segunda-feira, 11 de março de 2013

 
Reflexão 4º Domingo da Quaresma                  
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O Senhor é compaixão e misericórdia. 

É assim que Deus sempre se apresentou diante de seus filhos. Durante todo o percurso do povo de Israel desde Abraão, Deus foi se mostrando com amor e compaixão diante de um povo de cabeça dura. Quando acompanhamos sua caminhadadesde o Egito até a terra de Canaã observamos quanta dificuldade Deus teve em dirigir este povo com todos os seus reclames, mas paciente os conduziu e chegando ao ponto que Deus havia prometido mostra o quanto foi paciente, providente libertando seu povo das mãos dos opressores. Mas a história se repete. Em nosso tempo será que as pessoas reconhecem que Deus dirige suas vidas e cuida delas sendo providente em suas necessidades e protegendo-as de todas as opressões do mundo em que vivemos? Será que as pessoas se colocam como protegidas por Deus? Ou confiam mais em si mesmas traçando os caminhos de suas vidas sem nenhuma atenção a Deus, mas somente esperando que Ele dê a elas o que acham que precisam?

Somos muitos ingratos a Deus. Servimos d’Ele e isso chamamos de fé. Deus não está ao nosso serviço não tem que nos servir e muito menos atender nossas mazelas. Mas quer fazer conosco uma comunhão de vida em que tracemos o caminho e possamos edificar algo de bom neste mundo.

Em toda a caminhada deste mundo que passa, vemos o amor misericordioso de Deus sempre vindo ao nosso encontro e nos conduzindo a “terra prometida”. É certo que esta terra ainda vai chegar, mas estamos caminhando pra lá – A glória dos Céus.

O Amor sempre nos alcança, pois em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação. Seu amor é incompreensível por mais que queiramos entender não vamos chegar à conclusão nenhuma. Deus é muito mais do que imaginamos. Diante da imensidade deste amor incompreensível só temos uma atitude a tomar – ADORAR. Prostrar-se diante do incomensurável, do eterno, do criador de todas as coisas e, num silêncio interior, adorar este grande mistério que sendo tudo isso e muito mais, se faz amigo dos homens e deseja a todo o momento ser reconhecido como parceiro de caminhada. E diante de tudo isso faz de nós embaixadores de Sua palavra e portadores de Sua salvação e confia a nós ser Sua Palavra no meio dos homens nos dando o nome de Cristãos – Seguidores de Cristo.

Quando olhamos para a parábola do Filho Pródigo vemos um pai que desprendido de seus bens atende ao pedido de um filho que quer “ser dono de sua vida” e cai no mundo mais imundo do pecado. Ao passo que o pai fica na espreita esperando a volta da ovelha desgarrada e quando isso acontece à festa acontece. Interessante que o pai sabia que o filho ia voltar. Diante da festa, o filho mais velho se irrita e não quer entrar em casa, este gesto é de rompimento com o pai. Desta forma os dois filhos rompem com o pai. Assim nos vemos nestes dois filhos, ou somos um ou o outro ou já fomos um e depois o outro ou já passamos pelos dois tipos e hoje estamos na casa do pai. Pensemos bem se isso já não se passou conosco. Os dois pecam um pela presunção, pois achou que poderia seguir seu caminho longe do pai e o outro pela inveja e ciúmes do pai ter feito festa àquele que voltara.

Que nesta quaresma possamos experimentar o Amor misericordioso de Deus Pai e de Jesus Cristo que se entregou na Cruz para nossa Salvação e que o Espírito Santo, que habita em nós, nos leve a apalpar este mistério de amor. Diante da grandeza deste amor digamos: “Nós vos adoramos Senhor Jesus e vos bendizemos porque pela vossa santa Cruz deste vida ao mundo”.
  
Antonio ComDeus

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