sábado, 3 de outubro de 2015



27º Domingo do Tempo Comum - B

“Não separe o homem o que Deus uniu…”

 
“Não separe o homem o que Deus uniu…” Jesus coloca o dedo na ferida… 
O divórcio é sempre um fracasso, um sofrimento. 
Mas entrou nos costumes como uma realidade normal, um “direito”! Jesus está contra a corrente… Palavra incompreensível para muitos homens e mulheres, qualquer que seja a sua idade! 
Na sua resposta aos fariseus, Jesus recorre a um critério a que geralmente se presta pouca atenção. 
Vai ao “princípio da criação”, à vontade primeira, à vontade criadora de Deus. 

Ora, esta vontade é que os seres humanos se tornem “imagens de Deus”, na medida em que aceitem entrar uns e outros nas relações de amor recíproco, porque Ele, Deus, é eterno movimento de amor no seu Ser mais profundo. 
O casal humano, antes mesmo da questão da procriação, é chamado por Deus a tornar-se o primeiro lugar de encarnação deste movimento de amor. O amor humano, sob todas as suas formas, não nasceu dos acasos da evolução biológica. É dom de Deus. 

Quando os homens recusam este dom, impedem Deus de imprimir neles a sua imagem. Na realidade, vão contra a vontade criadora, introduzem uma desordem na criação tal como Deus a quis. 
Porque Ele escuta plenamente o seu Pai e acolhe sem quaisquer reticências nem recusas a vontade de amor do seu Pai, Jesus, e apenas Ele, pode colocar-nos na luz de Deus Criador e da sua vontade criadora. 

Mas isso supõe que aceitemos escutar Jesus, tomar Jesus na nossa vida. Só poderemos compreender a exigência de unidade e de fidelidade no amor humano se aceitarmos tornar-nos, dia após dia, discípulos, mais ainda, amigos de Jesus. Para resolver os nossos problemas afetivos, temos razão em recorrer à psicologia, à psicoterapia do casal. Mas isso não basta. 

A verdadeira falta é uma falta de profundidade espiritual. 
Não servirá de nada a Igreja repetir sem cessar a sua oposição ao divórcio se, primeiro, não fizer imensos esforços para ajudar a redescobrir um verdadeiro acompanhamento com Jesus, revelador do amor do Pai.

A Igreja sempre viu a família como Igreja doméstica, pois o altar do sacrifício é diário e se faz no dar-se constante.

O que começamos no altar da igreja consuma-se no altar da família , na comunhão e vida sacrificada.

Somos um Mistério de Deus. E é na diversidade de cada um que esta a complementariedade.
Não queira entender tua esposa que todo dia limpa o mesmo cômodo de sua casa e acha sujeiras!

Os olhos lindos de sua esposa podem estar encobertos pelos pés de galinha que você não vê.
A barriga tanquinho de seu esposo, pode estar encoberta pela dor do desemprego, do vicio do álcool, das preocupações em manter o estudo dos seus filhos, o lar , que você não vê.

Só é capaz de ver e abraçar a cruz, quem vê o Amor se dando nela!
Não há amor verdadeiro sem sacrifícios!
É preciso, é urgente e necessário saber escutar a Cristo e o próximo mais próximo de nós.
Não sabemos escutar Cristo e nem o próximo pois somente sabemos nós escutar!

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