quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

"Presença de Maria."




Nos originais das Escrituras, essa concordancia que Maria expressa ao Anjo, e que a Vulgata trouxe ao latim como Fiat [faça-se], vamos encontrar o imperativo 'guenóito' [quer dizer gere-se ou nasça]. Jesus não falou 'felizes os que lêem as escrituras e as praticam...', mas foi além ao dizer: "... felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.... A Palavra de Deus não está só na Bíblia, Ele nos fala pelas Escrituras mas também por uma série de sinais reveladores. Maria conhecia as Escrituras, mas tinha olhos para enxergar, nos demais sinais a vontade de Deus. "Por essa obediência Ela tornou-se cheia de graça."

Hoje, a presença de Maria é uma constante, quer no seio da Igreja quer no coração dos cristãos. Os calendários litúrgicos estão repletos de datas que homenageiam a Mãe de Deus. A meditação sobre os mistérios da vida da Virgem Maria perpassa datas específicas e entranha-se na vida do povo que resolutamente segue o Ressuscitado. São Bernardo certa vez disse: "A respeito de Maria nunca se falará o bastante."

Na verdade, não se pode imaginar Maria em discordancia com seu Filho Jesus. Os místicos da Idade Média diziam, com muita propriedade, que "quem planta Maria colhe Jesus." Isto evidencia a estreita ligação que existe entre Jesus e Maria. Portanto, não se admite certas idéias que as vezes se encontram em alguns estágios da religiosidade popular, onde parece que se estabelece uma "competição" para saber quem pode mais, se Jesus ou Maria. - Jesus é Deus, segunda pessoa da Trindade Santa [Maria sempre soube disso] e Maria, embora elevada as honras de Mãe de Deus, é pessoa humana. Entretanto, no mistério da salvação, na economia libertadora do Pai, a presença de Maria é sumamente importante.
Alguns irmãos, de outras religiões, vêem nelas apenas o mérito de gerar o Jesus histórico e humano. Segundo alguns dessa linha, deve haver uma distinção entre o Jesus da história [gerado por Maria] e o Cristo do kérygma. Para alguns teólogos luteranos, Maria é a geradora de Cristo [Christotókos] e não a geradora de Deus [Theotókos] como ensina o magistério cristão. A devoção mariana conduz o cristão a Jesus. E S. Afonso diz: quem ama a Jesus, ama invariavelmente Sua Mãe.


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