É na Eucaristia que, em primeiro lugar, se exprime de modo sacramental o acto
redentor de Cristo Esposo em relação à Igreja Esposa. […]
O Concílio
Vaticano II renovou na Igreja a consciência da universalidade do sacerdócio.
Na Nova Aliança, há um só sacrifício e um só sacerdote: Cristo.
Deste
único sacerdócio participam todos os batizados, tanto homens como mulheres,
enquanto devem «oferecer-se a si mesmos como vítima viva, santa, agradável
a Deus» (cf Rom 12,1), dar em toda parte testemunho de Cristo e, a quem
pergunte, dar uma resposta acerca da esperança da vida eterna (cf 1 Pdr
3,15). […]
Na Igreja, todos […] participam, não só da missão
sacerdotal, mas também da missão profética e real de Cristo Messias. Esta
participação determina, outrossim, a união orgânica da Igreja, como Povo
de Deus, com Cristo.
Nela se exprime ao mesmo tempo o «grande mistério» da
Carta aos Efésios: a Esposa unida ao seu Esposo, unida porque vive a sua
vida; unida porque participa na sua tríplice missão […]; unida de maneira
a responder com um «dom sincero de si mesma» ao dom inefável do amor do
Esposo, Redentor do mundo.
Isto diz respeito a toda a Igreja, tanto a mulheres
como a homens, e diz respeito obviamente também àqueles que participam do
sacerdócio ministerial, que é por natureza um serviço.
No âmbito do
«grande mistério» de Cristo e da Igreja, todos são chamados a responder
– como uma esposa – com o dom da sua vida ao dom inefável do amor de
Cristo, o qual, como Redentor do mundo, é o único Esposo da Igreja.
Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Carta apostólica «Mulieris dignatatem», §§26-27 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
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