Há na obra de salvação
realizada por Jesus um paradoxo, cuja explicação nos devolve necessariamente ao
irrepreensível poder de Deus. Sob o aspecto humano, a vida de Jesus se encerra
com um xeque radical.
Ninguém como ele pôde dizer: "Esforcei-me em vão, em
vão e por nada consumi minhas energias" .
Ninguém jamais falara como
ele, ninguém jamais praticara em favor dos pobres obras como as suas.
Entretanto, ao pé da cruz havia apenas um grupo exíguo de pessoas fiéis.
Contudo, exatamente por causa deste seu aniquilamento, tornou-se a luz dos
povos e levou a salvação até às extremidades da terra .
Sinal do Cristo,
a Igreja deve dispor-se a repetir visivelmente o mistério, rejeitando toda
lógica de força, poder e prestígio.
A salvação não chega aos homens em
proporção da eficiência e do saber estratégico do povo de Deus;
vem de uma
decisão do Pai, e manifesta-se ao mundo, sobretudo onde é capaz de entrar o
amor, para vantagem dos outros, na treva do fracasso e na humilhação da
derrota.
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