Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e
rezou, dizendo: Pai
santo guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim
como nós somos um. Quando eu estava com eles, guardava-os em teu
nome, o nome que me deste. Eu os guardei e nenhum deles se perdeu, a não ser o
filho da perdição, para se cumprir a Escritura. Agora, eu vou para junto de ti, e digo
estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha
alegria plenamente realizada. Eu
lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como
eu não sou do mundo. Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do
Maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os
na verdade; a tua palavra é verdade. Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei
ao mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam
consagrados na verdade. -
Palavra da Salvação.
Meditação:
Jesus,
antes de partir, ora ao Pai por todos nós. Ele sabe que todos nós precisamos da
graça divina para permanecer fiéis a Deus. Os valores que nós acreditamos não
são os valores do mundo, e o mundo nos odeia porque não acreditamos nos seus
valores.
Os nossos valores atrapalham os interesses de quem é deste mundo, pois
este mundo é marcado pelo egoísmo, pelo ódio, pela mentira e pela morte,
enquanto que nós pregamos o amor, a solidariedade, a verdade e a vida em
abundância.
Nós não devemos fugir dos desafios do mundo, mas sim transformar o
mundo através dos valores que acreditamos.
Os
discípulos foram motivo de preocupação para Jesus, no final de seu ministério.
Sua oração insistente ao Pai, implorando em favor deles, revela o amor que lhes
devotava, e o anseio de que permanecessem fiéis. Jesus pede ao Pai: "Guardá-los
em teu nome", ou seja, não permitas que sejam contaminados pela idolatria
do mundo, com seu germe de ódio e divisão, e seu egoísmo preconceituoso e
excludente. Deixando-se guiar pelo Pai, os discípulos estariam no caminho da
salvação. "Livra-os da ação do Maligno".
Este não retrocederá nem
deixará de investir contra os discípulos de Jesus, só porque estavam sob a
proteção do Pai. A audácia deste espírito do Mal seria tamanha a ponto de
querer competir com o Criador. Era preciso que o Pai tomasse as dores dos
discípulos, para não se tornarem vítimas do Maligno. "Consagra-os na
verdade".
Por que seriam tentados a seguir insinuações espúrias, Jesus
implora ao Pai que lhes aponte sempre as sendas da verdade, que conduzem à
comunhão com ele. Sem esta ajuda, os discípulos não poderiam discernir o erro e
a mentira, fatais para quem se encaminha para o Pai.
A súplica de Jesus resume
as necessidades dos discípulos, em vista das pelejas que travariam com o mundo.
Para não serem vencidos, careciam da proteção constante de Deus, e deveriam
permanecer unidos, a exemplo do Pai e de seu Filho Jesus.
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