Maria e José, Educadores do Filho de Deus
Poderíamos pensar que Jesus,
carregando em si a plenitude da divindade, não tivesse necessidade de
educadores. Porém, o Mistério da Encarnação revela-nos que o Filho de Deus veio
ao mundo sob uma condição humana muito semelhante à nossa, exceto no que diz respeito
ao pecado (cf. Hb 4, 15). Como todo ser humano, o crescimento de Jesus, desde a
infância até a idade adulta (cf. Lc 2, 40), teve necessidade da ação educativa
dos pais.
O Evangelho de Lucas, com
especial atenção ao período da infância, relata que, em Nazaré, Jesus era
submisso a José e a Maria (cf. Lc 2, 51). Essa dependência nos mostra Jesus
disposto a acolher, a se abrir à obra educativa de Maria, sua mãe, e à de José
que, da mesma forma, exerciam o seu dever, em virtude da docilidade que Jesus manifestava
e, isso, naturalmente, de forma constante.
Os dons especiais concedidos por
Deus a Maria, tornaram-na essencialmente apta no desempenho das funções de mãe
e educadora.
Nas circunstâncias concretas da
vida cotidiana, Jesus podia encontrar em sua mãe, o modelo ideal a seguir e a
imitar e nos mostra o exemplo do amor perfeito para com Maria; Jesus pôde
contar, igualmente, com a figura paterna de José, homem justo (cf. Mt 1, 19),
que garantia o equilíbrio necessário para a ação educativa.
Exercendo a função de pai, José
colaborou com sua esposa para fazer da casa de Nazaré um ambiente propício ao
crescimento e à maturação pessoal do Salvador da humanidade. Em seguida, ao
iniciá-lo no duro ofício de carpinteiro, José facultou a Jesus que se inserisse
no mundo do trabalho e na vida social.
João Paulo II,
audiência de 04 de dezembro de
1996
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