quarta-feira, 14 de março de 2018

Com Maria a caminho da Páscoa


Maria é mulher de escuta, Ela deixa-se visitar, mantém as portas abertas do coração e da vida. 

Mas nós, em muitas ocasiões, vivemos um cotidiano com atitudes de autismo, tão envolvidos na nossa cápsula que até um anjo de Deus encontraria dificuldade de entrar: nada mais nos surpreende. 

E um anjo só pode nos visitar quando temos o coração desarmado, quando estamos dispostos a acolher o inesperado: Maria nos ensina a hospitalidade da vida.

Maria é uma mulher honesta. Quando o Anjo anuncia sua maternidade, ela simplesmente pergunta: mas como, se não conheço homem?

Maria tem uma honestidade sem subterfúgios. Com a sua pergunta, é como se dissesse: Senhor, a minha condição é esta. Ela é clara com Deus.

Maria descobre no encontro com o anjo que a sua vida está a serviço de um projeto maior, de uma vida maior, que não se limita ao perímetro ideal da felicidade que provavelmente ela projetou para si.

O Senhor chama Maria para fazer-se coparticipante da gestação do futuro de Deus: pede para que Ela acredite na sede que está a serviço de uma sede maior.

Eis a serva do Senhor, foi a resposta de Maria. E a Igreja se torna crível quando é serva do coração de Deus, quando se coloca a serviço para saciar a sede do homem.

O olhar da mãe e o olhar de Deus

Os olhos de uma mãe são semelhantes aos olhos de Deus: são "raios X" infalíveis. 

Um olhar que não se detém nas aparências, mas penetram profundamente no íntimo da vida, interpretando e respeitando com delicadeza o segredo. 

O olhar de uma mãe humaniza o filho.

Sem a mariologia o cristianismo corre o risco de se desumanizar, a Igreja se torna sem alma...


Em cada época, a Igreja deve aprender de Maria a compaixão, a ternura e a cura que a sede de cada ser humano requer.



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