Basta um
fio de cabelo para embaralhar a vista; basta uma simples preocupação para
dissipar a solidão, pois a solidão é despojamento dos pensamentos e renúncia às
preocupações razoáveis.
Quem
possui verdadeiramente a paz, não se preocupa mais com o próprio corpo.
Quem quer
apresentar a Deus um espírito purificado, e se deixa perturbar pelas
preocupações, assemelha-se a alguém que tivesse entravado fortemente as pernas
e pretendesse correr.
Procurai vossas luzes sobre a ciência da santidade, mais
nos trabalhos do que nos livros. Não vos entregueis a longos discursos, para
que vosso espírito não se dissipe na procura das palavras.
Uma única palavra do
Publicano comoveu a misericórdia de Deus; uma única palavra cheia de fé salvou
o Ladrão.
São João Clímaco
terça-feira, 29 de março de 2016
DEUS NOS AMA!
Nós precisamos ter ânimo novo em relação às nossas vidas, uma esperança nova, um sentimento novo, porque Deus nos ama e isto é maravilhoso.
O amor de Deus nos persegue,nos procura, vem ao nosso encontro desde sempre, nos envolve como num abraço cheio de ternura e amor.
Esta é a grande novidade que Jesus veio trazer para nós: DEUS NOS AMA! Nada deve perturbar o nosso coração e afastá-lo desta certeza, nem mesmo os nossos pecados e fraquezas, "que Deus nos ama e nos oferece, hoje mesmo, a sua paz e a sua graça como frutos deste amor."
Sempre nos falaram das coisas que nós tínhamos
que oferecer para Deus, mas nunca nos disseram que antes Deus tem muito a
nos oferecer, que antes, muito antes de nós o amarmos ele já nos amou.
Sempre foi falado para nós das renúncias, das mortificações que tínhamos que fazer, mas nunca nos disseram que antes Deus perdeu a vida dele por nós, que sacrificou a vida dele por nós, que morreu numa cruz por nós. O Evangelho é o anuncio de que nós estamos "debaixo da graça" de Deus.
Sempre foi falado para nós das renúncias, das mortificações que tínhamos que fazer, mas nunca nos disseram que antes Deus perdeu a vida dele por nós, que sacrificou a vida dele por nós, que morreu numa cruz por nós. O Evangelho é o anuncio de que nós estamos "debaixo da graça" de Deus.
Nós precisamos ter ânimo novo em relação às nossas vidas, uma esperança nova, um sentimento novo, porque Deus nos ama e isto é maravilhoso.
O amor de Deus nos persegue,nos procura, vem ao nosso encontro desde sempre, nos envolve como num abraço cheio de ternura e amor.
Esta é a grande novidade que Jesus veio trazer para nós: DEUS NOS AMA! Nada deve perturbar o nosso coração e afastá-lo desta certeza, nem mesmo os nossos pecados e fraquezas, "que Deus nos ama e nos oferece, hoje mesmo, a sua paz e a sua graça como frutos deste amor."
Pe.Emílio Carlos+
O
ressuscitado é o crucificado, duas faces do único mistério.
Com
a ressurreição do Senhor, torna-se obrigatório levantar-se!
O
túmulo, onde sepultaram Jesus foi encontrado vazio de manhã cedo pelas mulheres
e depois pelos discípulos (Jo 20,7). A ressurreição foi anunciada, primeiro por
um jovem (Mc 16,5) e depois por mulheres. São elas as primeiras a quem Jesus
ressuscitado se revela e logo se tornam anunciadoras da maior boa nova da nossa
fé aos discípulos.
Mais
tarde, Jesus aparece às outras pessoas (1Cor 15,1-11). Os discípulos que
fugiram com medo, vergonha e desespero, certa altura reúnem em Jerusalém com
uma coragem extraordinária. Declaram abertamente que aquele que foi crucificado
pelas autoridades político-religiosas está vivo: “O Crucificado é
Ressuscitado!” Abertamente dão continuidade ao movimento de Jesus e desafiam as
autoridades! Aconteceu algo sobrenatural!
A
ressurreição de Jesus não era um retorno a sua vida anterior, os discípulos não
o reconhecem, sua aparência parece diferente. Ele tem a necessidade de
dizer-lhes quem ele é. Ele não foi visto por ninguém na hora da sua
ressurreição, nem eles esperam tal acontecimento. Muitos deles fugiram, ou
voltaram para sua casa (Lc 24,16). A ressurreição não é uma prova para a fé,
mas aquilo que a fé apreende em primeiro lugar. Jesus elogia a fé dos
discípulos na ressurreição e não a observação do fato pelo tato (no caso de
Tomé).
A
ressurreição tem a ver com a vida cotidiana das pessoas. É necessário
levantar-se! Todos os que acreditam em Jesus de Nazaré, obrigam-se a dar um
passo adiante, nas várias situações que enfrentam frente à vida. Estender uma
mão aos que estão caídos nas margens da vida, torna-se mais que uma
solidariedade, um traço dos seguidores do ressuscitado. Defender a vida, a
saúde, a cultura da paz, a esperança torna-se parte do perfil dos filhos e
filhas da ressurreição. Qualquer um que planta uma flor, embelezando a vida;
outro que abre uma escola, erradicando a ignorância, são os sinais da
ressurreição, ou seja, os pequenos gestos, apontam em direção daquele que
levantou do tumulo, assim a ressurreição abre um campo enorme de missão.
Para
quem acredita neste mistério, há muita coisa a fazer. A evangelização inicia-se
como fruto da ressurreição! Vale a pena rever o início da missão de Jesus na
luz da ressurreição, que falava de levar a boa nova aos pobres, presos, cegos e
oprimidos (Lc 4,18). Jesus já avisava antes, eu vim para que vocês tenham a
vida, e a tenham em abundância (Jo 10,10).
O
Ressuscitado é o Crucificado porque o sofrimento não é esquecido por Deus, a
Injustiça que vitimou o Filho de Deus e torna vítima muitos de seus irmãos, já
foi vencido pelo Pai em Jesus e precisa ser vencido em nossa história!
É
adentrando com ele em nossas tempestades que teremos forças para controlar em
nosso favor todos os seus ventos e em seguida transformá-la em calmaria.
Pois
o Deus de Jesus é o Deus que não fecha os olhos para o sofrimento, pelo
contrário, o assume como sendo seu, o carrega para dar a ele um novo
significado.
Jesus
Cristo Ressuscitou verdadeiramente aleluia. Verdadeiramente Ressuscitou .
Aleluia
Padre
Emílio Carlos Mancini +
terça-feira, 8 de março de 2016
Deus faz conosco o mesmo que o Pai fez com o Filho Pródigo: "nos deixa
livres também diante dos equívocos, porque criando-nos fez o grande dom
da liberdade.
É nossa responsabilidade o fazer um bom uso" dela.
Jesus ama seus filhos sem medidas:
"Os erros que cometemos, também, se são grandes, não estragam a fidelidade de seu amor.
Jesus ama seus filhos sem medidas:
"Os erros que cometemos, também, se são grandes, não estragam a fidelidade de seu amor.
No Sacramento da Reconciliação
podemos sempre começar de novo: Ele nos acolhe, nos dá novamente a
dignidade de seus filhos".
Tempo da Quaresma
Antigamente, a Quaresma era o período durante o qual,
através da penitência e da provação, os catecúmenos se preparavam para receber
o batismo na noite da Páscoa.
Entrando no Tempo quaresmal, a liturgia nos convida a
renovar e a reavivar em nosso coração as disposições com que, durante a Vigília
pascal, pronunciaremos de novo as promessas do nosso batismo.
Unidos a Jesus, que toma o caminho do deserto para aí ser
tentado, entramos com a Igreja na grande provação da Quaresma, com a intenção
de optar sempre pela vontade do Pai, em todas as circunstâncias.
Contemplando a face de Jesus transfigurado, encontramos nele
a força para passar através dos sofrimentos e dificuldades da vida, até o dia
em que poderemos vê-lo na glória do Pai, realização definitiva da aliança e das
promessas.
Nascidos para a vida de filhos de Deus, em virtude da água
viva do batismo e da graça do Cristo, procuramos purificar cada vez mais o
culto filial em espírito e verdade e o oferecemos ao Pai em união com o culto
espiritual e perfeito do Cristo. Iluminados pela fé recebida no batismo,
esforçamo-nos por viver como filhos da luz e vencer as trevas do mal que estão
em nós e no mundo, fazendo a verdade em Cristo Jesus-luz do mundo.
Ressuscitados com Jesus da morte do pecado, por obra do
Espírito vivificador derramado em nós no batismo, alimentamos e aperfeiçoamos
com os sacramentos nossa união a Jesus-vida: e com ele vamos para o Pai,
animados pelo sopro do Espírito.
Toda a nossa vida se torna um sacrifício espiritual que
apresentamos continuamente ao Pai, em união com o sacrifício de Jesus sofredor
e pobre, a fim de que, por ele, com ele e nele, seja o Pai em tudo louvado e
glorificado.
Celebrar a eucaristia no tempo da Quaresma significa:
percorrer com Cristo o itinerário da provação que cabe à Igreja e a todos os
homens; assumir mais decididamente a obediência filial ao Pai, e o dom de si
aos irmãos, que constituem o sacrifício espiritual.
Assim, renovando os compromissos do nosso batismo na noite
pascal, poderemos "passar" para a vida nova de Jesus-Senhor
ressuscitado, para a glória do Pai, na unidade do Espírito.
Para a celebração
1. Tempo
da Quaresma se estende da Quarta-feira de cinzas até a missa "na Ceia do
Senhor" exclusive. Esta missa vespertina dá inicio, nos livros litúrgicos,
ao Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, que tem seu cume na
Vigília pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
A semana que precede a Páscoa toma o nome de Semana santa;
começa com o Domingo de Ramos. (ver nn. 2 e 4)
2. Os
domingos desse tempo se chamam 1º, 2º, 3º, 4º e 5º domingo da Quaresma. O 6º
domingo toma o nome de "Domingo de Ramos da Paixão". Esses domingos
têm sempre a precedência, mesmo sobre as festas do Senhor e sobre qualquer
solenidade.
3. As
solenidades de São José, esposo de Nossa Senhora (19 de março) e da Anunciação
do Senhor (25 de março) - como outras possíveis solenidades dos Calendários
particulares - antecipam sua celebração para o sábado, caso coincidam com esses
domingos.
4. A
liturgia da Quarta-feira de cinzas abre o Tempo da Quaresma. Não se dizem o
Glória e o Creio na missa.
Não é necessário que o rito da bênção e imposição das cinzas
seja unido à missa; pode ser celebrado sem a missa.
Neste caso, é oportuno antepor ao rito uma Liturgia da
Palavra, como na missa, com o canto de entrada, a oração e as leituras com os
cânticos correspondentes; segue-se a homilia, depois a bênção e a imposição das
cinzas. Termina-se com a oração dos fiéis. Os textos para essa celebração são tomados
da liturgia da Quarta-feira de cinzas.
5. Nos
domingos da Quaresma não se canta o hino Glória; faz-se, porém, sempre a
profissão de fé, Creio.
Depois da segunda leitura não se canta o Aleluia; o
versículo antes do evangelho é acompanhado de uma aclamação a Cristo Senhor.
Omite-se o Aleluia também nos outros cantos da missa.
6. As
missas dominicais do Tempo da Quaresma têm prefácio próprio. O prefácio do
tempo, que está no Ordinário da Missa, com duas fórmulas à escolha, se utiliza
nos domingos 3º, 4º e 5º do ano B e C, a menos que tenham sido escolhidas as
leituras do ano A.
7. Para
a celebração da Eucaristia, os domingos da Quaresma têm um formulário próprio
(Missal) com um ciclo de leituras (Lecionário) distribuído em três anos (A, B,
C); por causa dessa estrutura, o material para a reflexão e a celebração foi
disposto conforme a ordem: ano A, B, C, exceto para o Domingo de Ramos, como
está esclarecido acima, no n. 2.
Nos domingos 3º, 4º, e 5º da Quaresma podem-se também
utilizar as leituras do ano A, leituras que na tradição deram o nome a esses
domingos (domingos da samaritana, do cego de nascença, de Lázaro), nos quais
ainda hoje podem-se fazer os "escrutínios" para a iniciação cristã
dos adultos; por isso têm um caráter batismal.
8. A
cor litúrgica do Tempo da Quaresma é a roxo; para o 4º domingo (Lietare) é
permitido o uso da cor rosa.
No Domingo de Ramos, a cor das vestes litúrgicas do
celebrante é a vermelha.
Fonte: Missal Dominical
(Paulus)