sexta-feira, 27 de abril de 2018

“Eu sou a vinha e meu Pai o vinhateiro”.


Eis outra imagem muito presente no Antigo Testamento. Desta parábola, retivemos muitas vezes as palavras “ameaçadoras”: “Os ramos secos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem”. Mas isso é para quem “não permanece em Jesus”.

É o verbo “permanecer” que é o mais importante. 
Ele aparece mais de dez vezes neste capítulo de João. Trata-se, antes de mais, de “estar com” o Senhor, porque Ele, o primeiro, é “Emanuel – Deus conosco”. Esta presença não é fugitiva. Inscreve-se na duração, na fidelidade. 

Quando Deus se une à humanidade no seu Filho feito homem, é para sempre. 

A Ressurreição de Jesus é garante de que este “estar com os homens” não acabará jamais. Se aceitamos permanecer com Jesus, Ele introduz-nos na sua intimidade. Segundo a imagem dos sarmentos, Ele faz correr em nós a seiva da sua própria vida.

Então podemos dar frutos que terão o sabor de Jesus. Isso cumpre-se de modo pleno na Eucaristia. Jesus alimenta-nos com o seu corpo e o seu sangue de Ressuscitado.
Ele coloca em nós o poder da sua Vida.
Esta passa pelo pão e pelo vinho, que vão vivificar cada célula do nosso corpo, isto é, finalmente, cada detalhe da nossa vida, cada uma das relações que criamos com os outros.
Tornamo-nos assim seus discípulos.
É assim que se constrói e cresce a Vinha do Senhor, o Corpo de Cristo, que é a Igreja.

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