terça-feira, 27 de março de 2018

A salvação vem de uma decisão do Pai.

Há na obra de salvação realizada por Jesus um paradoxo, cuja explicação nos devolve necessariamente ao irrepreensível poder de Deus. Sob o aspecto humano, a vida de Jesus se encerra com um xeque radical. 
Ninguém como ele pôde dizer: "Esforcei-me em vão, em vão e por nada consumi minhas energias" . 
Ninguém jamais falara como ele, ninguém jamais praticara em favor dos pobres obras como as suas. Entretanto, ao pé da cruz havia apenas um grupo exíguo de pessoas fiéis. 
Contudo, exatamente por causa deste seu aniquilamento, tornou-se a luz dos povos e levou a salvação até às extremidades da terra . 
Sinal do Cristo, a Igreja deve dispor-se a repetir visivelmente o mistério, rejeitando toda lógica de força, poder e prestígio. 
A salvação não chega aos homens em proporção da eficiência e do saber estratégico do povo de Deus;
vem de uma decisão do Pai, e manifesta-se ao mundo, sobretudo onde é capaz de entrar o amor, para vantagem dos outros, na treva do fracasso e na humilhação da derrota. 

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