sexta-feira, 17 de maio de 2013



Dom da Piedade

Através deste, o Espírito cura o nosso coração de todo o tipo de dureza e abre-o à ternura para com Deus e com os Irmãos. A ternura, como atitude sinceramente filial para com Deus, exprime-se na oração. A expe­riência da própria pobreza existencial, do vazio que tantas coisas terrenas deixam na alma, suscita no homem a necessidade de recorrer a Deus para obter graça, ajuda perdão.
O dom da piedade orienta e alimenta essa necessidade, enriquecendo-a com sentimentos de profunda confiança em Deus, experimentado como pai providente e bom.
O dom da Piedade produz em nós uma afeição filial para com Deus, adorando-o com amor sobrenatural e santo ardor, e uma terna afeição para com as pessoas e coisas divinas.
Aprimora em nós a virtude da justiça, sob todas as suas formas, a da religião, a da piedade e a da gratidão.

Pela virtude da justiça, damos ao outro (a Deus ou ao próximo) aquilo que lhe pertence. Pelo dom da piedade, damos ao outro tudo o que podemos dar, sem medidas.
Deus nos trata com piedade.

Dá-nos o que necessitamos, muito mais do que aquilo que merecemos.
O dom da piedade é auxiliado por duas virtudes teologais: a virtude da esperança e a virtude da caridade.
Pela virtude da esperança participamos da execução das promessas de Deus e, pela virtude da caridade, amamos a Deus e ao próximo.

Nosso crescimento no dom da piedade efetua-se em quatro estágios:

1) Coloca em nossa alma uma ternura filial para com Deus nosso Pai: Deus é, acima de tudo, nosso Pai.
2) A piedade nos coloca na alma um filial abandono nos braços do Pai celeste.
3) Faz-nos ver no próximo um filho de Deus e irmão de Jesus Cristo.
4) O dom da Piedade nos leva a devotar amor sincero a todas as pessoas e coisas que estão de algum modo relacionadas com a paternidade de Deus e a fraternidade cristãs.

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